Sunday, December 02, 2007

 

coluna 28 de novembro

2007 está chegando ao fim. O ano passou e tudo que o leitor viu aqui na coluna foram recomendações de discos bacanas lançados. Do folk ao indie, do pop cristalino ao rock, o que não faltou foi eu paparicando um imenso pacote de lançamentos 2007. Pois é. Chegou a hora de conferirmos o outro lado da moeda. The dark side. Esse ano, como todos os outros anos, também teve seu lado amargo na cena musical, com hypes não justificados, grandes farsas e totais desapontamentos. Fiquem então, my dear readers, com os piores discos de 2007 em que esse pobre escriba teve a infelicidade de botar os ouvidos. (não precisa se preocupar, a lista nem é tão grande assim...)

01. BLOC PARTY – "A Weekend In The City"
Deus do céu. Existe algum disco mais chato que esse em 2007? Com toda certeza, não. Esse álbum espelha como a cena indie mainstream inglesa sofreu, e ainda tem sofrido, uma grande lavagem cerebral por parte da indústria como um todo: mídia, gravadoras e jabás. Esse é o manifesto que explica porque o indie não combina com o mainstream. Isso aqui é um completo marasmo, um exemplo de conformismo e falta de criatividade, feito por uma banda que tentou amadurecer cedo demais, e que mostra claramente que seus integrantes estão longe de ter um background musical sólido. Não há nenhum único momento de ousadia em "A Weekend In The City", sua sonoridade nos castiga e dá sono, a producão é a mais fraca e óbvia possível, as melodias são pobres, as letras inúteis. Tudo que vemos é um conformismo barato, uma banda confortável financeiramente, feliz em ter seus discos distribuídos em supermercados ordinários e tocar em arenas grandes para um público que assiste o show comendo pipoca. A lavagem cerebral que sofre a cena musical inglesa atualmente tem fórmula: Jeff Buckley+Radiohead+Oasis+Libertines+NME=indie 2007. Não acredite em revistas de música, não ouça rádios, não se iluda com publicidade barata, caso contrário, você vai acabar gostando desse "A Weekend In The City", e isso vai ser a pior coisa que pode acontecer contigo.

02. KLAXONS – "Myths Of The Near Future"
Os primeiros EPs e singles prometiam. Mas o Klaxons caiu nas garras do esquemão sem vergonha, e o resultado foi o que pode ser considerado uma das grandes farsas dessa década: um álbum repleto de fillers, nada desafiador, com a meta de atingir o mais ingênuo dos indie-kids. O que antes era uma banda que parecia esperta, terminou o ano sendo três patetas conformistas, burros, sem a menor vergonha de lançar um trabalho as pressas, com uma producão porca, beats manjados e que, ao escutarmos, temos a infinita certeza de que não passa de uma modinha de meia temporada, ao menos que você tenha 8 anos de idade. A inteligência dos fãs de música nunca foi tão subestimada como esse "Myths Of The Near Future". Infelizmente, a lavagem cerebral é tão grande que a indústria metralha os sentidos das pessoas e o público fica sem forças para questionar qualquer coisa, e acaba comprando essa farsa. Agora é rezar para a Lovefoxxx dar umas aulas para os caras de como atingir o mainstream sem ser corrompido pelo esquemão.

03. HADOUKEN – "Not Here To Please You"
A cena indie inglesa está corrompida, e os frutos da lavagem cerebral da indústria estão pipocando por todos os lados. Vejam só, um exemplo daquele público sem forças para questionar as coisas, citado no meu comentário acima, é essa banda Hadouken. No fundo eles não tem culpa por serem esse lixo de banda. São vítimas do esquemão, os filhos do Klaxons. Hadouken é uma molecada que não possui um background musical forte o suficiente para poder lutar contra aqueles que tentam, e conseguem, enfiar-lhes lixos goela abaixo. Acabam cedendo, sem chances de revanche. Primeiro eles vieram como o grande exemplo do grindie (grime + indie), depois cairam tragicamente para uma linha emo farofa, tudo, claro, cobertos por roupas coloridas horríveis. O resultado, minha gente, é constragedor. O título do álbum claramente não possui um pingo sequer de ironia, e, pior de tudo, acredito que nem tenha sido a banda que escolheu, e sim os agentes, the big fellas, por trás da banda. A coisa está tão dramática que já estão surgindo os filhos do Hadouken, um sinal que nao há luz no fim do túnel.

04. KINGS OF LEON – "Because Of The Times"
A coisa aqui é menos catastrófica. Eu respeito o Kings Of Leon, e aprecio seus primeiros dois álbuns. O problema desse terceiro foi que a banda não soube escapar da própria armadilha que armaram pra cima de si, e acabaram batendo na mesma tecla e implodindo drasticamente de qualidade. Não que eu ache que toda banda tenha a obrigação de mudar seu som a cada álbum lançado, mas se quiser continuar na mesma, tem que escrever canções mais poderosas que essas que permeiam "Because Of The Times". Faixas sem sustância, uma roupagem datada, a voz do Caleb cansa e chega a irritar. No fundo o lance é menos complicado do que se imagina: apenas que esse trabalho não tem faixas de qualidade, com exceção de duas ou três. Um fato curioso, mas totalmente compreensível, é que esse foi o disco de maior sucesso do Kings Of Leon até hoje, atingindo número 1 nas paradas inglesas. Também, vai concorrer com quem?

05. BABYSHAMBLES – “Shooter’s Nation”
Já falei desse dele aqui, mas repito: a qualidade das musicas deixa a desejar. Simples assim. Gosto do Pete, de sua voz, da sua persona, mas aqui ele não tava inspirado. Nem a produção de Stephen Street conseguiu salvar esse que foi o grande desapontamento de 2007. And I rest my case.

06. COLD WAR KIDS – “Robbers and Cowards”
O que acontece quando você junta a voz mais irritante dos últimos 20 anos com uma banda indie cristã? Cold War Kids. O que acontece quando temos uma cena indie mainstream tão digna de dó e o disco fraco do Kings Of Leon alcançando o primeiro lugar das paradas? O Cold War Kids faz sucesso. Pois é, eles estão bem na fita, mas que esse cd aqui é uma das coisas mais insuportáveis que escutei nos últimos anos, ah, isso é.


Mas, nem tudo esta perdido. Só para afastar a nuvem negra que acompanhou a coluna essa semana, listo aqui os discos legais desse ano. São muitos. E ainda tem bastante coisa faltando. Nas próximas semanas devo eleger os melhores, por enquanto essa lista não tem ordem de preferência.

APPARAT – “Walls”
NEIL YOUNG – “Chrome Dreams II”
EDWYN COLLINS – “Home Again”
CARIBOU – “Andorra”
MAPS – “We Can Create”
THE RAVEONETTES – “Lust Lust Lust”
BASIA BULAT – “Oh My Darling”
FEIST – “The Reminder”
THE CORAL – “Roots And Echoes”
JACK PEÑATE – “Matinee”
JENS LEKMAN – “Night Falls Over Kortedala”
MONTT MARDIÉ – “Clocks / Pretender”
PELLE CARLBERG – “In a Nutshell”
THE RUMBLE STRIPS – “Girls And Weather”
AMIINA – “Furr”
ELUVIUM – “Copia”
JUSTICE – †
BRYAN FERRY – “Dylanesque”
DIGITALISM – “Idealism”
THE THRILLS – “Teenager”
RILO KILEY – “Under The Blacklight”
DARTZ! – "This Is My Ship"
THE HORRORS – "Strange House"
GOOD SHOES – "Think Before You Speak"
LUCKY SOUL – “The Great Unwanted”
COCOROSIE – "The Adventures Of Ghosthorse & Stillborn"
THE CLIENTELE – “God Save The Clientele”
THE RAKES – "Ten New Messages"
MAXIMO PARK – "Our Earthly PLeasures"
BRETT ANDERSON – "Brett Anderson"
ARCADE FIRE – "Néon Bible"
KEREN ANN – "Keren Ann"
TAP TAP – "Lanzafame"
AIR – "Pocket Symphony"
EXPLOSIONS IN THE SKY - "All of a Sudden I Miss Everyone"
JOHN HOWARD – "Same Bed, Different Dreams"
BRIGHT EYES – "Cassadaga"
THE BISHOPS – "The Bishops"
ELECTRELANE – "No Shouts, No Calls"
MANIC STREET PREACHERS – "Send Away The Tigers"
JAMIE T – “Panic Prevention”
THE KISSAWAY TRAIL – “The Kissaway Trail”
BUTCHER BOY – “Profit In Your Poetry”
THE CRIBS – “Men’s Need, Women’s Need, Whatever”
THE APPLES IN STEREO – “New Magnetic Wonder”
THE ORCHIDS – “Good To Be A Stranger”
ASH – “Twilight Of The Innocents”
BARENAKED LADIES – “Barenaked Ladies Are Men”
NINE BLACK ALPS – “Love/Hate”
MONSTER BOBBY – “Gaps”
RICHARD HAWLEY – “Lady’s Bridge”
THE POLYPHONIC SPREE – “The Fragile Army”
VALGEIR SIGUROSSON – “Ekvilibrium”
AFTERPILOT – “Foxtail”STARS OF THE LID – “And Their Refinement of the Decline”
SILVERSUN PICKUPS – “Carnavas”
CARLA BRUNI – “No Promises”
MSTRKRFT – “The Looks”
GRUFF RHYS – “Candylion”
SAMARA LUBELSKI – “Parallel Suns”


xxx

 

coluna 21 de novembro

NME AWARDS TOUR

Foi divulgado o line-up do NME Awards Tour 2008, que vai traçar o Reino Unido de ponta a ponta em janeiro e fevereiro, culminando com o grande show final em Londres no Brixton Academy, marcado para dia 22 de fevereiro. Como sempre, a turnê traz como headliner um nome forte, e as outras três atrações são bandas emergentes que devem estourar total em 2008, entre eles o predileto desse escriba, Joe Lean And The Jing Jang Jong. Veja o line-up completo:

THE CRIBS (headliner)
JOE LEAN AND THE JING JANG JONG
DOES IT OFFEND YOU , YEAH?
THE TING TINGS


A turnê vai passar por todos os cantos do Reino Unido, assim como Irlanda, e as principais datas são:
Dublin – 30 de janeiro
Glasgow – 01 de fevereiro
Manchester – 02 de fevereiro
Liverpool – 07 de fevereiro
Oxford – 17 de fevereiro
Cardiff – 20 de fevereiro
Londres – 22 de fevereiro

Para comprar ingressos, visite: www.nme.com/gigs

Nos vemos lá!


*** *** *** *** ***


MORRISSEY EM LONDRES!

Quem vai começar o ano com a corda toda é Morrissey, que anunciou uma residência em Londres de seis shows para janeiro. Velho Mozza não tá pra brincadeira! As apresentações acontecerão na Roundhouse, atualmente uma das casas de shows mais prestigiadas da cidade. Gostei da decisão de Mozz em fazer seis shows em um lugar mais intimista como a Roundhouse ao invés de fazer um ou dois concertos em arenas. Ele deve ser da mesma opinião que eu: shows em lugares grandes perdem no quesito emoção, são monótonos e sem um pingo de atmosfera. Nada se compara a experiência de um show intimista. Veja das datas dos shows em Londres:

Janeiro:
21, 22, 23, 25, 26 e 27.

Para 2008 Mozza ainda promete uma coletânea dos seus melhores momentos solo, e quem sabe, um novo disco de inéditas. Quem disse que Morrissey iria se aposentar em 2008, se enganou, pois ele está mais ativo do que nunca.

*** *** *** *** ***


Lançamentos 2007, a lista segue firme...


EDWYN COLLINS – “Home Again”
A grande maioria dos compositores atinge seu ápice criativo no início de suas carreiras, para depois, conforme envelhecem, cair de qualidade aos poucos, definhando, até chegar ao fundo do poço com discos que nem os fãs mais hardcore conseguem aturar. Alguns, entretanto, são o oposto: quanto mais velho, melhor fica, se superando a cada álbum. Neil Young é um desses. Roddy Frame é outro. E parece que, com lançamento do seu sexto trabalho solo, Edwyn Collins também está entrando para esse seleto grupo.

O fato é, se alguém me perguntar qual o melhor disco de soul & folk de 2007, “Home Again” viria rapidinho a minha mente. Sem brincadeira, parece um tesouro perdido dos anos 70. Edwyn gravou essas músicas em 2004, antes de sofrer a hemorragia cerebral que o deixou entre a vida e a morte no hospital, em 2005. Depois de uma milagrosa recuperação, ele decidiu, no ano passado, dar os toques finais e mixar essas jóias pop; e só agora em 2007 que o álbum foi lançado.

As letras falam de amor, nostalgia e esperança, tudo isso permeado por uma mantra soul & folk que, se não tocar seu coração, é por que você não tem um. O carro-chefe é o single “You'll Never Know (My Love)”, uma gema soul que já está no meu set-list das minhas discotecagens (início da noite). Outros destaques são: “Leviathan”, “One Is A Lonely Number”, “Home Again” e “A Heavy Sigh”.


NINE BLACK ALPS – “Love/Hate”
Em 2005, ano em que o Nine Black Alps apareceu, eu peguei eles ao vivo abrindo para o The Tears. Foi nojo a primeira vista. Parecia uma banda grunge da Vila Madalena, gritado, barulhento, berrado, sem nenhuma noção de como compor uma música. Ainda naquela época vi algumas vezes os clips deles na TV e, realmente, minha única alternativa era AVOID. Dois anos depois eu me encontro num show do BRMC e advinha quem ta abrindo? Nine Black Alps.

Dessa vez estavam promovendo o segundo álbum e para minha surpresa e o bem dos meus ouvidos, pareciam que tinham evoluído 10.000% de lá pra cá. O que antes era gritado e erroneamente pesado, tornou-se em algo cantado, melódico e pesado na medida certa. Só o final do show, recheado de músicas velhas, que foi aquele inferno de dois anos atrás. But we forgive. Eis que chego em casa e corro direto pra baixar o novo disco desse grupo de Manchester. Dito e feito: deram uma maneirada, deixaram o lado podre pra trás e compuseram ótimas faixas que, arrisco dizer, os fãs de power pop morrerão de amores.

É o disco que o Idlewild vem tentando fazer desde Remote Part e não conseguem. “Love/Hate” chegou no final do ano para salvar o rock da lama: puro indie-rock pra cativar fãs de Buffalo Tom, Teenage Fanclub, Idlewild Afgham Whigs e por aí vai. Os destaques são: “Everytime I Turn”, “Bitter End”, “Burn Faster” e “Happiness and Satisfaction”. Eu escutando Nine Black Alps? Quem iria imaginar...


SAMARA LUBELSKI – “Parallel Suns”
Essa moça é uma multi-instrumentista alemã, mas que aparentemente se radicou em NYC. Ela é ligada com vários outros artistas e bandas, dos mais variados calibres. Sua carreira solo também é variada; seus primeiros trabalhos, ainda nos anos 90, eram o que foi batizado de ‘experimental-string-music’, uma densa coleção de drones e ressonâncias. Mas parece que a mulher recentemente descobriu o pop e “Parallel Suns”, lançado em outubro, ataca com números que soam um hibrido de Black Box Recorder, Saint Etienne e Stereolab, ou seja, um pop polido, misterioso e penetrante. Eu diria que é um álbum que a gravadora espanhola Siesta não hesitaria em lançar. Nos mês passado Sâmara Lubelski abriu a turnê do Thurston Moore nos EUA.


GRUFF RHYS – “Candylion”
Aí está o segundo disco solo do vocalista dos Super Furry Animals. Se o primeiro era cantado em galês (primeira língua de Gruff) e com uma sonoridade mais experimental, esse segundo já é, em sua maioria, cantado em inglês, e com canções indie de mais fácil digestão. Uma curiosidade é que “Candylion” foi gravado em dois lugares completamente diferentes: parte no interior do País de Gales, parte no Rio de Janeiro, Brasil. Gruff Rhys sempre gostou de se aventurar. O lance é que o Super Furries sempre variou seu tipo de som, então esse trabalho solo do Gruff é praticamente um álbum não oficial de sua banda principal. Indie-folk-pop hipnótico, polido e as vezes esquisito. Lembrando que os Animais Super Peludos também lançaram um disco esse ano. Vale a pena checar.


Veja os outros lançamentos de 2007 resenhados na coluna:
APPARAT – “Walls”
NEIL YOUNG – “Chrome Dreams II”
CARIBOU – “Andorra”
MAPS – “We Can Create”
THE RAVEONETTES – “Lust Lust Lust”
BASIA BULAT – “Oh My Darling”
FEIST – “The Reminder”
THE CORAL – “Roots And Echoes”
JACK PEÑATE – “Matinee”
JENS LEKMAN – “Night Falls Over Kortedala”
MONTT MARDIÉ – “Clocks / Pretender”
PELLE CARLBERG – “In a Nutshell”
THE RUMBLE STRIPS – “Girls And Weather”
AMIINA – “Furr”
ELUVIUM – “Copia”
JUSTICE – †
BRYAN FERRY – “Dylanesque”
DIGITALISM – “Idealism”
THE THRILLS – “Teenager”
RILO KILEY – “Under The Blacklight”
DARTZ! – "This Is My Ship"
THE HORRORS – "Strange House"
GOOD SHOES – "Think Before You Speak"
LUCKY SOUL – “The Great Unwanted”
COCOROSIE – "The Adventures Of Ghosthorse & Stillborn"
THE CLIENTELE – “God Save The Clientele”
THE RAKES – "Ten New Messages"
MAXIMO PARK – "Our Earthly PLeasures"
BRETT ANDERSON – "Brett Anderson"
ARCADE FIRE – "Néon Bible"
KEREN ANN – "Keren Ann"
TAP TAP – "Lanzafame"
AIR – "Pocket Symphony"
EXPLOSIONS IN THE SKY - "All of a Sudden I Miss Everyone"
JOHN HOWARD – "Same Bed, Different Dreams"
BRIGHT EYES – "Cassadaga"
THE BISHOPS – "The Bishops"
ELECTRELANE – "No Shouts, No Calls"
MANIC STREET PREACHERS – "Send Away The Tigers"
JAMIE T – “Panic Prevention”
THE KISSAWAY TRAIL – “The Kissaway Trail”
BUTCHER BOY – “Profit In Your Poetry”
THE CRIBS – “Men’s Need, Women’s Need, Whatever”
THE APPLES IN STEREO – “New Magnetic Wonder”
THE ORCHIDS – “Good To Be A Stranger”
ASH – “Twilight Of The Innocents”
BARENAKED LADIES – “Barenaked Ladies Are Men”
MONSTER BOBBY – “Gaps”
RICHARD HAWLEY – “Lady’s Bridge”
THE POLYPHONIC SPREE – “The Fragile Army”
VALGEIR SIGUROSSON – “Ekvilibrium”
AFTERPILOT – “Foxtail”STARS OF THE LID – “And Their Refinement of the Decline”
SILVERSUN PICKUPS – “Carnavas”
CARLA BRUNI – “No Promises”
MSTRKRFT – “The Looks”





















xxx

 

coluna 14 de novembro

Vamos de vídeos pra dar uma animada...


Jens Lekman – “Sipping On Sweet Nectar”
Como já dizia Morrissey, “I have no faith”. Essa coluna é pop e aqui sempre haverá espaço para o mais cristalino pop, tipo Jens Lekman. Não tenho fé na humanidade. Jens Lekman vai tocar em Londres num lugar para 200 pessoas apenas. E na minha cabeça ele é o rei do pop. Essa faixa é do último álbum desse moço sueco, que, como você bem sabe, foi devidamente resenhado e elogiado por mim aqui nesse espaço.



Maximo Park – “Karaoke Play”
Quarto single tirado do segundo álbum do Maximo Park. Paul Smith e cia. seguem na jornada rumo ao trono do pop britânico! E a NME que morda sua língua!



Feist – “My Moon My Man”
Mais pop pra você. Clip fofo. Imagina as fantasias dela quando está em aeroportos. Feist é misteriosa.



The Eighties Matchbox B-Line Disaster – “In The Garden”
O pop acabou. Vamos botar um pouco de terror na coluna. Com vocês o novo single dos The Eighties Matchbox B-Line Disaster. Esses nunca brincam com o rock. Sabe qual o nome da turnê deles? No Imitations No Limitations. O Horrors que se cuide.





APPARAT – “Walls”
Aeeeee. Uma banda como essa é o que preciso para continuar tendo fé na música. Porque convenhamos, 2007 tá sendo um ano de vacas magras no que diz respeito a originalidade, criatividade e ousadia. Aí é que entra em cena esse “Walls”, um trabalho que contém tudo isso e mais um pouco. Como classifica-lo? Boa pergunta. É algo inclassificável. Rock? Sim e não. Eletrônico? Sim e não. Experimental? Sim e não. Pop? Sim e não. Um disco que fica perambulando pra lá e pra cá e, entre um gênero e outro, resulta em algo totalmente fresh, penetrante e bonito. Apparat é na verdade o produtor alemão Sascha Ring e esse álbum mostra quão talentoso é o rapaz. Soberbo, impecável, universal. Se você gosta de bandas como M83, Asobi Seksu, Mew, Avalanches ou The Knife, não marque bobeira e ouça já “Walls”. Um detalhe final, também adorei a arte da capa.

CARIBOU – “Andorra”
Li uma entrevista do Dan Snaith, esse americano que é responsável pelo Caribou, que no seus discos anteriores ele sabia e usava todas as técnicas e artimanhas dos programas de fazer música, e todos os truques de produção, porém não tinha a manha de criar uma boa melodia. Já nesse seu quarto trabalho, “Andorra”, deixou florescer seu lado melódico ao invés de ficar feito nerd na frente do computador. Ou seja, ele quis fazer um disco pop. E conseguiu. O melhor de tudo é que a sonoridade ainda está requintada e criativa, soando hora maravilhosamente lo-fi, hora divinamente rica, mostrando que Dan Snaith não esqueceu de como operar seus programas de música. Pop psicodélico moderno, nos moldes de Panda Bear ou Four Tet. Recomendo.


MAPS – “We Can Create”
Sem sombra de dúvidas, 2007 foi o ano do revival shoegaze. Não tem o que contestar. Aquele gênero musical do início dos anos 90 que saudava guitarras drone e vocais sussurrados influenciou muita gente, e o resultado foram ótimos trabalhos repletos de referencias shoegaze sendo lançados. “We Can Create” é um desses, uma versão atual do shoegaze. O cérebro do Maps é James Chapman, um rapaz da cidade de Northampton aqui na Inglaterra. Esse é seu disco de estréia e, no tocante a qualidade, está ali no topo com artistas contemporâneos semelhantes como Mew, Sigur Rós e Blonde Redhead. “We Can Create” nos entrega onze belas faixas que compõem um álbum coeso e notável, deixando no ar boas perspectivas para uma segunda empreitada. Boto fé.


THE RAVEONETTES – “Lust Lust Lust”
Outros que jamais brincam com o rock. Nossa, parece que foi ontem que escutei-os pela primeira vez em 2003. Essa dupla dinamarquesa (recentemente radicada em LA) ataca novamente com o quarto álbum e, embora o cenário esteja um pouco diferente, o som é total Raveonettes. O disco anterior era mais light, e vinha, aliado a guitarras, com harmonias radio-friendly (JAMC, yay!). Era um álbum para quem curte uma boa cocaína. Porém, a coisa ficou levemente mais pesada e sombria em Lust Lust Lust. Deram um passo a frente e fizeram algo para usuários de heroína (Velvet, ouch!). No final das contas, é aquele Raveonettes que sempre gostamos. Será que um dia vou enjoar dessa banda? Se depender de “Lust Lust Lust”, acho pouco provável.



DISCOS RECOMENDADOS DE 2007
BASIA BULAT – “Oh My Darling”
FEIST – “The Reminder”
THE CORAL – “Roots And Echoes”
JACK PEÑATE – “Matinee”
JENS LEKMAN – “Night Falls Over Kortedala”
MONTT MARDIÉ – “Clocks / Pretender”
PELLE CARLBERG – “In a Nutshell”
THE RUMBLE STRIPS – “Girls And Weather”
AMIINA – “Furr”
ELUVIUM – “Copia”
JUSTICE – †
BRYAN FERRY – “Dylanesque”
DIGITALISM – “Idealism”
THE THRILLS – “Teenager”
RILO KILEY – “Under The Blacklight”
COCOROSIE – "The Adventures Of Ghosthorse & Stillborn"
THE CLIENTELE – “God Save The Clientele”
THE RAKES – "Ten New Messages"
MAXIMO PARK – "Our Earthly PLeasures"
BRETT ANDERSON – "Brett Anderson"
ARCADE FIRE – "Néon Bible"
KEREN ANN – "Keren Ann"
TAP TAP – "Lanzafame"
AIR – "Pocket Symphony"
EXPLOSIONS IN THE SKY - "All of a Sudden I Miss Everyone"
JOHN HOWARD – "Same Bed, Different Dreams"
BRIGHT EYES – "Cassadaga"
THE BISHOPS – "The Bishops"
ELECTRELANE – "No Shouts, No Calls"
MANIC STREET PREACHERS – "Send Away The Tigers"
DARTZ! – "This Is My Ship"
THE HORRORS – "Strange House"
GOOD SHOES – "Think Before You Speak"
LUCKY SOUL – “The Great Unwanted”
JAMIE T – “Panic Prevention”
THE KISSAWAY TRAIL – “The Kissaway Trail”
BUTCHER BOY – “Profit In Your Poetry”
THE CRIBS – “Men’s Need, Women’s Need, Whatever”
THE APPLES IN STEREO – “New Magnetic Wonder”
THE ORCHIDS – “Good To Be A Stranger”
ASH – “Twilight Of The Innocents”
BARENAKED LADIES – “Barenaked Ladies Are Men”
MONSTER BOBBY – “Gaps”
RICHARD HAWLEY – “Lady’s Bridge”
THE POLYPHONIC SPREE – “The Fragile Army”
VALGEIR SIGUROSSON – “Ekvilibrium”
AFTERPILOT – “Foxtail”STARS OF THE LID – “And Their Refinement of the Decline”
SILVERSUN PICKUPS – “Carnavas”
CARLA BRUNI – “No Promises”
MSTRKRFT – “The Looks”
NEIL YOUNG – “Chrome Dreams II”



xxx

This page is powered by Blogger. Isn't yours?