Sunday, December 02, 2007
coluna 14 de novembro
Vamos de vídeos pra dar uma animada...
Jens Lekman – “Sipping On Sweet Nectar”
Como já dizia Morrissey, “I have no faith”. Essa coluna é pop e aqui sempre haverá espaço para o mais cristalino pop, tipo Jens Lekman. Não tenho fé na humanidade. Jens Lekman vai tocar em Londres num lugar para 200 pessoas apenas. E na minha cabeça ele é o rei do pop. Essa faixa é do último álbum desse moço sueco, que, como você bem sabe, foi devidamente resenhado e elogiado por mim aqui nesse espaço.
Maximo Park – “Karaoke Play”
Quarto single tirado do segundo álbum do Maximo Park. Paul Smith e cia. seguem na jornada rumo ao trono do pop britânico! E a NME que morda sua língua!
Feist – “My Moon My Man”
Mais pop pra você. Clip fofo. Imagina as fantasias dela quando está em aeroportos. Feist é misteriosa.
The Eighties Matchbox B-Line Disaster – “In The Garden”
O pop acabou. Vamos botar um pouco de terror na coluna. Com vocês o novo single dos The Eighties Matchbox B-Line Disaster. Esses nunca brincam com o rock. Sabe qual o nome da turnê deles? No Imitations No Limitations. O Horrors que se cuide.
APPARAT – “Walls”
Aeeeee. Uma banda como essa é o que preciso para continuar tendo fé na música. Porque convenhamos, 2007 tá sendo um ano de vacas magras no que diz respeito a originalidade, criatividade e ousadia. Aí é que entra em cena esse “Walls”, um trabalho que contém tudo isso e mais um pouco. Como classifica-lo? Boa pergunta. É algo inclassificável. Rock? Sim e não. Eletrônico? Sim e não. Experimental? Sim e não. Pop? Sim e não. Um disco que fica perambulando pra lá e pra cá e, entre um gênero e outro, resulta em algo totalmente fresh, penetrante e bonito. Apparat é na verdade o produtor alemão Sascha Ring e esse álbum mostra quão talentoso é o rapaz. Soberbo, impecável, universal. Se você gosta de bandas como M83, Asobi Seksu, Mew, Avalanches ou The Knife, não marque bobeira e ouça já “Walls”. Um detalhe final, também adorei a arte da capa.
CARIBOU – “Andorra”
Li uma entrevista do Dan Snaith, esse americano que é responsável pelo Caribou, que no seus discos anteriores ele sabia e usava todas as técnicas e artimanhas dos programas de fazer música, e todos os truques de produção, porém não tinha a manha de criar uma boa melodia. Já nesse seu quarto trabalho, “Andorra”, deixou florescer seu lado melódico ao invés de ficar feito nerd na frente do computador. Ou seja, ele quis fazer um disco pop. E conseguiu. O melhor de tudo é que a sonoridade ainda está requintada e criativa, soando hora maravilhosamente lo-fi, hora divinamente rica, mostrando que Dan Snaith não esqueceu de como operar seus programas de música. Pop psicodélico moderno, nos moldes de Panda Bear ou Four Tet. Recomendo.
MAPS – “We Can Create”
Sem sombra de dúvidas, 2007 foi o ano do revival shoegaze. Não tem o que contestar. Aquele gênero musical do início dos anos 90 que saudava guitarras drone e vocais sussurrados influenciou muita gente, e o resultado foram ótimos trabalhos repletos de referencias shoegaze sendo lançados. “We Can Create” é um desses, uma versão atual do shoegaze. O cérebro do Maps é James Chapman, um rapaz da cidade de Northampton aqui na Inglaterra. Esse é seu disco de estréia e, no tocante a qualidade, está ali no topo com artistas contemporâneos semelhantes como Mew, Sigur Rós e Blonde Redhead. “We Can Create” nos entrega onze belas faixas que compõem um álbum coeso e notável, deixando no ar boas perspectivas para uma segunda empreitada. Boto fé.
THE RAVEONETTES – “Lust Lust Lust”
Outros que jamais brincam com o rock. Nossa, parece que foi ontem que escutei-os pela primeira vez em 2003. Essa dupla dinamarquesa (recentemente radicada em LA) ataca novamente com o quarto álbum e, embora o cenário esteja um pouco diferente, o som é total Raveonettes. O disco anterior era mais light, e vinha, aliado a guitarras, com harmonias radio-friendly (JAMC, yay!). Era um álbum para quem curte uma boa cocaína. Porém, a coisa ficou levemente mais pesada e sombria em Lust Lust Lust. Deram um passo a frente e fizeram algo para usuários de heroína (Velvet, ouch!). No final das contas, é aquele Raveonettes que sempre gostamos. Será que um dia vou enjoar dessa banda? Se depender de “Lust Lust Lust”, acho pouco provável.
DISCOS RECOMENDADOS DE 2007
BASIA BULAT – “Oh My Darling”
FEIST – “The Reminder”
THE CORAL – “Roots And Echoes”
JACK PEÑATE – “Matinee”
JENS LEKMAN – “Night Falls Over Kortedala”
MONTT MARDIÉ – “Clocks / Pretender”
PELLE CARLBERG – “In a Nutshell”
THE RUMBLE STRIPS – “Girls And Weather”
AMIINA – “Furr”
ELUVIUM – “Copia”
JUSTICE – †
BRYAN FERRY – “Dylanesque”
DIGITALISM – “Idealism”
THE THRILLS – “Teenager”
RILO KILEY – “Under The Blacklight”
COCOROSIE – "The Adventures Of Ghosthorse & Stillborn"
THE CLIENTELE – “God Save The Clientele”
THE RAKES – "Ten New Messages"
MAXIMO PARK – "Our Earthly PLeasures"
BRETT ANDERSON – "Brett Anderson"
ARCADE FIRE – "Néon Bible"
KEREN ANN – "Keren Ann"
TAP TAP – "Lanzafame"
AIR – "Pocket Symphony"
EXPLOSIONS IN THE SKY - "All of a Sudden I Miss Everyone"
JOHN HOWARD – "Same Bed, Different Dreams"
BRIGHT EYES – "Cassadaga"
THE BISHOPS – "The Bishops"
ELECTRELANE – "No Shouts, No Calls"
MANIC STREET PREACHERS – "Send Away The Tigers"
DARTZ! – "This Is My Ship"
THE HORRORS – "Strange House"
GOOD SHOES – "Think Before You Speak"
LUCKY SOUL – “The Great Unwanted”
JAMIE T – “Panic Prevention”
THE KISSAWAY TRAIL – “The Kissaway Trail”
BUTCHER BOY – “Profit In Your Poetry”
THE CRIBS – “Men’s Need, Women’s Need, Whatever”
THE APPLES IN STEREO – “New Magnetic Wonder”
THE ORCHIDS – “Good To Be A Stranger”
ASH – “Twilight Of The Innocents”
BARENAKED LADIES – “Barenaked Ladies Are Men”
MONSTER BOBBY – “Gaps”
RICHARD HAWLEY – “Lady’s Bridge”
THE POLYPHONIC SPREE – “The Fragile Army”
VALGEIR SIGUROSSON – “Ekvilibrium”
AFTERPILOT – “Foxtail”STARS OF THE LID – “And Their Refinement of the Decline”
SILVERSUN PICKUPS – “Carnavas”
CARLA BRUNI – “No Promises”
MSTRKRFT – “The Looks”
NEIL YOUNG – “Chrome Dreams II”
xxx
Jens Lekman – “Sipping On Sweet Nectar”
Como já dizia Morrissey, “I have no faith”. Essa coluna é pop e aqui sempre haverá espaço para o mais cristalino pop, tipo Jens Lekman. Não tenho fé na humanidade. Jens Lekman vai tocar em Londres num lugar para 200 pessoas apenas. E na minha cabeça ele é o rei do pop. Essa faixa é do último álbum desse moço sueco, que, como você bem sabe, foi devidamente resenhado e elogiado por mim aqui nesse espaço.
Maximo Park – “Karaoke Play”
Quarto single tirado do segundo álbum do Maximo Park. Paul Smith e cia. seguem na jornada rumo ao trono do pop britânico! E a NME que morda sua língua!
Feist – “My Moon My Man”
Mais pop pra você. Clip fofo. Imagina as fantasias dela quando está em aeroportos. Feist é misteriosa.
The Eighties Matchbox B-Line Disaster – “In The Garden”
O pop acabou. Vamos botar um pouco de terror na coluna. Com vocês o novo single dos The Eighties Matchbox B-Line Disaster. Esses nunca brincam com o rock. Sabe qual o nome da turnê deles? No Imitations No Limitations. O Horrors que se cuide.
APPARAT – “Walls”
Aeeeee. Uma banda como essa é o que preciso para continuar tendo fé na música. Porque convenhamos, 2007 tá sendo um ano de vacas magras no que diz respeito a originalidade, criatividade e ousadia. Aí é que entra em cena esse “Walls”, um trabalho que contém tudo isso e mais um pouco. Como classifica-lo? Boa pergunta. É algo inclassificável. Rock? Sim e não. Eletrônico? Sim e não. Experimental? Sim e não. Pop? Sim e não. Um disco que fica perambulando pra lá e pra cá e, entre um gênero e outro, resulta em algo totalmente fresh, penetrante e bonito. Apparat é na verdade o produtor alemão Sascha Ring e esse álbum mostra quão talentoso é o rapaz. Soberbo, impecável, universal. Se você gosta de bandas como M83, Asobi Seksu, Mew, Avalanches ou The Knife, não marque bobeira e ouça já “Walls”. Um detalhe final, também adorei a arte da capa.
CARIBOU – “Andorra”
Li uma entrevista do Dan Snaith, esse americano que é responsável pelo Caribou, que no seus discos anteriores ele sabia e usava todas as técnicas e artimanhas dos programas de fazer música, e todos os truques de produção, porém não tinha a manha de criar uma boa melodia. Já nesse seu quarto trabalho, “Andorra”, deixou florescer seu lado melódico ao invés de ficar feito nerd na frente do computador. Ou seja, ele quis fazer um disco pop. E conseguiu. O melhor de tudo é que a sonoridade ainda está requintada e criativa, soando hora maravilhosamente lo-fi, hora divinamente rica, mostrando que Dan Snaith não esqueceu de como operar seus programas de música. Pop psicodélico moderno, nos moldes de Panda Bear ou Four Tet. Recomendo.
MAPS – “We Can Create”
Sem sombra de dúvidas, 2007 foi o ano do revival shoegaze. Não tem o que contestar. Aquele gênero musical do início dos anos 90 que saudava guitarras drone e vocais sussurrados influenciou muita gente, e o resultado foram ótimos trabalhos repletos de referencias shoegaze sendo lançados. “We Can Create” é um desses, uma versão atual do shoegaze. O cérebro do Maps é James Chapman, um rapaz da cidade de Northampton aqui na Inglaterra. Esse é seu disco de estréia e, no tocante a qualidade, está ali no topo com artistas contemporâneos semelhantes como Mew, Sigur Rós e Blonde Redhead. “We Can Create” nos entrega onze belas faixas que compõem um álbum coeso e notável, deixando no ar boas perspectivas para uma segunda empreitada. Boto fé.
THE RAVEONETTES – “Lust Lust Lust”
Outros que jamais brincam com o rock. Nossa, parece que foi ontem que escutei-os pela primeira vez em 2003. Essa dupla dinamarquesa (recentemente radicada em LA) ataca novamente com o quarto álbum e, embora o cenário esteja um pouco diferente, o som é total Raveonettes. O disco anterior era mais light, e vinha, aliado a guitarras, com harmonias radio-friendly (JAMC, yay!). Era um álbum para quem curte uma boa cocaína. Porém, a coisa ficou levemente mais pesada e sombria em Lust Lust Lust. Deram um passo a frente e fizeram algo para usuários de heroína (Velvet, ouch!). No final das contas, é aquele Raveonettes que sempre gostamos. Será que um dia vou enjoar dessa banda? Se depender de “Lust Lust Lust”, acho pouco provável.
DISCOS RECOMENDADOS DE 2007
BASIA BULAT – “Oh My Darling”
FEIST – “The Reminder”
THE CORAL – “Roots And Echoes”
JACK PEÑATE – “Matinee”
JENS LEKMAN – “Night Falls Over Kortedala”
MONTT MARDIÉ – “Clocks / Pretender”
PELLE CARLBERG – “In a Nutshell”
THE RUMBLE STRIPS – “Girls And Weather”
AMIINA – “Furr”
ELUVIUM – “Copia”
JUSTICE – †
BRYAN FERRY – “Dylanesque”
DIGITALISM – “Idealism”
THE THRILLS – “Teenager”
RILO KILEY – “Under The Blacklight”
COCOROSIE – "The Adventures Of Ghosthorse & Stillborn"
THE CLIENTELE – “God Save The Clientele”
THE RAKES – "Ten New Messages"
MAXIMO PARK – "Our Earthly PLeasures"
BRETT ANDERSON – "Brett Anderson"
ARCADE FIRE – "Néon Bible"
KEREN ANN – "Keren Ann"
TAP TAP – "Lanzafame"
AIR – "Pocket Symphony"
EXPLOSIONS IN THE SKY - "All of a Sudden I Miss Everyone"
JOHN HOWARD – "Same Bed, Different Dreams"
BRIGHT EYES – "Cassadaga"
THE BISHOPS – "The Bishops"
ELECTRELANE – "No Shouts, No Calls"
MANIC STREET PREACHERS – "Send Away The Tigers"
DARTZ! – "This Is My Ship"
THE HORRORS – "Strange House"
GOOD SHOES – "Think Before You Speak"
LUCKY SOUL – “The Great Unwanted”
JAMIE T – “Panic Prevention”
THE KISSAWAY TRAIL – “The Kissaway Trail”
BUTCHER BOY – “Profit In Your Poetry”
THE CRIBS – “Men’s Need, Women’s Need, Whatever”
THE APPLES IN STEREO – “New Magnetic Wonder”
THE ORCHIDS – “Good To Be A Stranger”
ASH – “Twilight Of The Innocents”
BARENAKED LADIES – “Barenaked Ladies Are Men”
MONSTER BOBBY – “Gaps”
RICHARD HAWLEY – “Lady’s Bridge”
THE POLYPHONIC SPREE – “The Fragile Army”
VALGEIR SIGUROSSON – “Ekvilibrium”
AFTERPILOT – “Foxtail”STARS OF THE LID – “And Their Refinement of the Decline”
SILVERSUN PICKUPS – “Carnavas”
CARLA BRUNI – “No Promises”
MSTRKRFT – “The Looks”
NEIL YOUNG – “Chrome Dreams II”
xxx