Sunday, April 23, 2006

 

coluna 17 de abril

LE BEAT BESPOKÉ 2- WEEKENDER
Rocket Complex, estação de metrô Holloway Rd, Londres, 15/04


Sempre quis ir a um encontro de mods, um evento grande onde toda a comunidade se reúne para celebrar a cultura modernista. Fui algumas vezes em festinhas sixties promovidas pelo coletivo New Untouchables e, embora Londres seja talvez a cidade mais importante nesse meio, nunca tinha ido num “weekender”. Eis então que no último final de semana compareci a um. Feriadão de Páscoa e, num complexo no norte de Londres (bem pertinho de casa, devo dizer), mods do mundo todo se encontram para um evento de três dias onde há shows de bandas, diversos djs, markets com roupas do estilo e discos, cinema e exposição de arte. Marquei presença somente no sábado, onde duas bandas que aprecio se apresentariam. Vi os shows delas, e também curti outras coisas. Segue abaixo meu relato.

:::::: No sábado o festival começava à tarde, logo à 1pm. Três bandas estavam agendadas para a sessão da tarde. Fui cedo, pois queria pegar o show de um combo novo que anda causando em Londres. O nome é THE HORRORS. Já tinha visto fotos deles em revistas e ficado meio desapontado. Achei que eram um tipo de lixo na mesma linha do My Chemical Romance e tal. Goddamn! Eu estava errado. Na semana passada fui ouvir o som dos caras no MySpace e, nossa senhora, que coisa mais grotesca! Que barulho bom! Em seguida fui ver direito o visual da banda, e percebi que não tem nada a ver com essa coisa over-produced-goth-metal, mas sim um troço 60’s-inferno-chic-noise. O som do The Horrors é também algo assim: um proto-punk cru e apocalíptico, que ao contrário da atitude punk de proclamar ‘no future’, molda uma explosão sonora que diz que há futuro sim, mas um futuro sombrio e violento. As duas músicas que ouvi não chegavam à dois minutos. Constatei então que se a banda tocasse dez músicas ao vivo, a apresentação duraria cerca 15 minutos. Foi isso que aconteceu. Mal entraram no palco e começaram a despejar aquele som sulcado de ódio, desgosto, groove e peso. Meu Deus, eles são maluquinhos. Eles são jovens. Eles são bonitinhos. Eles têm vigor e raiva. E não soam clichês e nem são idiotas. Podemos dizer que são a fusão de Sonics com Minty com Cramps. Uma comparação com Stooges é inevitável. As músicas são praticamente todas iguais, sem muita variação, ainda sim uma mais legal que a outra, como por exemplo os singles “Jack The Ripper” e “Sheena Is a Parasite”. Guitarras distorcidas, vocais gritados e também distorcidos, e teclados farfisa com efeitos do diabo (foto). Há um leve swing tropeçando no meio das faixas. Mal terminavam uma música e já engatavam n’outra. Os moleques, com média de 20 anos, juram não ter nenhum estilista de moda por trás, e que esse é o visual que eles tinham mesmo antes de se juntarem na banda. Como disse, tinha vigor fluindo no sangue dos rapazes. O show foi curtíssimo e simplesmente um HORROR-SHOW, no melhor sentido. Temos que ficar de olho nesse conjunto. Não é sempre que gosto de coisinhas barulhentas, e quando gosto, é porque o lance é bom mesmo. E ainda por cima, tinha um montão de garotas japonesas na frente, desesperadas pelos caras. E, como já observei aqui, quando isso acontece, é sinal de que a banda está no caminho certo. Depois dei uma perambulada pelo complexo onde se passava o evento, dei uma sacada nas lindas roupas à venda, comprei uns disquinhos e bebi mais uma taça de vinho branco. Me dei conta que a próxima banda que eu realmente queria assistir estava marcada para as dez da noite, e ainda eram três da tarde! Voltei andando pra casa pra tirar um cochilo e guardar energias para a noite.

:::::: Depois de um banho tomado e uma boa janta, preparei-me para o segundo tempo do Le Beat Bespoké. Fui lá caminhando e quando cheguei vi que o lugar tava mais cheio. Era de se esperar. Realmente, o pessoal aqui se preocupa com o visual. Estética modernista seguida à risca. O lugar era um desfile das melhores vestimentas mods do mundo todo. Pessoas de diversos lugares do planeta, todas aficionadas pela década de 60, bebiam, dançavam e ostentavam o luxo, todos cheios de pompa e sofisticação. Os rapazes de ternos, lenços ou gravatas, alguns com robustas costeletas e calças presumivelmente feitas por alfaiates especiais. As moças com vestidos alá Twiggy, botas coloridas, meias psicodélicas e pernas muito sensuais. Let’s groove, baby!!! Eu estava com minha jaqueta de couro e uma calça jeans velha. Cheguei bem na hora do coletivo alemão THE FRANK POPP ENSEMBLE iniciar seu show. Mandaram ver números regados a teclados farfisa, vocal feminino soulful, guitarras e muito balanço. O som deles é tipicamente acid-jazz. Os mais animados foram pra frente do palco e começaram a dançar, dar passinhos e ‘groovear’. Eu gostei bastante, mas senti uma coisa que recentemente havia sentido com a banda brasileira Cansei de Ser Sexy: possuem instrumentação afiada e dançante, mas nenhuma melodia forte. Nem por isso deixa de ser legal. O público gostou, aplaudiu e festejou.

:::::: Mais vinho, mais gente, mais calor. 11pm. Então veio o pessoal do CIRCULUS. Era hora de recebermos a luz dos Deuses ancestrais e medievais. Levante os braços, concentre-se e embarque nessa viagem de volta aos tempos. Por duas vezes eu já tinha passado por essa jornada do Circulus, mas nenhuma se comparou à essa. O Circulus é um espetáculo sonoro e teatral, e a combinação de ambos nos transporta a um mundo de fadas, orgias e rituais ocultos. Ó, Senhor! Eu quero a luz! Eu quero a purificação do meu ser! Tire o satanás do meu corpo! Tire esse encosto que não me deixa viver! Eis que só mesmo o Circulus pra realizar meu desejo, através de flautas, moog, batuques tribais, guitarras, minuciosos barulhos e energias carregadas de folclore e paz. Apresentaram praticamente todo o álbum de estréia “The Lick on the Tip of an Envelope yet to be Sent” (elogiado anteriormente aqui na coluna), lançado no ano passado, assim como também novas composições. Minha preferida da banda, “Swallow”, foi notadamente apresentada, com os graciosos vocais de Lo Polidoro, atingindo e abençoando meu coração. A trilha “Orpheus” começou num clima ritualístico e folclórico, para em seguida desencadear em pirações de moog e teremim. Você, jovem leitor, deve estar achando que todo esse meu blá-blá-blá em volta do Circulus é puro exagero, e que eles não devem passar de uma horripilante e cafona banda progressiva. Pois saiba você que, em cima dessa riqueza musical aliada de passagens prog e folk (e somada a um figurino requentado), há a mais assoviável melodia pop, aquela que quando entra pelo seu ouvido, não quer mais sair. Este é o grande aspecto do Circulus: moldar esquisitice e teatralidade junto com sensibilidade pop. E eles conseguem fazer isso como ninguém nos dias de hoje. Que show único. Fui, então, purificado. Depois do espetáculo do Circulus, não queria mais saber de mods, nem de pernas sensuais, nem de porra nenhuma. Caminhei de volta para casa e dormi profundamente. O encosto tinha, enfim, me deixado em paz. Power to the Circulus!!!


Você pode escutar as melhores faixas das bandas citadas acima nos respectivos endereços do MySpace:
www.myspace.com/circulus
www.myspace.com/thehorrors
www.myspace.com/thefrankpoppensemble

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THE TRIP

Esse é um disco que você precisa ter. Pague o preço que for (nem é tão caro assim), empreste e não devolva ou simplesmente faça um download (se você achar). Afinal de contas, não é todo dia que Jarvis Cocker seleciona suas faixas prediletas e compila tudo num álbum. Jarvis está de volta. Aos poucos o artista mais burlesco e genial dos últimos vinte anos vem aparecendo na mídia e retomando seu trono (se é que um dia ele o perdeu). Cerca de quatro ano atrás, Jarvis decidiu dar um tempo com o Pulp, se retirar para Paris e levar uma vida doméstica, casado e com filhos. Mas um artista do calibre de Jarvis, devemos imaginar, não fica nessa vidinha por muito tempo. Foi então que ele resolveu voltar a compor e gravar cancões, e o resultado disso será um LP solo que ele deve lançar no segundo semestre desse ano. Mas antes disso, Jarvis Cocker lança um outro cd. É justamente esse The Trip, onde, junto com seu colega de Pulp, Steve Mackey, escolhem 35 músicas distribuídas em dois cds. Como você acha que devem ser essas músicas, hein? Exatamente. Esbanjam qualidade e são carregadas de peculiaridades. Ora exótica, ora grotesca e sempre pop, essa é possivelmente a melhor compilação de artistas variados que eu já ouvi na vida. Tudo faz sentido aqui, e ao mesmo tempo nos deixa com uma pulga atrás da orelha. Há momentos dançantes assim como climas serenos e suaves. Para quem é dj como eu, tem ali coisinhas super afiadas para balançar uma pista de dança. Bem, bem, bem... essa obra é longa, ouvi diversas vezes mas ainda não peguei quem é quem no disco. Porém, já tenho as minhas recomendações: Dory Previn com “The Lady with the Braid” é de 1971 e lembra Francoise Hardy e coisas do tipo; Gene Pitney com “24, Sycamore” (1967) é andrógino e lindo. Curioso que esse cantor morreu semana retrasada, ele é super famoso, fez dueto com Marc Almont, mas eu ainda não o conhecia; Bonnie Dobson com “Winter's Going”, de 1972, é pura perfeição pop, com orquestras para acariciar seu coração; e o tal Elton Montello com “Jet Boy, Jet Girl” (1978) é a versão original de uma música que muitos de vocês devem conhecer através do Plastic Bertrand. Enfim, melhor eu ficar quieto e deixar que vocês tirem suas próprias conclusões. Repito: por favor, tenha esse disco. Sua vida será muito melhor, garanto.


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THE KOOKS

A cada dia gosto mais de Kooks. Muita gente torce o nariz pra eles (geralmente são os cínicos que se acham too-cool e underground e que de fato não sabem de nada de música pop), mas essa banda, liderada pelo talentoso Luke Pritchard, sabe realmente como compor música com uma boa pegada pop. A prova disso é o álbum de estréia deles, devidamente elogiado aqui na coluna e que possui um punhado de faixas matadoras, como por exemplo “Eddie's Gun” e “Sofá Song”. Mais recentemente, atingiram o top 10 nas paradas com o ótimo single “Naive”, que é minha predileta deles. Estão sempre nas rádios, na MTV e em revistas e fanzines, e a base de fãs dos caras só aumenta.

O mais legal foi ver que o vídeo-clip de “Naive” foi gravado no Nambucca, o mesmo pub indie que eu discoteco aos domingos aqui no norte de Londres. Então pessoal, pra quem tem curiosidade de saber como é o pub mais descolado de Londres, é só clicar no link abaixo e assistir. Obviamente no clip o lugar ta meio escuro (por conta da história da música e tal), mas ainda sim dá pra sacar como é o ambiente.

http://www.youtube.com/watch?v=jMO3iLq_kAU&search=the%20kooks%20naive


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Tô devagar, tô devagar. Tenho escutado umas coisas e pá. O novo Morrissey, o novo Graham Coxon, o novo Yeah Yeah Yeahs, o novo Mates Of State, umas bandas novas e tal, mas preguiça aliada a falta de tempo me impede de resenha-los aqui pra vocês. Paciência. Semana que vem, quem sabe.

Ae, olha só, finalmente abri um profile no MySpace. Antes eu usava a conta do meu irmão para log in, agora não mais. Me dá um oi, dá: www.myspace.com/marxdiscjockey (tem um monte de fotos minhas e agora você finalmente pode ver como sou sexy).

I see you, baby!

 

coluna 10 de abril

JOHNNY BOY

Comentei aqui do belíssimo show do Johnny Boy que assisti na semana passada. Realmente, o disco dos caras não sai do meu iPOD! Não entendo como uma obra dessas não conseguiu contrato com nenhuma gravadora aqui no UK. Acho que o pessoal do Johnny Boy deve ser casca grossa para negociar! Hehe. Mas enfim, o disco vai ser lançado na Austrália dentro de poucos dias, ai é só entrar na www.hmv.com.au e comprar. Fácil.

A gravadora que está lançando o trabalho do Johnny Boy na Austrália chama-se Speak’n’Spell (www.speaknspellmusic.com/), que pelo que conferi, é também casa de artistas como Editors, Khonnor, Four Tet e My Latest Novel. Ou seja, Johnny Boy está em boas mãos. É possível achar o álbum no soulseek, mas você tem que vasculhar bem. Os arquivos que baixei vieram junto com fotos da capa e contra-capa do cd, os quais eu publico aqui.

Baixe e você não vai se arrepender. Esse cd não tem nenhuma faixa descartável. Começa, naturalmente, com o primeiro single e canção mais famosa da banda, a esplêndida “You Are The Generation That Bought More Shoes And You Get What You Deserve”. Músicas como “Fifteen Minutes”, “Livin' In The City”, “Formaldehyde (Last Words Of Lottery Loser)” e “Johnny Boy Theme” com certeza estarão entre as coisas mais legais que você vai ouvir esse ano. É o encontro perfeito entre guitarras, melodias universais, soul-music e samples irradiantes. Juntos formam um sopro de frescor.

Vale lembrar que Johnny Boy é formado pelo casal Davo e Jolly. Ao vivo contam com mais dois músicos de apoio, mas as composições são todas do casal. São baseados em Liverpool, com conexões em Londres e Manchester. Davo é também o tecladista de turnê dos Manic Street Preachers. Isso explica porque o primeiro single da banda foi produzido por James Dean Bradfield. Na apresentação que vi deles na semana passada, ao meu lado estava Mick Jones, lendário guitarrista do The Clash, se acabando com o show. Johnny Marr, uma das áureas do Smiths, disse na revista Q que o Johnny Boy é uma das melhores coisas que ele ouviu nos últimos tempos. E aí, já deu pra te convencer a baixar o cd deles?

Pra já, fique com o sensacional clip de “You Are The Generation That Bought More Shoes And You Get What You Deserve”. Você vai entender que eu não estou de brincadeira. Jolly canta realmente como uma autêntica soul-diva.

http://mcms-delivery.virtuebroadcasting.com/deliver.m3u/?id=5C59B5B3-B938-49B6-9A2E-AE4E4A914564

[precisa de Real Player para visualizar o vídeo]



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JENNY LEWIS

Jenny Lewis já não é mais minha indie-girl preferida. Agora ela é minha country-girl preferida! Afinal, depois que ela lançou seu fantástico disco solo, “Rabbit Fur Coat”, devidamente elogiado aqui na coluna, a moça parece que embarcou de vez no country. O álbum, como já falei, é um jorro de melodias gospel, pop e country.

A música escolhida para ser single aqui no UK foi a fofa “Rise Up With Fists!!”, que é nada mais que uma espetacular canção pop, com vocais gospel de fundo, brilhantemente cantados pelas irmãs gêmeas Watson, que estão acompanhando dona Lewis nessa embarcada.

Porém, nos EUA, Jenny Lewis não marcou bobeira e escolheu um countryzão para ser a música de trabalho, a não menos excepcional “The Big Guns”. Não podemos esquecer que metade da população dos EUA é formada por cowboys e gente extremamente conservadora, que vai à igreja todos os domingos. E obviamente música country é a predileta deles.

Eis então que dona Lewis, claramente na tentativa de atingir esse povo, caiu de cabeça nessa coisa de country. As roupas (ela decidiu agora só usar vestidos longos) e a postura de palco estão longe de ser o Rilo Kiley, aquela banda indie que eu tanto gosto. Mas tudo bem, acho legal ver quão articulada é a garota. O disco é fantástico e ela parece estar curtindo essa empreitada solo.

Assista aqui a apresentação de Jenny Lewis no programa David Letterman, o mais famoso talk-show americano, gravado no mês passado.
http://www.youtube.com/watch?v=DSU1FZiZ6n8&search=jenny%20lewis

Segura peão!!!

Quer mais Jenny Lewis? Veja o clip de “Rise Up With Fists!!”.

http://www.youtube.com/watch?v=-1o3dp01lqE&search=jenny%20lewis

Jenny Lewis toca em Londres no dia 27 de abril. Os ingressos estão esgotados, mas vou mesmo assim, tentar comprar na porta. Te vejo lá.

www.myspace.com/lewiswithwatsons



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GUILLEMOTS

Essa semana na NME foi publicada uma resenha de um show do Guillemots, e a revista falou exatamente o que eu falei aqui na semana passada: que a banda é uma das mais inventivas dos dias de hoje e que é apenas uma questão de tempo para eles alcançarem forte sucesso.

O Guillemots está na estrada, tocando pra lá e pra cá aqui no UK e também nos EUA. A data de Londres será dia 30 de maio. Tentei fazer uma entrevista com eles, mas ta difícil, pois estão sempre rodando. Falei com o Magrão no show que vi semana retrasada e ele falou que não tem nem tempo de checar os e-mails. Correria. Quando fui falar, tinha uma fila de gente pra pegar autógrafo com ele. Muito legal isso!

Well, é isso aí. Dê uma checada nessa versão acústica de “Trains To Brazil”.
http://www.youtube.com/watch?v=FsEQ4qn9V7M&search=guillemots

www.myspace.com/guillemotsmusic


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NOVA UNCUT

Uma das revistas de música mais legal do planeta lançou sua nova edição essa semana, e vem com novo design, conteúdo revitalizado e Morrissey na capa. Essa é a nova Uncut. Eu particularmente gostei das mudanças.

A nova sessão de resenhas está maior, e os títulos são separados por ordem alfabética. Isso facilita bastante. Antes as resenhas eram separadas por New Releases e Reissues. Agora tá tudo junto, mas com a devida sinalização de quando é lançamento e quando é reedição. Ainda, há um novo guia de cinema que é suculento. Haja tempo pra ver todos os filmes que eles recomendam!

Há sessões novas por toda a revista, para fazer qualquer fã de cultura pop ficar louco. Entrevista com Ray Davies e Morrissey, e artigos sobre Primal Scream, Scott Walker, Ronnie Spector e Flaming Lips também marcam presença.

O tradicional cd gratuito continua firme na revista, e esse mês contém faixas de artistas como Graham Coxon, The Charlatans, Calexico, Fairpop Convention, Lambchop e muitos outros.

A Uncut é encontrada em praticamente todas as bancas da Inglaterra por míseros £ 4.20. Também aceitam assinaturas para o mundo todo.

www.uncut.co.uk/

Transcrevo aqui uma parte da entrevista com Morrissey, que na verdade é um jogo de perguntas. Morrissey sempre Morrissey.

Lucille Ball or Hylda Baker? “Lypsynka”

Channel 4 or BBC 4? “Channel 4 because of Shamless, but certainly not
because of The Importance of Being Morrissey”

Ian Brown or Ian Curtis? “Neither. James Maker instead”

Man United or Man City? “ManUre”

Blackpool or Las Vegas? “No difference”

Beyoncé or Jennifer Lopez? “Hell isn’t hot enough for either”

24 Hour Party People or Velvet Goldmine? “24 Hour Party People”

The Rakes or The Kooks? “The Rakes”

Julian Cope or Pete Burns? “Burns”

Newsnight or That Was The Week? “Newsnight”

Jaguar or Lexus? “XK8”

Peaches Geldof or Chantelle? “No, thanks”

Cats or dogs? “Pussies”

Superman or Batman? “Bruce Wayne and his youthful ward Dick Grayson”

Fridays or Saturdays? “Everyday is like Sunday”

Italy or England to win World Cup? “Italeeeee”

Pen or Pension? “Poison”

Old Wembley or New Wembley? “Old”

Bananarama or Girls Aloud? “The Slits”

Eyes or Smile? “Smile”

Heaven or Hell? This is hell, nor am I out of it”

Birthday or Christmas? “Avoid both”

Loved and lost or never loved at all? “I only know the latter”

Lynch or Lean? “Lean, Oliver Twist – “What right have you to butcher me?”

Phone call or e-mail? “Never been known to pick up the phone”

Death while sleeping or while onstage? “Just let it be quick”

>>> Falando em Morrissey, o último disco dele entrou direto em número UM aqui na Inglaterra. Quem pode, pode. Ouvi o cd e achei mais ou menos. Preciso ouvir melhor.


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IMPLOSÕES DO FOLK

O podcast Implosões do Folk continua firme, com atualização semanal com o melhor da música mundial, dos clássicos aos novatos. Essa semana, Liz de Munno e meu irmão Gilberto Custódio dão uma geral em pop da Escócia dos anos 90. Veja o tracklist:

01. Soup Dragons, "Quite Content" The Sun is the Sky EP (Subway, Unreleased)
02. BMX Bandits, "Serious Drugs" Life Goes On CD (Creation, 1993)
03. Edwyn Collins, "If You Could Love Me" Gorgeous George CD (Setanta, 1993)
04. Superstar, "Barfly" Superstar CD (Creation/Capitol, 1994)
05. Trash Can Sinatras, "I've Seen Everything" I've Seen Everything CD (Polygram, 1993)
06. Eugenius, "Blue Above the Rooftops" Mary Queen of Scots CD (Creation/August, 1994)
07. Momus, "Summer Holiday 1999" Voyager CD (Creation, 1992)
08. Speedboat, "Speedboat" Speedboat CD (Shoeshine, 1996)
09. Frank Blake, "Don't Let Love Pass You By" 7” single (Shoeshine, 1996)
10. Astro Chimp, "Draggin' " 7” single (Shoeshine, 1996)
11. Teenage Fanclub, "Alcoholiday" Bandwagonesque (Creation, 1991)

Se eu fosse você, ouviria o programa já! http://www.microfonia.org


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As fotos dos shows da semana passada foram todas tiradas pela minha namorada Patrícia Arvelos. Ficaram boas, né?

Tchau.

Sunday, April 09, 2006

 

coluna 03 de abril

SHOWS

Conforme avisado aqui na coluna anterior, na semana que passou fiquei correndo pra lá e pra cá por toda Londres, assistindo os mais diversos e ótimos shows. E quando não estava em algum concerto, eu tava discotecando. A noite é mesmo uma criança. Só não me pergunte como consigo conciliar meu trabalho durante o dia. Não sei. Mas vamos aos shows, com destaque, claro, ao Guillemots e Johnny Boy.

SEMIFINALISTS + MY LATEST NOVEL
Bush Hall, estação de metrô Shepherd's Bush, 28/03


A noite tinha quarto bandas, mas saí do trabalho tarde e só consegui pegar as duas últimas, Semifinalists e My Latest Novel, que afinal eram as únicas que eu queria mesmo ver. O Semifinalists é composto por três estudantes de cinema que se conheceram numa faculdade em Londres. O detalhe é que eles são todos americanos. Quer dizer, uma integrante, a Adriana, é na verdade nascida nos EUA, mas vem de família brasileira. Eu já tinha visto o trio ao vivo no ano passado, mas o show não tinha me impressionado muito. Agora foi diferente. O Bush Hall estava lotado pra ver eles e a atmosfera estava ótima. Como são estudantes de cinema, atrás do palco havia um telão onde rodavam vídeos contemplativos e twee, dando um tom mais do que especial para a música do grupo.

Musicalmente, são a colisão perfeita entre Mogwai e The Boy Least Likely To, com uma leve colherada shoegazer, especialmente nos vocais de Adriana. Todos os três cantam, mas quando Adriana cantava, era a hora que eu mais gostava. Percebemos que o Semifinalists tem um apelo pop fluindo nas veias, mas ao esmo tempo não querem entregar isso de bandeja, é aí então que deslizam para uma instrumentação mais elaborada e um tanto truncada. Senti uma boa evolução do ano passado pra cá. Estavam muito mais empolgados e confiantes no palco. Lançaram dois singles e o disco completo chega em maio. Keep an eye.

Mas o melhor da noite era o último show, e atendia pelo nome de My Latest Novel. A beleza musical desse conjunto é tanta que fica difícil de classificar o som deles. Como adoro rótulos, eu os rotularia de “transcedental-epic-pop-folk-beauty”. Eles são de Glasgow na Escócia e esse show em Londres é o primeiro desde que lançaram o excelente álbum “Wolves”, que já resenhei aqui. O concerto foi tudo o que eu esperava deles. Tensão, força e delicadeza.

Não sei se são as harmonias vocais naquele estilo “pa pa paaa”, as raízes eruditas ou as linhas de violino, mas essa apresentação deixa qualquer um de queixo caído. As canções transcorriam majestosamente por uma sinfonia folk, às vezes aludindo ao Blueboy, como foi o caso da lindíssima “The Job Mr Kurtz Done”. Há ecos do Belle & Sebastian do começo. Lembre-se que estamos tratando de uma banda escocesa.

Contudo, em alguns momentos as guitarras entravam todas ao mesmo tempo e mergulhavam numa tensão que, juntando à sensibilidade folk, dava origem à uma forte sensação de melancolia. O número “Sister Sneaker, Sister Soul” foi um desses momentos. “Pretty In A Panic” passeia por orquestrações e, no final, a violinista começa a falar e contar uma história. Talvez tenha sido o ápice da noite. Eles tocaram o álbum todo, e fizeram isso em não mais de uma hora. No final, muitos aplausos de uma platéia que ainda estava tentando entender o que tinha acontecido. Showzão!

>>> www.myspace.com/mylatestnovel

>>> www.myspace.com/semifinalists




GOOD SHOES
Blow Up Metro, estação de metro Tottenham Court Rd, 29/03


Não sei se foi por causa do péssimo espaço físico que é Blow Up Metro (o palco fica no meio do caminho para você ir ao banheiro ou para ir ao bar e tudo fica apertado) ou o público de rock babaca que não tenho muita paciência, mas eu não estava com a mínima vontade de ver esse show. Eu até gosto do Good Shoes, mas queria sair dali. As bandas de abertura, que nem merecem ter os nomes citados, foram horríveis (uma era um rock de garagem chato e outra uma cópia fajuta do Dexys).

Veio o Good Shoes e a molecada começou a empurrar e tal e eu saí e acabei assistindo o show do bar, que de qualquer jeito era próximo ao palco, mas pelo menos ninguém empurrava. O show foi ok, mas é o tipo de banda que ver uma vez é mais do que suficiente. Eles tocaram o single “We Are Not The Same” e dancei um pouco. Tocaram “Small Town Girl”, minha música preferida deles, e dancei mais um pouco. O resto eu não lembro muito bem. Como eu estava no bar, acabei bebendo mais que o normal e fiquei de pileque. Meu humor melhorou um pouco com isso. Mas o show durou quarenta minutos e em pouco tempo eu já estava em casa. Como estava bêbado, dormi fácil. No dia seguinte acordei com uma leve enxaqueca. Nada que uma aspirina não tenha resolvido.=

>>> www.myspace.com/goodshoes



GUILLEMOTS
King's College, estação de metrô Temple, 30/03


Ah, que delícia! Mais um show do Guillemots. Ao contrário do Good Shoes aí de cima, o Guillemots é o tipo de banda que você nunca vai se cansar de ver ao vivo. Você pode vê-los vinte vezes e, se tiver um mínimo de gosto por música pop, vai querer ver outra vez.

Cheguei tarde e não vi a apresentação de abertura. Me falaram que foi chato. Ainda bem que não vi. Aos poucos o lugar ficou escuro e o excêntrico Fyfe Dangerfield (que nome, hein?), mentor do Guillemots, aparece no palco e toca uma belíssima balada no piano. Bom começo. Ao final da música, ouvimos chocalhos, cornetas e batuques vindo de trás da platéia. Quando olho pra trás, era o resto do grupo entrando fantasiado pelo meio do público e subindo no palco. Gosto desse lado esquisito deles.

A barulheira toda acabou virando uma gema pop que só essa banda sabe fazer. É nessas horas que agradeço de morar numa cidade como Londres. A música era tão bonita que senti que estava testemunhando algo muito, muito, muito especial e que em breve deve cair no gosto popular. Tive a sensação de que uma coisa grande e poderosa vai surgir dali. Essa banda é uma das melhores coisas que surgiu na Inglaterra em muitos anos.

Nesse show eles contaram com dois saxofonistas e soaram muito mais jazz do que nas gravações. Quando digo jazz, quero dizer free-jazz. Improvisar é um ato comum quando os Guillemots tocam ao vivo. Experimentar e se comportar de jeitão esquisito também. Mesmo assim, Fyfe é um dos caras mais carismáticos do pop de hoje e não duvido nada ele se tornar um Chris Martin da vida. Mas ele é muito mais criativo que o líder do Coldplay. Musicalmente Fyfe é um compositor que está à altura de gente como Brian Wilson e Kevin Rowland. E não pense que estou viajando.

O show mescla referências de reggae, jazz, experimentação e, principalmente, música pop. Sabem muito bem juntar tudo isso e apresentar um repertório coeso. Por isso acredito que o Guillemots é uma das bandas mais inventivas dos dias de hoje. As músicas que fizeram todos ir ao delírio foram hits como “Who Left the Lights Off, Baby?”, “Made Up Lovesong #43”, “Trains to Brazil” e o novo single “We're Here”. Todas essas faixas são nota 10.

Eles têm um monte de trilhas que ainda não sei o nome, mas são igualmente brilhantes. “Go Away”, meio reggae, se arrastou por oito minutos. Terminaram com um canhão electro-rock nos moldes dos últimos discos do Primal Scream. Nessa hora Fyfe largou o piano e tocou baixo. Surpreendeu à todos. Será que vão lançar essa música ou estavam só zoando? No final, senti que testemunhei um show tão especial como ter visto o Stone Roses em 1988 ou Suede em 1992. A banda está no auge da criatividade e tocando para 600 sortudos. Logo será difícil conseguir ingressos para o show do Guillemots.

>>> www.myspace.com/guillemotsmusic



JOHNNY BOY
Purple Turtle, estação de metrô Mornington Crescent, 01/04


Ainda não acredito que vi Johnny Boy ao vivo. Essa é possivelmente uma das bandas mais reclusas dos dias atuais. Até hoje à noite, nunca tinham se apresentado ao vivo na Grã-Bretanha, e olha que eles são ingleses. Escrevi sobre eles aqui na coluna cerca de um mês e meio atrás. Falei que o debut álbum dos caras tinha surpreendentemente vazado na internet, mas que a própria banda não tinha dado sinal de vida havia dois anos. E eu não sabia nada deles e o disco não tinha previsão de lançamento.

Mas agora eu sei alguma coisa. A banda na verdade é um casal, Davo e Jolly. Davo é o tecladista de turnê do Manics Street Preachers, e isso explica porque James Dean Bradfield produziu o limitadíssimo primeiro single "You Are the Generation That Bought More Shoes and You Get What You Deserve", uma das melhores músicas dos últimos dois anos. O álbum, uma coleção de dez faixas matadoras que se aliam à samples, guitarras, vocais soul e roupagem phil-spector, será lançado nas próximas semanas na Suécia e na Australia. Aqui no UK, o Johnny Boy não tem gravadora e consequentemente não tem data marcada para lançar o disco. Acredito que, pela qualidade excelente, esse LP não vai demorar muito para ir para as lojas inglesas.

Mas no tocante ao show, eles são propriamente uma banda de rock ao vivo. Jolly, a vocalista, e Davo, o guitarrista base, recebem no palco um baixista e um baterista. É uma autêntica guitar-band, com a diferença que usufruem de alguns samples aqui e acolá. A faixa de abertura foi, naturalmente, “Johnny Boy Theme”, um tremor grandioso e melódico. Emendaram com a pulsante “Fifteen Minutes”, na minha opinião a melhor faixa da banda. Impossível ficar parado com a vibração dessa música.

Em “Livin' In The City”, que no disco é uma colagem de samples e programações eletrônicas em conjunto com um clima soul, ao vivo ficou um verdadeiro funk-boogie, e o resultado foi excepcional. A voz de Jolly não deixa nada a desejar para soul-divas dos anos 60.

Um ponto interessante do concerto é a interação da música com um enorme telão que estava posicionado atrás do palco. Durante os quarenta minutos que a banda tocou, fomos presenteados com clipes recheados de imagens malucas de neon, vídeos boogie, riots em preto e branco, estética urbana e muitas explosões. Cada música tinha um tema diferente.

Na hora mais rock do show, a contagiante “Formaldehyde (Last Words Of Lottery Loser)”, foi impossível não tocar uma guitarra imaginária. Foi o que fiz. E na passagem mais eletrônica, “War On Want”, fiquei viajando com a vibe trip-hop e as imagens no telão. O single "You Are the Generation That Bought More Shoes and You Get What You Deserve" foi a saideira, fechando o show com chave de ouro.

Ao final fui falar com Davo e ele me disse pretendem tocar mais em Londres. É outro concerto que gostaria de ver novamente.

>>> www.johnnyboyinc.co.uk

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WEEKENDERS

Com o verão se aproximando aqui na Inglaterra, começam a aparecer as propagandas dos festivais de verão. Os mais tradicionais você já deve conhecer: Reading & Leeds, V Festival e Glastonbury (que esse ano tá de folga). Mas não é desses que vou comentar agora. Darei uma geral em festivais menores, que são conhecidos por aqui como “Weekenders”. Esses são bem mais fáceis de conseguir ingressos e a agitação e qualidade é praticamente a mesma dos festivais grandes. Selecionei três. Have a look!

>>> LE BEAT BESPOKÉ 2

Quando: 13, 14, 15 e 16 de abril (tá logo aí!!!)

Como é: A turma que promove esse weekender é a mesma que faz o festival Modstock. Daí temos uma idéias do que é. Só tem bandas de sonoridade meio retrô-mod. O Lê Beat Bespoké na verdade faz parte do New Untouchables, um coletivo inglês especializado em promover e cultivar a cultura modernista e sons retrô. Essa é apenas a segunda edição do projeto. Fora as bandas, o final de semana é recheado de exposições de arte, cinema cult, projeções artísticas e mercado de roupas vintage. Também há DJs dos mundo todo, tocando o melhor do mod e soul.

Quem toca: Circulus, The Remains, The Horrors e Frank Popp Ensemble.

Local: The Rocket, na Holloway Road , norte de Londres.

Informações: www.newuntouchables.com

>>> CAMDEN CRAWL

Quando: 20 de abril

Como é: Esse festival segue numa linha não muito convencional. É parecido com aquele festival-hype que rola no Texas, o South By Southwest. O Camden Crawl é o seguinte: num dia, se apresentarão um total de 50 bandas em vários lugares no bairro de Camden Town. Os conjuntos são geralmente as novas promessas daqui e também alguns artistas já bem estabelecidos. Os shows rolam praticamente simultâneos e você pode comprar uma pulseirinha que dá entrada para todos os lugares. Ingressos separados também são vendidos. Camden Town já é normalmente um bairro roqueiro, e esse festival deixa a área parecendo um carnaval do rock.

Quem toca: Absentee, Fields, !Foward Russia!, Guillemots, The Holloways, Morning Runner, The Slits, The Spinto Band, Wolfmother, 65 Days Of Static, Pink Grease, Captain, The Automatic, Larrikin Love e muitos outros.

Locais: Lock 17, Koko, Electric Ballroom, Underworld, Barfly, Dublin Castle , Oh! Bar, Purple Turtle, Colour, NW1, Lounge e Bullet.

Informações: www.thecamdencrawl.com

>>> THE GREAT ESCAPE

Quando: 18, 19 e 20 de maio

Como é: A melhor cidade da Inglaterra na minha opinião é Brighton, que tem praia e uma cena musical fortíssima. Esse festival vai ser lá. Fica a 50 minutos de Londres. É no mesmo estilo do Camden Crawl, só que serão três dias. A atmosfera deve ser ótima. Não só pelas bandas, mas também pelo fato de ser em Brighton.

Quem toca: The Futureheads, The Cribs, British Sea Power, Guillemots, Richard Hawley, Good Shoes, Martha Wainwright, Electric Soft Parade, The Upper Room e muito mais.

Locais: diversos bares na cidade.

Informações: www.escapegreat.com/

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* Pois é. O que eu venho matutando desde 2004, está prestes a acontecer. As Pipettesestão com tudo, minha gente! Semana passada elas lançaram o segundo single de grande circulação aqui na Grã-Bretanha, a vibrante “Your Kisses Are Wasted On Me”, e o single não fez feio nos charts, entrando no top 40. Fora isso, as garotas estão recebendo cobertura da imprensa aos montes! Diversos radialistas estão tocando a música, entre eles os respeitados Zane Lowe, Steve Lamacq, Phil Jupitius e Radcliffe. Ainda, revistas e jornais também entraram na roda e estão ou publicando matérias, ou usando as meninas como modelos em lindíssimas sessões de fotos. Só no último mês elas apareceram nas revistas de moda/comportamento/música Clash, ID, Dazed & Confusion e Amaléia's Magazine, além de um artigo no jornal The Guardian. Até a NME e Artrocker, que sempre foram hostis as Pipettes, estão abrindo as pernas e descendo elogios para a banda. Nada mais merecido, né? As Pipettes tem o pacote completo para estourar: boa música, boa aparência e um conceito que, embora não seja original, é diferenciado nesse novo milênio. No momento o grupo está fazendo shows no UK e se preparando para o lançamento do álbum. Quando isso acontecer, o que será em breve, prepare-se para mais uma avalanche das Pipettes!

* Dirty Pretty Things, a nova gang de Carl Barat, entrou direto em primeiro lugar na parada da MTV2, aqui no UK. Já a nova gang de Jack White, The Racounters, estreou em terceiro. Nada mal. E sabe o que mais? As duas gangs são muito boas.

* Razorlight vem aí! Na semana passada a banda tocou no Royal Albert Hall aqui em Londres, como convidado do projeto de caridade de Roger Daltrey. E os meninos mandaram várias músicas novas, das quais quase todas são hits instantâneos, segundo jornal Evening Standard. O provável novo single deve ser “In The Morning”, e foi descrito como uma das músicas mais ganchudas que você vai ouvir esse ano. Já “Back To The Start”, trás uma pitada reggae. Prometem lançar material novo ainda no segundo semestre. Estou ansioso para a volta da banda. Adoro Razorlight, e você?

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Gente, falei demais, né? Desculpa, mas eu fico alarmado com a quantidade de bandas EXCELENTES que surgem à todo momento aqui no Reino Unido. Guillemots, Johnny Boy, The Pipettes, My Latest Novel... Deus do céu, tô ficando pirado. Haja cérebro pra gostar delas na intensidade necessária. Sério, esses grupos que citei são realmente fantásticos e não vejo nenhum outro lugar do planeta onde surgem tantas bandas boas a todo momento. Podem me chamar de Brit-kid ou o que for, mas a verdade é que ninguém bate o Reino Unido no quesito criatividade, talento e inventividade musical.

Claro que os EUA, por exemplo, também são um pólo forte de artistas de qualidade, mas tá longe de ser o UK. Fato.

To bege.

Fui.

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