Thursday, December 14, 2006

 

coluna 14 de dezembro

Finalmente, aqui está o que muitos me pedem: minha lista de melhores do ano. Decidi compilar os 25 melhores singles e álbuns de 2006. E é isso. No tocante a cinema e literatura, assisti diversos filmes e li muitos livros no ano que passou, entretanto, poucos deles foram lançados em 2006, então seria inútil tentar eleger um ‘best of’ decente. Com certeza estou esquecendo de algum hino ou algum disco clássico que deveria estar aqui, mas basicamente, o que me excitou em 2006 está logo abaixo...

MELHORES SINGLES


01. LES INCOMPETENTS – “How It All Went Wrong”


02. THE HOLLOWAYS – “Generator”


03. THE AUTOMATIC – “Monster”


04. THE PIPETTES – “Pull Shapes”


05. I’M FROM BARCELONA – “We’re From Barcelona”


06. PRIMAL SCREAM – “Country Girl”


07. THE RAPTURE – “Whoo! Alright-Yeah...Uh Huh”


08. LUCKY SOUL – “My Brittle Heart”


09. TWO GALLANTS – “Steady Rollin'”


10. NEIL YOUNG – “After The Garden”


11. GRAHAM COXON – “Standing On My Own Again”


12. LILY ALLEN – “LDN”


13. THE GOSSIP – “Standing In The Way Of Control”


14. JENNY LEWIS – “Rise Up With Fists”


15. NICKY WIRE – “Break My Heart Slowly”


16. B.C. CAMPLIGHT – “Blood And Peanut Butter”
VÍDEO NÃO DISPONÍVEL ::: www.myspace.com/bccamplightmusic

17. THE BISHOPS – “The Only Thing I Look Is Down”


18. KLAXONS – “Atlantis 2 Interzone”


19. THE KILLERS – “When You Were Young”


20. THE RUMBLE STRIPS – “Hate Me You Do”
VÍDEO NÃO DISPONÍVEL ::: www.myspace.com/rumblestripsuk

21. LARRIKIN LOVE –“Happy As Annie”


22. THE SUNSHINE UNDERGROUND – “Put You In Your Place”


23. MYSTERY JETS – “You Can’t Fool Me Denis”


24. THE LONG BLONDES – “Once And Never Again”


25. CAPTAIN – “Frontline”




MELHORES ÁLBUNS

01. GUILLEMOTS – “Through The Window Pane”
02. THE PIPETTES – “We Are The Pipttes”
03. THE SLEEPY JACKSON – “Personality - One Was a Spider One Was a Bird”
04. THE AUTOMATIC – “Not Accepted Anywhere”
05. THE ELECTED – "Sun, Sun, Sun"
06. RODDY FRAME – “Western Skies”
07. THE KILLERS – “Sam’s Town”
08. I’M FROM BARCELONA – “Let Me Introduce My Friends”
09. THE MONTGOLFIER BROTHERS – "All My Bad Thoughts"
10. THE FLAMING LIPS - "At War With The Mystics"
11. DRIVE-BY TRUCKERS - “A Blessing And A Curse”
12. NEIL YOUNG - "Living With War"
13. JOHNNY BOY - "Johnny Boy"
14. BERT JANSCH – “The Black Swan”
15. TILLY AND THE WALL – “Bottoms of Barrels”
16. MAX RICHTER – “Songs From Before”
17. ESPERS – “Espers II”
18. JOHN HOWARD – “As I Was Saying”
19. DAVID GILMOUR – "On An Island"
20. MY LASTEST NOVEL – "Wolves"
21. THE RADIO DEPT - "Pet Grief"
22. BELLE AND SEBASTIAN – "The Life Pursuit"
23. LAMBCHOP – “Damaged”
24. THE HOLLOWAYS – “So This Is Great Britain?”
25. JENNY LEWIS with THE WATSON TWINS – “Rabbit Fur Coat”


Segue uma lista de outros discos bacanas de 2006, sem ordem de preferência (com o tipo de som / rótulo entre parênteses).

JAMES DEAN BRADFIELD – "The Great Western" (Pop-Rock)
CIRCULUS – “Clocks Are Like People” (Folk-Prog)
LARRIKIN LOVE - "The Freedom Spark" (Indie-Ska-Pop)
JARVIS COCKER – “Jarvis” (Obscure Pop)
THE MAGIC NUMBERS – “Those The Brokes” (Folk-Pop-Rock)
JOANNA NEWSOM – “Ys” (Free-Folk)
IRENE – “Apple Bay” (Twee Pop)
NO FUNERAL – “No Funeral” (Post-Rock)
THE LONG BLONDES – “Someone To Drive You Home” (Indie-Vintage-Rock)
ISOBEL CAMPBELL & MARK LANEGAN – “Ballad Of Tthe Broken Seas” (Quiet-Pop)
THE RAPTURE – “Pieces Of The People We Love” (Rock-Beats-Funk)
TV ON THE RADIO – "Return to Cookie Mountain" (Rock-Guitar-Beats-Gospel)
ACID CASUALS – “Omni” (Weirdo-Pop)
NICKY WIRE – “I Killed the Zeitgeist” (Pop-Punk)
THE SUNSHINE UNDERGROUND – “Raise The Alarm” (Rock-Beats-Indie-Funk)
PET SHOP BOYS – “Fundamental” (Synth-Orquestral-Pop)
PRIMAL SCREAM – “Rock City Blues” (Rock’n’Roll)
ABSENTEE – “Schmotime” (Smart-Pop-Indie)
SHACK – “On The Corner Of Miles And Gil” (Folk-Rock)
FARIÑA – “Allotments” (Folk-Experimental)
YEAH YEAH YEAHS – “Show Your Bones” (Art-Rock-Post-Punk)
GRAHAM COXON – “Love Travels At Illegal Speeds” (Rock’n’Roll)
RHETT MILLER – “The Believer” (Power-Pop)
TWO GALLANTS – “What the Toll Tells” (Folk-Rock)
SCOTT WALKER – “The Drift” (Experimental Weirdo)
THE YOUNG KNIVES – “Voices Of Animals And Men” (Art-Rock)
TOY – “Toy” (Electronica-Lounge)
DIRTY PRETTY THINGS - "Waterloo To Anywhere" (Indie-Punk)
EMBRACE – “This New Day” (Pop for the masses)
DEVICS – "Push The Heart" (Folk-Experimental)
DELAYS – "You See Colours" (Brit-Pop-Etereo)
SPARKS – "Hello Young Lovers" (Orquestral-Art-Pop)
THE GOSSIP – " Standing In The Way Of Control" (Soul-Punk)
MYSTERY JETS – “Making Dens” (Indie-Prog)
HOPE OF THE STATES – “Left” (Apocalise-Pop)
BE YOUR OWN PET – "Be Your Own PET" (Punk-Post-Punk)
DESTROYER – "Rubies" (Glam-Songwriter)
ARCTIC MONKEYS – “Whatever People Say I Am, That's What I'm Not” (Indie-Rock-Punk)
THE KOOKS – “Inside In/Inside Out” (Pop-Indie)
THE STROKES – “First Impressions Of Earth” (Indie-Rock)
CAMERA OBSCURA – “Let's Get Out of This Country” (Perfect Pop)
EL PERRO DEL MAR – “El Perro Del Mar” (Swedish-Pop-Folk)
BARZIN – “My Life In Rooms” (Melancholic-Folk)
TRES CHICAS – “Bloom, Red & The Ordinary Girl” (Girl-Country)
SKYE – “Mind How You Go” (Trip-Hop)
LILY ALLEN – “Alright, Still” (Ska-Pop)
THE DIVINE COMEDY – “Victory For The Comic Muse” (Orquestral-Pop)
BOY KILL BOY – “Civilian” (Indie-Rock)
MORNING RUNNER – "Wilderness Is Paradise Now" (Pop-Indie)
RAZORLIGHT – “Razorlight” (Pop-Indie)

Foi um ano esquisito pra música. Tivemos a explosão de sites como MySpace e YouTube e, quando isso deveria facilitar as coisas, acabou saturando. Definitivamente, essa avalanche de informação não é necessária. Em 2006, temos a impressão que a cada semana surgiam umas 50 bandas boas que tínhamos a obrigação de ouvir. Acabo ficando atrapalhado quando abro meus boletins do MySpace e encontro uma montanha de singles e clips novos. Toda segunda feira, quando vou as lojas de discos no centro de Londres, fico meio confuso com tanta coisa sendo lançada. Saturou total. O que é uma pena, pois as vezes, devido a quantidade desnecessária, deixamos escapar uma jóia. Mas como já disse aqui, prefiro ouvir e curtir por completo apenas um álbum ao invés de escutar dez por cima.

Por outro lado, essa revolução foi, de um certo ponto de vista, um tanto útil. Você pode perceber nas listas acima que meu gosto musical é meio variado. E em 2006, foi muito mais difícil de conhecer algo que eu realmente gostasse, devido, acredito eu, ao meu ecletismo aliado a quantidade de material disponível. Precisei peneirar muito mais do que antes, o que, de uma certa forma, foi bom, pois deixou meu instinto mais afiado para as coisas, e passei a ter mais precaução com certas opiniões e hypes. Meu jeito de descobrir música ficou puramente nas mãos do meu estado de humor do momento. E se você for ver, essa é a melhor maneira para se relacionar com música.

O que eu quero dizer é: siga seu instinto e humor do momento. Não dê ouvidos aos críticos, recomendações de lojas de discos, hypes e pessoas como eu. Música é pessoal e, se deixar influenciar por outros, perde a magia. Se você, meu amigo leitor, me escrever dizendo que ouviu tudo da minha lista acima e achou tudo uma merda, ainda vou considera-lo meu amigo. Em suma, opinião é igual cú, cada um tem o seu.

*** *** *** *** ***

Semana que vem é a última coluna do ano! Venha me visitar e ler tudo sobre os shows do JARVIS COCKER, THE HOLLOWAYS e MY LIFE STORY aqui em Londres! See you later! ;-)



xxx

 

coluna 07 de dezembro

OS MELHORES SHOWS DE 2006

Ah, não foi um ano ruim de shows. Claro que sempre tem aqueles que gostaria muito de ter visto (Lambchop, Neil Young, The Killers, The Elected, Jenny Lewis, pra citar alguns), mas não dá pra ir em todos. Acho que foi o suficiente. Óbvio que o primeiro lugar tinha que ser o Flaming Lips, pois o shows deles é uma experiência épica que todo ser humano que se preze DEVE ter. Outros destaques vão para a teatral apresentação dos Guillemots, a criatividade do Tilly And The Wall, a nostalgia do My Life Story e Clientele e a explosão do Automatic. Com vocês, os 15 melhores shows que assisti nesse ano:

01. THE FLAMING LIPS – Hammersmith Apollo, Novembro, Londres

02. GUILLEMOTS – Astoria, Novembro, Londres

03. MY LIFE STORY – Mean Fiddler, Maio, Londres

04. THE CLIENTELE – Spitz, Novembro, Londres

05. TILLY AND THE WALL, Islington Academy, Setembro, Londres

06. MY LATEST NOVEL, Bush Hall, Abril, Londres

07. JOHNNY BOY, The Purple Turtle, Maio, Londres

08. THE MAGIC NUMBERS, Buffalo Bar, Setembro, Londres

09. COCOROSIE, esqueci o nome do lugar, Agosto, São Paulo

10. THE AUTOMATIC, The Forum, Novembro, Londres

11. THE PIPETTES, The Islington Academy, Outubro, Londres

12. JARVIS COCKER, The Roundhouse, Londres (esse show ainda não vi, vai rolar na semana que vem, já tenho meu ingresso. Mas peloamordedeus, é o Jarvis Cocker, porra, claro que ele estaria nessa lista)

13. THE SUNSHINE UNDERGROUND, SeOne, Novembro, Londres

14. LUCKY SOUL, Metro Club, Novembro, Londres

15. THE SPINTO BAND, Frog Mean Fiddler, Maio, Londres


A seguir, veja a lista dos outros shows que peguei esse ano: THE HORRORS, THE MODERN, THE LONG BLONDES, THE REVELATIONS, LILY ALLEN, CSS, ART BRUT, THE RUMBLE STRIPS, DIRTY PRETTY THINGS, THE BOY LEAST LIKELY TO, BABYSHAMBLES, THE ORDINARY BOYS, THE BISHOPS, CIRCULUS, SEMIFINALISTS, GOOD SHOES, THE UPPER ROOM, THE LIKE.


*** *** *** *** ***

NEIL YOUNG – “Living With War”

Apesar desse álbum ter sido lançado no meio do ano, foi só recentemente que pus meus ouvidos nele. E que prazer tive quando isso aconteceu. Nos últimos anos temos visto ao redor do mundo um crescente número de discos-protestos contra as maluquices e idiotices de George Bush, mas poucos desses oferecem qualidade musical. Esse álbum de Neil Young não é apenas um disco-protesto, é um dos melhores da carreira dele. Simplesmente o velhinho acordou um dia e se deu conta que deveria protestar contra a guerra sem sentido do Iraque e seu grande causador, Bush. Escreveu as letras e compôs as músicas na pressa, em um mês; as gravações foram feitas mais na pressa ainda, 12 dias. A produção é simplória e crua, mas é essa simplicidade que faz de “Living With War” algo real e válido.

Imediatamente depois de prontas, Neil Young disponibilizou as faixas na internet, com a letras, junto a um manifesto anti-Bush. Logo depois, o cd foi fabricado e foi para as lojas, e Young caiu na estrada para dar shows e protestar. Naturalmente o maior valor dessa obra será creditado nos nervosos e inflamados versos que Young escreveu contra o presidente dos EUA, mas o que, pelo menos para mim, vale mais, é a qualidade das dez canções aqui presentes. Logo nos momentos iniciais da primeira faixa “After The Garden” percebemos algo de especial, com guitarras abençoadas, a magistral voz de Neil Young e um coral de 100 pessoas. “Living With The War” não traz absolutamente nada de novo quanto a carreira de Neil Young, apenas as mesmas gemas cruas e religiosas que ele vem gravando nos últimos 40 anos com sua banda Crazy Horse. Os destaques são: “Flags Of Freedom”, “Living With War”, “The Restless Consumer”, “Families” e “Lookin' For A Leader”. Ou seja, praticamente o disco inteiro.

Todas as letras retratam, basicamente, a fúria contra Bush, a guerra no Iraque e patriotismo americano. Ao invés de citar algumas passagens de algumas letras, é melhor publicar na íntegra a letra da faixa “Let's Impeach The President”, uma das mais poderosas do cd, e um forte ataque ao presidente dos EUA.

Let's impeach the president for lying
And leading our country into war
Abusing all the power that we gave him
And shipping all our money out the door
He's the man who hired all the criminals
The White House shadows who hide behind closed doors
And bend the facts to fit with their new stories
Of why we have to send our men to war

Let's impeach the president for spying
On citizens inside their own homes
Breaking every law in the country
By tapping our computers and telephones
What if Al Qaeda blew up the levees
Would New Orleans have been safer that way
Sheltered by our government's protection
Or was someone just not home that day?

Let's impeach the president
For hijacking our religion and using it to get elected
Dividing our country into colors
And still leaving black people neglected
Thank god he's racking down on steroids
Since he sold his old baseball team
There's lot of people looking at big trouble
But of course the president is clean
Thank God


Quando lemos as letras e ouvimos a música, ficamos, mesmo não sendo norte-americanos e estando envolvido com a Guerra, com muita raiva de Bush. Mais do que já tínhamos. Vale lembrar que essa faixa foi o carro-chefe do disco, com seu video clip, que você vê abaixo, sendo exibido em vários meios de comunicação nos EUA.




*** *** *** *** ***

BLOOD RED SHOES
Essa é a dupla que perdi no festival da semana passada. Estão tocando no circuito underground aqui de Londres já faz tempo, mas só me dei conta agora. Lançaram dois singles até o momento, em vinil limitado 7”. Ambos são bacanas. Tudo bem que é mais uma banda art-rock e que já não agüento mais isso, mas essa realmente vale a pena. A guria que toca guitarra parece que toca bem, é confidente nos riffs. Se continuarem assim com esse visceral punk-angular-art-rock, o álbum será uma delícia. Assista os dois ótimos vídeo-clips do duo:

ADHD


You Bring Me Down



*** *** *** *** ***


BEST ALBUNS 2006

Calma, ainda não é minha lista. Essa vem semana que vem. A seguir você confere três listas dos melhores discos de 2006. Tem da loja de discos londrina Rough Trade, da NME e da revista inglesa Mojo. Como já sabemos, listas são listas. Nenhuma é perfeita. Sempre vai ter aquele disco que você amou e foi esquecido pelos críticos. Paciência. A lista da NME tá dentro das expectativas. A única loucura foi colocar The Automatic em 42° lugar, sendo que, para os leitores da NME, deveria estar no top 5, no mínimo. A Rough Trade é mais abrangente, óbvio, pois lista 100 títulos. Pra mim é a melhor, pois colocou as Pipettes no top 10 e disse que é o melhor disco pop desse século. Quanto a Mojo, essa foi a lista que menos gostei até agora. Colocaram em primeiro lugar um disco que eu achei CHATÍSSIMO. God....

50 MELHORES DISCOS DE 2006 - NME
50 The Kooks - Inside In / Inside Out
49 Absentee - Schmotime
48 Get Cape. Wear Cape. Fly – The Chronicles of A Bohemian Teenager
47 Wolfmother – s/t
46 Semifinalists – s/t
45 Bob Dylan – Modern Times
44 Isobel Campbell and Mark Lanegan – Ballard of The Broken Seas
43 Beck – The Infromation
42 The Automatic – Not Accepted Anywhere
41 The Gossip – Standing In The Way of Control
40 Midlake – The Trials Of Van Occupanther
39 The Young Knives – Voices Of Animals and Men
38 Metric – Live It Out
37 Be Your Own Pet – s/t
36 Datarock – Datarock Datarock
35 Forward Russia – Give Me A Wall
34 Albert Hammond Jr. – Yours To Keep
33 The Bronx – s/t
32 Lily Allen – Alright, Still
31 The Sunshine Underground – Raise The Alarm
30 Cat Power – The Greatest
29 The Spinto Band – Nice and Nicely Done
28 Morrissey – Ringleader of The Tormentors
27 Clap Your Hands Say Yeah! – s/t
26 Jarvis – That Jarvis Cocker Record
25 Mogwai – Mr Beast
24 Secret Machines – Ten Silver Drops
23 The Knife – Silent Shout
22 The Flaming Lips – At War With The Mystics
21 The Raconteurs – Broken Boy Soldiers
20 The Streets – The Hardest Way To Make An Easy Living
19 The Longcut – A Call And Response
18 The Rapture – Pieces of The People We Love
17 The Futureheads – News and Tributes
16 Amy Whinehouse – Back To Black
15 Thom Yorke – The Eraser
14 TV On The Radio – Return To Cookie Mountain
13 Panic! At The Disco – A Fever You Can't Sweat Out
12 The Killers – Sam's Town
11 Howling Bells – s/t
10 My Chemical Romance – Welcome To The Black Parade
09 Kasabian – Empire
08 The Strokes – First Impressions of Earth
07 The Long Blondes – Someone To Drive You Home
06 Gnarls Barkley – St. Elsewhere
05 CSS – Cansei De Ser Sexy
04 Hot Chip – The Warning
03 Muse – Black Holes and Revelations
02 Yeah Yeah Yeahs – Show Your Bones
01 Arctic Monkeys – Whatever People Say I Am, That's What I'm Not


100 MELHORES DISCOS DE 2006 – ROUGH TRADE SHOPS
01 Beirut - Gulang Orkestar
02 Gossip - Standing In The Way Of Control
03 CSS - Cansei De Ser Sexy
04 Lily Allen - Alright, Still
05 Brakes - The Beatific Visions
06 Jenny Lewis With The Watson Twins - Rabbit Fur Coat
07 Hot Chip - The Warning
08 Isobell Campbell And Mark Lanegan - Ballad Of The Broken Seas
09 The Pipettes - We Are The Pipettes
10 Vetiver - To Find Me Gone
11 The Long Blondes - Someone To Drive You Home
12 Yeah Yeah Yeahs - Show Your Bones
13 Ali Farka Toure - Savane
14 Midlake - The Trials Of Van Occupanther
15 The Lemonheads - The Lemonheads
16 Tom Waits - Orphans
17 TV On The Radio - Return To Cookie Mountain
18 Erase Errata - Nightlife
19 Sonic Youth - Rather Ripped
20 Bromheads Jacket - Dits From The Commuter Belt
21 Barry Adamson - Stranger On The Sofa
22 Peter, Bjorn And John - Writer's Block
23 Cat Power - The Greatest
24 Be Your Own Pet - Be Your Own Pet
25 Various (Production) - The World Is Gone
26 Beck - The Information
27 Loney, Dear - Sologne
28 Trentemoller - The Last Resort
29 Belle And Sebastian - The Life Pursuit
30 120 days - 120 days
31 Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That's What I'm Not
32 Bonnie Prince Billy - The Letting Go
33 Calexico - Garden Ruin
34 El Perro Del Mar - El Perro Del Mar
35 Nathan Fake - Drowning In A Sea Of Love
36 Gotan Project - Lunatico
37 Guillemots - Through The Window Pane
38 i'm From Barcelona - Let Me Introduce My Friends
39 Love Is All - 9 Times That Same Song
40 Joanna Newsom - Ys
41 Scritti Politti - White Bread, Black Beer
42 Spank Rock - Yoyoyoyoyo
43 Sufjan Stevens - Songs For Christmas
44 Superthriller - The Blank Album
45 Sebastian Tellier - Universe
46 The Flaming Lips - At War With The Mystics
47 OM - Conference Of The Birds
48 The Raconteurs - Broken Boy Soldiers
49 The Rapture - Pieces Of The People We Love
50 Tunng - Comments Of The Inner Chorus
51 Thom Yorke - The Eraser
52 The Broken Family Band - Balls
53 Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah
54 Micah P Hinson - Micah P Hinson And The Opera Circuit
55 Built To Spill - You In Reverse
56 Tapes 'n' Tapes - The Loon
57 Bat For Lashes - Fur And Gold
58 Ray Lamontagne - Till The Sun Turns Black
59 Todd - Comes To Your House
60 Treecreeper - Grain
61 Datarock - Datarock
62 M Ward - Post-War
63 Jarvis Cocker - Jarvis
64 The Hold Steady - Boys And Girls In America
65 Bob Dylan - Modern Times
66 Matmos - The Rose Has Teeth In The Mouth Of A Beast
67 Fujiya And Miyagi - Transparent Things
68 Metronomy - Pip Paine (Pay The 5000 You Owe)
69 Bert Jansch - The Black Swan
70 Burial - Burial
71 Rekid - Made In Menorca
72 Lambchop - Damaged
73 Susanna And The Magical Orchestra - Melody Mountain
74 Camera Obscura - Let's Get Out Of This Country
75 Jolie Holland - Springtime Can Kill You
76 Mstrkrft - The Looks
77 Sparklehorse - Dreamt For Light Years In The Belly Of A Mountain
78 Archie Bronson Outfit - Derdang Derdang
79 Charlotte Gainsbourg - 5:55
80 Cut Chemist - The Audience's Listening
81 Rhythm And Sound - See Mi Yah Remixes
82 Adem - Love And Other Planets
83 Calla - Collisions
84 Coldcut - Sound Mirrors
85 Dustin's Bar Mitzvah - Dial M For Mitzvah
86 In Flagranti - Wronger Than Anyone Else
87 M Craft - Silver And Fire
88 Monkey Swallows The Universe - The Bright Carvings
89 Peaches - Impeach My Bush
90 Psapp - The Only Thing I Ever Wanted
91 Semifinalists - Semifinalists
92 Cold War Kids - Robbers And Cowards
93 The Black Keys - Magic Potion
94 The Concretes - The Concretes In Colour
95 The Czars - Sorry I Made You Cry
96 The Emperor Machine - Vertical Tone And Horizontal Noise
97 The Knife - Silent Shout
98 The Mules - Save Your Face
99 The Spinto Band - Nice And Nicely Done
100 The Young Knives - Voices Of Animals And Men


50 MELHORES DISCOS DE 2006 – REVISTA MOJO
1. The Racounters - Broken Boy Soldiers
2. Bob Dylan - Modern Times
3. Artic Monkeys - Whatever People Say I Am, That's What I'm Not
4. Bruce Springsteen - We Shall Overcome: The Seeger Sessions
5. Archie Bronson Outfit - Derdang Derdang
6. Vetiver - To Find Me Gone
7. Amy Winehouse - Back To Black
8. James Hunter - People Gonna Talk
9. Midlake - The Trails Of Van Occupanther
10. Cat Power - The Greatest
11. Morrissey - Ringleader Of The Tormentos
12. Sonic Youth - Rather Ripped
13. Johnny Cash - American V: A Hundred Highways
14. Scritti Politti - White Bread Black Beer
15. The Young Knives - Voices Of Animals And Men
16. De Rosa - Mend
17. The Who - Endless Wire
18. David Gilmour - On An Island
19. The Beatles - Love
20. Joanna Newsom - Ys
21. Broken Social Scene - Broken Social Scene
22. Espers - Espers II
23. Bert Jansch - The Black Swan
24. Kelley Stoltz - Below The Branches
25. Belle And Sebastian - The Life Pursuit
26. Brightblack Morning Light - Brightblack Morning Light
27. New York Dolls - One Day It Will Please Us To Remember Even This
28. Isobel Campbell & Mark Lanegan - Ballad Of The Broken Seas
29. Comets On Fire - Avatar
30. Lupe Fiasco - Food & Liquor
31. Graham Coxon - Love Travels At Illegal Speeds
32. Fionn Regan - The End Of History
33. Elton John - The Captain And The Kid
34. Bonnie 'Prince' Billy - The Letting Go
35. Jerry Lee Lewis - Last Man Standing
36. Lindsey Buckingham - Under The Skin
37. The Zutons - Tired Of Hanging Around
38. J Dilla - Donuts
39. Guillemots - Through The Windowpane
40. Thom Yorke - The Eraser
41. TV On The Radio - Return To Cookie Mountain
42. Madeleine Peyroux - Half The Perfect World
43. Kasabian - Empire
44. Ali Farka Toure - Savane
45. Corinne Bailey Rae - Corinne Bailey Rae
46. Simple Kid - Simple Kid 2
47. The Flaming Lips - At War With The Mystics
48. Sparks - Hello Young Lovers
49. Lily Allen - Alright, Still ...
50. Amp Fiddler - Afro Strut

*** *** *** *** ***


GUILLEMOTS

Guillemots realmente é a melhor banda do planeta. Esses dias fuçando no YouTube achei essa pérola, com eles tocando nas ruas de Paris. Isso sim que é atitude; tocar para as pessoas pelo simples prazer de tocar. Imagina você andar na rua e encontrar Fyfe Dangerfield cantando "Annie, Let's Not Wait"? Ah, é nessas horas que penso que o mundo é maravilhoso. A propósito, foi confirmado que minha canção preferida deles, "Annie Let's Not Wait", foi escolhida para próximo single aqui no Reino Unido, o quarto tirado do álbum “Throught The Window Pane”. Em breve coloco o video clip aqui. Por hora, fique com Guillemots tocando nas ruas de Paris…




xxx

Saturday, December 09, 2006

 

coluna 30 de novembro

The Insomniacs Ball Festival
SeOne, Sul de Londres, 25/11/06

Esse festival rolou mais como uma rave indie. Pegaram um super lugar no sul de Londres, embaixo de uma ponte, e meteram um monte de bandas indies que estão na boca da molecada, mais uns djs pseudo-hypados, em vários palcos diferentes. Começava tipo umas 8 da noite e ia até as 6 da manhã. 3 mil ingressos foram vendidos. Mas como ultimamente ando ranzinza com o rock, nem estava muito animado. Pra dizer a verdade, só fui mesmo porque uma amiga minha me descolou um VIP e entrei na faixa. Não vi muitas bandas. Fiquei boa parte do tempo resmungando do calor e da fumaça. Segue meu veredicto dos shows.


BLOOD RED SHOES
Cheguei atrasado e perdi o show. Merda. Tudo culpa da minha amiga, que atrasou comigo 40 minutos no metrô. Por isso que gosto de ir pra shows sozinho. Adoro minha amiga, mas depender dos outros é foda.

THE RUMBLE STRIPS
Ah, que beleza de banda. Esse é o terceiro show que vejo deles. O primeiro odiei, achei cópia descarada dos Dexys e falei mal aqui na coluna; o segundo eu já estava com um pouquinho de bom humor e curti; e esse terceiro, amei. Foi uma apresentação curta, com repertório de meia hora, porém o suficiente para os Rumble Strips provarem que não possuem uma música ruim sequer, despindo seu pop-rock espertalhão e matuto, regado de instrumentos de sopro e vocais cativantes. As que mais animou o povo foram, naturalmente, os singles antigos “Hate Me You Do”, “Motorcycle” e “No Soul”. Mas o resto das faixas também não desapontaram, principalmente “Oh Creole”. Os Rumble Strips mostram que são uma das boas bandas indie atualmente que valerá a pena esperar pelo álbum de estréia.
www.myspace.com/rumblestripsuk


THE SUNSHINE UNDERGROUND
Essa era o grupo que mais queria ver e ainda sim os caras fizeram um show muito acima da minha expectativa. A melhor banda da noite, sem sombra de dúvidas. Sunshine Underground pode ser considerado o Rapture inglês: mesclam rock e música eletrônica com uma baita inspiração e energia. Foi certamente a atração que mais lotou o palco principal, e mesmo quem não conhecia ficou impressionado com o pique do show. Lançaram no meio do ano o primeiro álbum deles, “Raise The Alarm”, e esse foi tocado do começo ao fim. Na hora que começou “Dead Scene”, rolou um salve-se-quem-puder no meio da galera. Mil negos pulando, moshs, pessoas de ponta cabeça, tênis arremessados, sutiãs voando. Que festa. Guitarras hipnotizantes, beats altíssimos e a melhor atmosfera do mundo. E olha que eu nem tava bêbado. Outras faixas, como “Commercial Breakdown” e “Panic Attack”, também foram explosivas. Ao fim do show, percebi que qualquer coisa que eu visse depois não ia fazer sentido. E foi realmente isso que aconteceu.
www.myspace.com/thesunshineunderground

PINK GREASE
Pior banda da noite. Vi três músicas e não agüentei. Glam-rock do terceiro mundo. Acontece que eles não são do terceiro mundo, mas sim aqui do Reino Unido. Esses caras tem um disco, lançado há dois anos atrás, e não acho ruim, saquei boas tiradas ali, e até recomendei aqui na coluna. Não sei se foram as faixas novas ou meu gosto que se aprimorou, mas achei esse show constrangedor de ruim.

ART BRUT
Minha amiga que estava comigo é americana de New York City e disse que eu TINHA que ver Art Brut ao vivo, que é a melhor banda do mundo em cima do palco. Dei risada quando ela me falou isso. Bom, a verdade é que o disco do Art Brut é mediano para ruim, e ao vivo é pior ainda. Som embolado, guitarras fora do lugar, punk-rock mal tocado. O vocalista Eddie Argos tenta ser engraçado com suas letras, mas, francamente, eu não caio em suas piadinhas. O humor de Argos realmente não é compatível com o meu. A única música deles que acho que vale alguma coisa é “My Little Brother” e ainda bem que não esqueceram de tocar essa. Foi a que o pessoal mais curtiu. Vish, esse show foi fiasco total e não foi só esse escriba que achou isso. Metade do público que estava no início debandou para os outros palcos.

THE YOUNG KNIVES
Não vi o show, fui embora antes, não agüentei ficar ali no calor com aqueles indie-kids deslumbrados. E também eu estava cansado. É por essas razões que evito festivais. Odeio ver um monte de bandas numa noite só. Pouco antes do Young Knives subir ao palco, dei boa noite para minha amiga e segui o rumo de casa. Numa outra oportunidade, quem sabe, assisto eles ao vivo.


*** *** *** *** ***

VÍDEOS


BABYSHAMBLES

Aí está o vídeo do mais novo single dos Babyshambles, “The Blinding”. Cheio de delinqüentes, traficantes e paranóia. Típico Babyshambles. A música não é uma das melhores que o Pete fez, mas eu gosto pois sou fã.


FIELDS
Esse é um combo shoegazer que está aparecendo nas revistas e jornais daqui. Lançaram alguns singles e o mais recente é ótimo, vale a pena ouvir. A mina da banda, a linda sueca Thorunn Antonia, está na lista da NME das pessoas mais cool. O som do Fields lembra bastante as bandas M83 e Mew. I’m having it!


I’M FROM BARCELONA
Ah, o que seria de mim sem indie pop sueco? Taí o vídeo-clip da faixa que colocou o I’m From Barcelona no mapa do indie-pop mundial, se é que existe um mapa do indie-pop mundial. E quem não gosta de bandas com 50 mil integrantes? Eu adooooro.


THE GOSSIP
Você deve se perguntar como a NME escolheu aquela gorda como a figura mais cool do mundo. Acontece que Beth Ditto não é uma gorda qualquer. Ela aceita a palavra gorda numa boa, não tem vergonha do seu visual, faz letras em prol dos direitos homossexuais e está criando uma grife para mulheres avantajadas e acima do peso. Fora isso, sua banda The Gossip lançou um dos melhores discos 2006, como eu bem disse aqui no começo do ano. Agora veja ela arrasando no Jonathan Ross...




xxx

Saturday, December 02, 2006

 

coluna 23 de novembro

LUCKY SOUL
Ao vivo no Metro Club, Londres, 18/11/06




Bem vindo ao mundo do Lucky Soul! Vista seu melhor terno ou vestido, coloque seu sapato mais brilhante e let’s groovy, baby! Esse era meu espírito do último sábado, ao comparecer ao show do quinteto Lucky Soul no centro de Londres. Com certeza será o primeiro de muitos concertos da banda que irei nos próximos meses, afinal não é todo dia que aparece um combo que toca suas matadoras canções ao melhor estilo Tamla Motown e afins. Lucky Soul é uma das minhas grandes apostas para 2007.

O público era formado por mods e aficionados pelos anos 60; não havia mais de 80 pessoas no local. Era pouca gente, porém muito alvoroço. Se existe uma banda iniciante que possui fãs leais e fanáticos, essa é o Lucky Soul. Antes do show ficavam gritando o nome da banda como se fosse grito de guerra. Pareciam apaixonados torcedores de futebol cantando seus hinos. A banda é formada por quatro marmanjos de terno e gravata, todos impecavelmente mods, junto com uma ninfeta que é a vocalista, chamada Ali Howard (foto). Loira, magra e com um olhar terrivelmente sexy, ela é a vocalista mais cool do momento. É tudo o que a Kate Long Blonde se esforça desesperadamente pra ser, e quase consegue.

Lucky Soul possui boas doses de vintage-soul correndo em suas veias. O som é basicamente como se o Saint Etienne deixasse de lado a modernidade e tecnologia, e passasse a fazer covers de soul-music com instrumentos velhos.
Clima descontraído, refrão explosivo, salientes vocais de uma diva. A vocalista Ali leva jeito pra coisa. Sua aparência e cordas vocais assemelham-se com as de Dusty Springfield. O repertório do show não durou mais de uma hora. Tocaram todas que eu estava esperando: “Give Me Love”, “My Brittles Heart” e “Lips Are Unhappy”. Ainda apresentaram faixas que não conhecia, com destaque para “Ain’t Never Been Cool”, que estará presente no próximo lançamento da banda. Ao final, ficou constatado que Lucky Soul é uma jóia rara na música pop de hoje em dia e que minha única opção é acompanha-los ao vivo o quanto for possível.

>> Lucky Soul toca ao vivo em Londres no dia 28 de novembro e 05 de dezembro. Mais informações no MySpace deles: www.myspace.com/luckysoulluckysoul

>> Até o momento, lançaram dois singles em edição limitada de vinil 7”: “My Brittles Heart” e “Lips Are Unhappy”. O próximo lançamento será um EP com quatro faixas, que irá para lojas no dia 11 de dezembro, também em vinil limitado.

>> O álbum será lançado no dia 05 de março do ano que vem, com o título de “The Great Unwanted”.

>> Veja fotos e ouça músicas no site oficial: www.luckysoul.co.uk

>> Assista o clip de “Lips Are Unhappy”, com lindas imagens da cidade inglesa de Brighton:



*** *** *** *** ***

MAX RICHTER – “Songs From Before”



Max Richter é um compositor e produtor musical nascido na Alemanha, mas atualmente baseado no Reino Unido. Trabalhou em diversos projetos nos anos 90 e de cinco anos pra cá vem lançando discos solo, sendo o último esse atroz “Songs From Before”. É um disco atmosférico que contém fortes elementos de música clássica e eletrônica experimental. É importante dizer que no decorrer das doze trilhas projetadas nesse trabalho, somos violentamente arremessados para ambientes de pura solidão e desamparo. Depois não diga que eu não avisei. Estes dias estava lendo uma biografia sobre os últimos tristes e desolados dias da vida de Oscar Wilde e esse álbum fez muito sentido.



THE LONG BLONDES – “Someone To Drive You Home”



Finalmente meu veredicto no disco dos Long Blondes. Vou falar bem de "Someone To Drive You Home", não se preocupe. É um bom álbum de rock, com guitarras soando como nerds se rebelando e vocais de uma diva muito orgulhosa e confidente das coisas que canta. Uma boa fusão de indie-pop com rock sabor 50's; um registro sonoro que expressa o vigor juvenil de jovens inteligentes e cultos do norte da Inglaterra. Possui um punhado de hits radiofonicos (“Once And Never Again”, “Giddy Stratospheres”, “Seperated By Motorways”) e outro de canções de digestão mais áspera (“Only Lovers Left Alive”, “You Could Have Both”), porém ainda sim de qualidade admirável, balanceando coesamente a obra como um todo. Mas, francamente, tenho que confessor que me esforço para me excitar com esse álbum, pelo simples motivo de que estou cansado do rock. Se é uma fase ou algo que vai continuar, eu não sei. Se é a quantidade desnecessária de bandas que existem atualmente ou a minha personalidade que esta mudando, essa é uma boa pergunta. Posso me arrepender dessas palavras no futuro (ou não), mas a realidade é que escutei essa boa coleção de musicas dos Long Blondes umas 4 vezes apenas, e já aposentei. What the fuck is going on?



NO FUNERAL – “No Funeral”



Lançamento próprio desse trio americano oriundo de Ilnois. As vezes é bom ouvir sons com turbulências do apocalipse. No Funeral faz nada mais que um post-rock com guitarras fuzz, e o resultado sônico com certeza agradará fãs do Mogwai e Godspeed You Black Emperror. Remete também aos brasileiros do Hurtmold. Minhas faixas prediletas são “The Abyss”, com dez minutos de duração, e “Declaring War”.


*** *** *** *** ***



NME COOL LIST 2006

Foi publicada essa semana mais uma edição da Cool List do semanário NME. Achei que esse ano tá meio repetitivo. Ah, sei lá, só não entendo porque Carl Barat, Pete Doherty, Albert Hammond Jr, Meg White, Jack White, Matt Bellamy, entre outros, estão fazendo todo ano na lista, mesmo que eles não tenham feito muita coisa durante o ano. O bom foi ver que o top 10 está metade girl metade boys. Justo. E adorei o número 1. She’s fucking cool!!! Mas enfim, fiquem aí com as 50 pessoas mais cool do mundo.

01 Beth Ditto (The Gossip)
02 Faris Rotter (The Horrors)
03 Lily Allen
04 Jarvis Cocker
05 Karen O (Yeah Yeah Yeahs)
06 Kieren Webster (The View)
07 Kate Jackson (The Long Blondes)
08 Gerard Way (My Chemical Romance)
09 Thom Yorke (Radiohead)
10 Lovefoxxx (CSS)
11 Paul Simonon (The Good, The Bad & The Queen)
12 Liam Gallagher (Oasis)
13 Jamie Reynolds (Klaxons)
14 The House Of Lords (The Young Knives)
15 Tahita Bulmer (New Young Pony Club)
16 Cee-Lo (Gnarls Barkley)
17 Ryan Ross (Panic! At The Disco)
18 Carl Barat (Dirty Pretty Things)
19 Jack White (The White Stripes/The Raconteurs)
20 Jamie Frost (The Automatic)
21 Serge Pizzorno (Kasabian)
22 Eugene Hutz (Gogol Bordello)
23 Albert Hammond Jr (The Strokes)
24 Meg White (The White Stripes)
25 Jay-Z (Budweiser Select)
26 Keith Richards
27 Matt Bellamy (Muse)
28 Pete Doherty
29 Brandon Flowers (The Killers)
30 Statk
31 Richard Hawley
32 Alex Turner (The Arctic Monkeys)
33 Vincent Vincent (Vincent Vincent And The Villans)
34 Lupe Fiasco
35 Alexis Taylor (Hot Chip)
36 Mike Patton
37 Jamie Willians (Tilly And The Wall)
38 Bobby Gillespie (Primal Scream)
39 Mike Skinner (The Streets)
40 Ali Love
41 Tunde Adebimpe (Tv On The Radio)
42 Mince (The Fratellis)
43 Devendra Banhart
44 Get Cape. Wear Cape. Fly.
45 Victoria Bergsman (ex The Concretes)
46 Jackie Mickeown (1990s)
47 George Barnett (These New Puritans)
48 Cat Power
49 Thorunn Antonia (Fields)
50 Amy Winehouse



xxx

 

coluna 16 de novembro

Ah, o fim do ano ta aí. Esse 2006 passou VOANDO. Nunca vi um ano tão rápido. Acho que na minha cabeça durou uns dois meses. Enfim, dessa semana em diante, vou colocar diversas listas de ‘best of’ aqui nessa coluna virtual. Começando hoje com os 50 melhores discos do ano pela ótima revista inglesa Uncut. A lista é respeitável, mas a minha será completamente diferente. E Melhor.

Ainda, você confere a resenha de dois shows que testemunhei nesses últimos dias, com destaque, claro, para o Flaming Lips. Só sei de uma coisa: de todos os shows que recomendei aqui na coluna, o Flaming Lips é o único que você tem que ver antes de morrer. É sério.


THE CLIENTELE
Ao vivo no Spitz, Londres, 09/11/06


No ano passado, ao resenhar o último registro sonoro dos londrinos The Clientele, eu disse que me arrependia de ter morado quase três anos em Londres e não ter testemunhado uma única apresentação ao vivo deles. Eis então que na última quinta, enfim, essa experiência foi realizada. Clientele tem sido trilha sonora constante na minha vida nos últimos seis anos, com seus álbuns despindo climas melancólicos e cinzentos. Minhas caminhadas solitárias por esse mundão não teriam sentido sem essa banda. Nada mais natural então que ir ao show sozinho e só numa fria noite londrina.

O concerto, para 80 pessoas na zona leste da cidade, começou as 10, com o vocalista/guitarrista Alasdair Maclean pedindo silêncio e logo despejando seus primeiros riffs minimalistas e tristonhos da noite. Na hora que ele começou a cantar bateu um sentimento singular. Ouvi essa voz por tanto tempo na minha vida e agora ela estava tão perto de mim. Emotiva e baixa como sempre. No fundo do palco, havia um modesto telão com as imagens mais lindas desse mundo: aviões antigos, poças d’agua, pessoas jogando baralho, árvores, casas velhas, placas de sinalização, igrejas, esquilos, fumaça, cães, papéis. Estávamos diante de paisagens contemplativas e sonhadoras, exatamente como é a música. Estranhamente, fez parecer que eu estava em mais uma de minhas caminhadas ao som do Clientele.

O repertório se baseou em composições dos três álbuns da carreira da banda: “Strange Geometry” (2005), “The Violet Hour” (2003) e “Suburban Light” (2000). E claro, não faltaram novas faixas, que deverão ser lançadas em marco do ano que vem. Recentemente a formação da banda foi expandida, com uma violinista e pianista. Antes era um trio, agora um quarteto. Fez muito sentido, com a nova integrante em perfeita harmonia com o resto do grupo. O som do Clientele é baixo e parece que estamos ouvindo um rádio mal sintonizado vindo de longa distância, mas quando as ondas sonoras chegam de fato aos nossos ouvidos, vem em perfeita sintonia. Ao vivo é mais ou menos assim.

www.myspace.com/theclienteleofficial


*********************

THE FLAMING LIPS
Ao vivo no Hammersmith Apollo, Londres, 13/11/0


Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico. Fantástico.






















Race For The Prize
Free Radicals
Yoshimi Part 1
Yoshimi Part 2
Veing Of Stars
The Yeah Yeah Yeah Song
Fight Test
Ode To CC (Part II)
The W.A.N.D.
My Cosmic Autumn Rebellion
She Don't Use Jelly
Do You Realize?
Bohemian Rhapsody
A Spoonful Weighs A Ton

www.myspace.com/flaminglip


**************************

IRENE – “Apple Bay”
Lá vamos nós para mais um tesouro indie-pop vindo da Suécia. Ao lado do I’m From Barcelona, o grupo Irene mostra que a safra de indie-pop sueco continua em alta. O que será que tem na água na Suécia pra surgir tantas bandas boas nesse gênero? O Irene é um octeto que surgiu em 2005 com a idéia de juntar amigos e tocar para se divertir. Se divertiam tanto que resolveram ficar juntos. Assim nasceu “Apple Bay”, o primeiro álbum da trupe, que agrupa 12 gemas indie-soul, com direito, óbvio, a muitas palmas, lalalas e clima descontraído. As faixas têm média de dois minutos cada uma. Rápido, rasteiro e fofinho. Um belo disco pra dançar com nossos amigos nerds. Ou se você não tiver amigos, dançar pelado no chuveiro dando tchauzinhos para sua mamãe. Destaques: “Stardust”, “Waterfront” e “Baby I Love Your Way”.

www.myspace.com/ireneswe



DRIVE-BY TRUCKERS - “A Blessing And A Curse”
De uns tempos pra cá tenho escutado muito country-rock americano. Quer dizer, não muito, apenas os primeiros discos do Bruce Springsteen. É claro que esse meu novo interesse iria me levar aos Drive-By Truckers, um respeitado quinteto americano que há anos vem lançando discos nessa linha. Engraçado que há uns três anos atrás ouvi Drive-By Truckers e não gostei. Agora esses dias peguei esse disco a caí de amores por ele. Como a vida dá voltas. Esses caras fazem o que os críticos chamam de Southern Rock, e pelo que percebi, os Drive-By Truckers são os rei desse gênero. “A Blessing And A Curse” não tem nada de inovador, apenas inspiração. E é isso que importa. Um clássico álbum de rock, com ótimas guitarras, melodias abençoadas e produção certeira. Country na medida certa. Rock na medida certa. Pop na medida certa. A faixa “Wednesday” é divina e as outras também não ficam muito atrás.

www.myspace.com/drivebytruckers



50 BEST ALBUMS OF THE YEAR
Uncut Magazine


50) Drive By Truckers – "A Blessing And A Curse"
49) Belle & Sebastian – "The Life Pursuit"
48) Muse – "Black Holes and Revelations"
47) Gnarls Barkley – "St. Elsewhere"
46) Band of Horses – "Everything All Of The Time"
45) The Walkmen – A Hundred Miles Off
44) Kasabian – "Empire"
43) Bruce Springsteen – "We Shall Overcome"
42) Donald Fagan – "Morph The Cat"
41) Jenny Lewis – "Rabbit Fur Coat"
40) Joan As Policewomen – "Real Life"
39) Lambchop – "Damaged"
38) Lily Allen – "Alright, Still"
37) OutKast – "Idlewild"
36) Scissor Sisters – "Ta-Dah"
35) Sonic Youth – "Rather Ripped"
34) Grandaddy – "Just Like The Fambly Cat"
33) Clap Your Hands Say Yeah – s/t
32) Johnny Cash – "American V"
31) Mastodon – "Blood Mountain"
30) Neko Case - "Fox Confessor Brings The Flood"
29) Oakley Hall – "Second Guessing"
28) Tom Waits – "Orphans: Brawlers, Bawlers and Bastards"
27) Yo La Tengo – "I am Not Afraid Of You and I Will Beat Your Ass"
26) TV On The Radio – "Return To Cookie Mountain"
25) Scott Walker – "The Drift"
24) Howlin' Rain – s/t
23) Ghostface Killah – "Fishscale"
22) Espers – "Espers II"
21) Vetiver – "To Find Me Gone"
20) Burial – s/t
19) Beck – "The Information"
18) CSS – "Cansei Der Ser Sexy"
17) Ali Fakra Tourne – "Savane"
16) The Raconteurs – "Broken Boy Soldiers"
15) Brightblack Morning Light – s/t
14) Cat Power – "The Greatest"
13) Lindsey Buckingham – "Under The Skin"
12) Bonnie 'Prince' Billy – "The Letting Go"
11) The Flaming Lips – "At War With The Mystics"
10) Thom Yorke – "The Eraser"
09) Sufjan Stevens – "The Avalanche"
08) Hot Chip – "The Warning"
07) Midlake - "The Trials of Van Occupanther"
06) Arctic Monkeys – "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not"
05) Neil Young – "Living With War"
04) Joanna Newsom - "Ys"
03) Comets On Fire - "Avatar"
02) Scritti Pollitti – "White Bread, Black Beer"
01) Bob Dylan – "Modern Times"

See ya next week!



xxx

This page is powered by Blogger. Isn't yours?