Wednesday, August 31, 2005

 

coluna 25 de agosto

Eita. Na coluninha dessa semana comento tres bandas novas que você merece ouvir, so pra variar um pouco. Mas também, vou falar do que?? Ainda se eu tivesse tempo de sobra… Acho que nem se o dia tivesse 40 horas eu iria dar conta de fazer tudo que quero... Anyway, la embaixo tem as músicas da semana, com destaque para o novo single do Franz Ferdinand. Hope you enjoy!

*** *** ***

CIRCULUS


Acenda uma vela, levante seus braços e receba os Deuses do weirdo-prog-folk. A banda Circulus veio pra te levar de volta a era medieval. No último sábado presenciei mais um show desse combo absurdo e, novamente, fui transportado para um mundo de fadas, orgias e rituais ocultos. O show é uma experiência única do começo ao fim. Eu diria que as apresentações ao vivo do Circulus são semelhante as do The Coral. é como se o The Coral tivesse envelhecido 30 anos e continusse a ser bom.

O Circulus, baseado em Londres, aos poucos vem deixando o underground e ganhando cada vez mais fiéis. Acabaram de lançar o excelente album de estréia, depois de uma jornada de dez anos na cena underground. Com o nome de ‘The Lick On The Tip Of An Envelope Yet To Be Sent’, o trabalho junta dez faixas esquisitas, exóticas e pop, pegando referências de música folk até bandas ‘heavy-obscure-dark-70s-psych-rock’.

Mas ao contrário de que muitos pensam logo de cara, o Circulus não esbanja virtuosismo chato, e sim canções de otimo calibre pop. são acima de tudo músicas assobiáveis, mas sempre permeadas por esquisitices e ‘espiritos do alem’. A disco foi lançado pela Rise Above Records, a maior gravadora de doom-metal da Inglaterra.

Capitaneada pelo vocalista e guitarrista Michael Tyrac, a banda é conhecida como o The Darkness do acid-folk. Eu os considero um Polyphonic Spree, mais dark e excêntrico. Há também passagens que lembram Gorkys Zygotc Mynci, Jethro Tull e o já citado The Coral.

Contando num total com nove músicos, sempre com fantasias que remetem aos tempos medievais, o grupo esbanja riqueza músical, e ouvimos desde diversos tipos de flautas, passando por bongos, até pirações em sintetizadores analógicos, tudo na mesma faixa, como é o caso de ‘Orpheus’. Sem contar as lindas harmonias (‘We are Long Lost’) e os belos vocais femininos (‘Swallow’). Este disco é um clássico do ano 2005, com gostinho de 1207.

O Circulus ganhou nota em revistas importantes como Mojo, Plan B, Q e NME, e com certeza deve fazer uma turne de promocao para o album na Inglaterra. Náo deixe de receber o Circulus em seu coração e obter sua satisfação espiritual.

www.circulus.org

*** *** ***

CLAP YOUR HANDS SAY YEAH


Uma banda que também vem ganhando o hype, porém dividindo opiniões, é a Clap Your Hands Say Yeah, de Nova York. é um bom exemplo de ‘ame ou odeie’. Eles já são razoavelmente populares nos EUA, e só agora estao soprando o hype para terras britânicas. Acabaram de lançar o primeiro album produzido num estudio caseiro, do qual o grupo inicialmente tinha a intenção de fazer somente duas mil copias. Mas se deram bem e tiveram que fazer outras prensagens.

São doze músicas que soam como se o Talking Heads fosse de Glasgow e seu primeiro album lançado pela Postcard Records. A voz do vocalista Alec Ounsworth é bem similar a de David Byrne e é justamente esse ponto que irrita alguns. Muita gente nao suporta a voz de Ounsworth, muito aguda, de um jeito esquisito e desesperado. O instrumental lembra o Arcade Fire, menos orquestrado e mais rock, com dedilhados e riffs crus e diretos.

Minhas faixas prediletas até o momento são “Is This Love?”, “Over And Over Again (Lost And Found)”, “The Skin Of My Yellow Country Teeth”, “Heavy Metal” e “In This Home On Ice”, essa ultima eu destaquei nas músicas da semana passada.

O disco deve ser lançado aqui na Inglaterra em breve, com um single vindo antes. No momento estão em extensiva turne na America do Norte, mas possivelmente devem dar um giro pela Europa e com certeza dar um pulo em Londres. Fique de olho nesse espaço para mais informações.

http://clapyourhandssayyeah.com/

*** *** ***

ARCTIC MONKEYS


A nova sensação de Sheffield, Arctic Monkeys, novamente recebeu nota mais do que positiva na NME dessa semana. De novo, tava escrito: Arctic Monkeys will save the british rock. De novo tava la: They are THE SOUND of 2005. O motivo pelo qual eu continuo dando nota ao Arctic Monkeys aqui na coluna é que a NME vem falando muito deles, toda semana uma notinha aqui e outra la, e quando isso acontece, é de praxe: a banda estoura. Tudo bem que a NME tem la seus defeitos, mas quando ela bate demais numa tecla, é dificil errar. A banda se desenvolve e se torna uma das melhores do mundo. Lembro muito bem quando ela comeceu a noticiar a ascensão do Franz Ferdinand e deu no que deu. E na epoca o Franz nao tinha lançado nem sequer o primeiro single, ‘Darts Of Pleasure’.

Na edição dessa semana na NME dizem que o show do Arctic Monkeys no Reading/Leeds Festival é O SHOW imperdivel desse final de semana, e ainda falam que a ultima vez que a NME celebrou tanto uma apresentação nesse festival foi os Strokes em 2001.

Alguns torcem o nariz para o single ‘Fake Tales Of San Francisco’, lançado em tiragem limitada em vinil por aqui e que é legal, mas nao la grande coisa. Mas dizem que as melhores músicas da banda nem sequer foram gravadas ainda, e soh podem ser conferidas por completo ao vivo. é o caso de “(I Bet That You) Look Good On The Dancefloor” (o melhor nome de música de 2005, na minha opiniao), “You Probably Couldn’t See”, “Mardy Bum” (comparada com o classico ‘Slight Return’ do The Bluetones) e “A Certain Romance” (comparda com Wedding Present).

O som deles é influenciado pelo The Libertines, porem ha pitadas de ska sujo e toques ‘meio comedia’ nas letras. Ha horas que lembra o The Zutons, se esses fossem uma banda punk. O conjunto, que tem 19 anos de media entre seus integrantes e tem la um visual meio nerd, criou uma base enorme de fas atraves de foruns e blogs, e graças a isso conseguiu assinar contrato com a gravadora indie Domino Records, e esta fazendo uma turne de vinte datas aqui na Inglaterra, todos os shows com ingressos esgotados. O primeiro single foi totalmente independente.

Ainda, sairam também na revista de música e moda Dazed & Confusion, onde foram super elogiados. Há também varios sites na internet começando a dar atenção para eles.

Nunca os vi ao vivo, mas se for como dizem, preciso ja tentar cair num show deles por aqui. Tomara mesmo que com esse hype todo a banda se desenvolva e lance músicas tao boas quanto o Franz ou Strokes ou Libertines. To na torcida.

www.arcticmonkeys.com/


*** *** ***

BURN IT: faixas da semana para caçar no soulseek.


THE REVELATIONS - “You Are The Loser”: Se você, como eu, é vidrado numa soul-music contemporanea, com roupagem retro e com refrao de arrepiar, entao essa nova banda surge especialmente pra você. La na sua prateleira de cds e lps, junto com The Style Council, Orlando, The Supremes e The Pipettes, você pode adicionar esse single do The Revelations. Um classico.

FRANZ FERDINAND - “Do You Want To?”: Janeiro de 2004: você deixava a MTV ligada e a cada vinte minutos passava o clip ‘Take Me Out’. Agosto de 2005: você deixa a MTV ligada e a cada vinte minutos passa o clip de ‘Do You Want To?’. A Franz Ferdinandmania esta de volta. Pelo menos aqui em Londres. O quarteto escoces lança o primeiro single do novo album dentro de poucas semanas. Claro que dessa vez o impacto é menor, afinal ja estamos todos acostumados com a sonoridade do Franz, nao ha mais aquele grande frescor, mas mesmo assim, toda hora que ouco ‘Do You Want To?’, aumento a televisão e vibro. Que música legal! Como ja era de se prever, foi direto para o primeiro lugar da parada da NME na MTV, que é uma especie de Disk MTV aqui da Inglaterra. O que falar do Franz? Que eles são uma das melhores bandas do mundo todo mundo ja sabe e concorda. Que eles são inteligentes, competentes e carismaticos também. Mas te digo uma coisa: Daqui pra frente até o final de 2005, o ano sera deles. você nao sera tolo pra duvidar, ne? Da-lhe Franz!

GENTLEMAN REG - “It's Not Safe”: O loirissimo Reg Vermue, conhecido como Gentleman Reg, vem da mesma cena indie-gay do Canadá na qual surgiram os fabulosos The Hidden Cameras. Como não poderia deixar de ser, nesta faixa presente no último trabalho ‘Darby & Joan’, temos uma vibe cool, com vocais caprichados e falsettos fofos, reproduzindo um contagiante hit indie-pop.

THE ORDINARY BOYS - “One Step Forward”: Tai outra banda britânica que gosto bastante. Esses são britanicos mesmo, o som nao engana. O quarteto The Ordinary Boys, da praiana Brighton, lançou seu segundo album recentemente e é la que encontramos essa perola. Nao ha nada de novo. Somente uma melodia linda e um refrao pra la de cativante e pop. Existem muitas bandas que chupam The Jam e The Smiths e se dao mal. Entretanto, ha algumas que fazem a mesma coisa e se dao brilhantemente bem. E esse é o caso do The Ordinary Boys.

THE PIPETTES - “Tell Me What You Want”: você que acha que babo para a The Pipettes so porque a banda é liderada por tres garotas lindas e fofas, esta enganado.O verdadeiro motivo pelo qual gosto tanto deles é o poder da música. Ouça “Tell Me What You Want” e baba você também. Depois ainda me perguntam porque sou apaixonado por música pop… Essa faixa foi gravada recentemente numa sessão ao vivo com a radio Xfm aqui de Londres e pode ser encontrada no soulseek.

MYSTERY JETS - “You Can’t Fool Dennis”: Esse é o novo single do Mystery Jets, sempre presente na MTV e nas radios indie da Inglaterra atualmente. Pop psicodelico de otima qualidade. A NME aposta nessa banda. Devem lançar o long-play de estreia em breve.






***

Wednesday, August 24, 2005

 

coluna 18 de agosto

E ai galera gente boa. Muito sol ai? Aqui ta. Semana corrida, mas vai ai uma coluninha supimpa. Dou um toque sobre umas revistas bacanas, falo do documentario DIG! e comento as musicas da semana, com destaque para a volta do Baxendale. Nao esqueca que todas as colunas antigas ficam arquivadas aqui: bestmusic2004.blogspot.com/
Agora, senta que la vem a historia…

*** *** ***

REVOLUTION


Semana passada caiu na minha mao uma revista chamada Revolution. Imaginando que era apenas mais uma revista de musica/moda/comportamento que existe aos montes aqui em Londres, deixei de lado para ver com calma depois. Quando o depois chegou, vi que na capa tinha uma frase diferente: It’s different for girls. Ai que me liguei que era uma revista de musica/moda/comportamento direcionada para ‘ladies’. Editada por Leonie Cooper, a publicacao promete ser a primeira revista aqui na Inglaterra a tratar somente de assuntos ligados a garotas, enfocando cultura alternativa e afins. Pelo menos eh a primeira que conheco. E nao, a revista nao da dicas de como perder peso, muito menos de como conquistar o cara que voce ta afim. Nao, a revista nao eh so riot grrrls.

Com uma equipe formada apenas por garotas, claro, Revolution ira expor artigos e resenhas de musica com uma visao diferente das outras publicacoes musicais que existem por ai. As bandas abordadas sao basicamente formadas por meninas, ou que pelo menos tenha uma integrante feminina na banda. Os topicos de moda sao sempre ligados a musica. Ah, e segundo a editora, havera meninos tambem na revista, mas desde que ele tenha toques feminine. Por exemplo, no primeiro numero ha uma entrevista engracadissima com Adam Green, so porque ele tem cabelos cute-curlie.

Fora isso, no primeiro numero, que saiu em julho, encontramos otimas materias sobre as badas The Chalets, Ladyfuzz, Help She Can’t Swin, Le Tigre, The Rogers Sisters, The Priscillas (foto), Sleater-Kinney e Michelle Mae, a linda baixista do finado Make Up, atualmente tocando com o Weird War. Vale a pena. Com se nao bastasse, ha ainda um artigo sensational explicando a magia das girl-groups dos anos 60 e claro, uma entrevista com as The Pipettes, as garotas mais quentes do momento.

Pra quem curte moda, ha um guia de lojas de caridades aqui em Londres, as famosas Charity-Shops, onde geralmente encontramos pecas de roupas absurdas, lindas, cool, por precos de banana. Ainda contem fotos de garotas do rock, tiradas estilosamente pela fotografa alema Heike Schneider-Matzigkeit. Reportagens de clubs promovidos por garotas e resenhas de discos e shows tambem preenchem o conteudo dessa primeira edicao. Nem precisa dizer que essa revista eh essencial, precisa? Pra quem fica de vez em quando enjoado do formato macho de publicacoes conhecidas como Mojo, Uncut e NME, a Revolution pode ser uma opcao diferenciada de leitura, independente se voce eh uma ‘ladie’ ou nao.

A editora Leonie Cooper promete um novo numero em breve. Quem quiser, pode comprar a revista atraves da loja Rough Trade, aqui de Londres (www.roughtrade.com). Ou se preferir, pode encomendar diretamente com a revista: revolutionmag@aol.com

*** *** ***

BRITPOP

Falando de revistas essenciais, semana passada saiu na Inglaterra mais uma edicao da colecao NME Originals dessa vez abordando o Britpop. Essa colecao geralmente pega um tema e faz um clipping geral dele nos arquivos da NME e Melody Maker, resgatando materias e artigos originals. So tem textos historicos. Ja foi publicado sobre Glam, Mod, 60’s, 80’s, Goth, Punk e Madchester, assim como alguns artistas em especial, como The Beatles, Rolling Stones, Manic Street Preachers e Bob Dylan.

Nessa edicao especial Britpop, sao 145 paginas dedicadas as principais bandas da epoca, como Blur, Pulp, Suede, Ash, Oasis, The Verve, Elastica, Menswear e Supergrass, entre outras, repletas de materias originais da epoca. A revista eh dividida por capitulos: comeca com 1990-1992, ai tem 1993, 1994, 1995 (o maior capitulo, evidentemente), 1996 e termina com 1997-1998.

Lembra de quando o Jarvis Cocker invadiu o palco do Brit Awards em plena apresentacao do Michael Jackson e mostrou a bunda para o mega-star?? Entao, tem a reportagem original do acontecimento, dando detalhes do grande dia de Jarvis. Resenhas originais tem aos montes. Praticamente todos os albums e singles importantes do Britpop, ou seja, todos os albums e singles da fase aurea do Suede, Pulp, Blur, The Bluetones, Ash e por ai vai. So classicos. Shows do Menswear, The Lightining Seeds, Cast, The Boo Radleys, Blur etc, tambem aparecem com suas devidas resenhas. A ‘batalha do Britpop’, com a rivalidade entre Blur e Oasis, obviamente nao foi esquecida e tambem marca presenca.

Ainda ha uma reportagem especial sobre Camden Town, com um guia da epoca mostrando o bairro mais descolado de Londres, que nos anos 90 viveu sua epoca dourada. Tudo acontecia em Camden Town. O Britpop vivia ali. Os melhores clubs, shows, as pessoas mais importantes e tal. Muito legal ver como era Camden a dez anos atras. Hoje em dia ainda esta agitada, mas nao tanto quanto antes.

Para quem vivenciou a cena, eh um prazer ler e relembrar daquela epoca. Altas risadas, principalmente quando a gente sabe onde foram parar os ilustres do Britpop. Pra quem nao conhece, eh uma otima introducao a uma epoca dourada da musica britanica. Indispensavel.

*** *** ***

DIG!

DIG! eh um documentario que estava passando aqui em Londres a cerca de um mes atras e que retrata a historia de duas bandas americanas da decada de 90: The Brian Jonestown Massacre e The Dandy Warhols.

O filme tem cenas classicas e historias sinistras dos dois grupos, que comecaram suas carreiras juntos, na maior amizade, mas depois se separam e passam a se odiar, simplesmente por que um ficou famoso e o outro nao. No caso, quem se deu bem foi o The Dandy Warhols e quem acabou no eterno underground foi o The Brian Jonestown Massacre.

A banda com nome em tributo ao guitarrista dos Rolling Stones eh capitaneada pelo insano Anton Newcombe, que da o sangue pra sua banda se dar bem, mas sempre estraga tudo devido ao seu comportamente maluco. Digamos que ele eh uma especie de Pete Doherty versao hippie. Uma cena classica retrata o conjunto fazendo um show especial para gravadoras e do nada ele comeca a ficar nervoso com um integrante da banda. Acho que o cara tocou o riff errado ou coisa do tipo. Comecam a discutir de forma constrangedora e de repente saem na PORRADA FEDERAL, no meio do palco, na frente do publico. ISSO EH O QUE EU CHAMO DE BAFAO!!! Essa eh so uma das situacoes caoticas proporcionadas por Anton no decorrer de sua carreira com o The Brian Jonestown Massacre.

Quanto ao The Dandy Warhols, eh o oposto. Muitos devem ja conhecer. Liderada por Courtney Taylor, a banda sai de San Francisco e ganha o mundo, tocando em festivals por todos os lados, lancando discos por grandes gravadoras e curtindo o que o sucesso tem pra oferecer.

Depois que o Dandy Warhols comecou a explodir, a amargura dentro de Anton Newcombe foi tao grande, que ele compos um disco inteiro pregando o odio contra o Dandy Warhols. Hilario.

As duas bandas ainda existem e fazem shows. Uma faz sucesso e a outra estrela no obscurismo. Quem quer saber mais, com certeza vale a pena assistir esse documentario, que tem em DVD pra vender ou alugar. Mais informacoes: www.digthemovie.com

*** *** ***

BURN IT: Musicas da semana pra voce fazer o dowload!


BAXENDALE - “I Built This City”:
O Baxendale eh uma das minhas bandas preferidas. Say no more. O que acontece eh que esse trio de Londres lancou em 2000 um dos discos mais sensacionais daquele ano, uma fusao certeira de Pulp com Pet Shop Boys, infestado de hits, daqueles que voce fica cantando por semanas e semanas sem parar. Claro que o album foi super mal recebido pela critica mane da epoca, e depois disso a banda deu um tempo. Quando cheguei em Londres, em 2003, eles tinham voltado a fazer shows, tanto que peguei alguns e foram todos pra la de fantasticos. As musicas novas estavam absurdamente matadoras, com uma pegada meio disco, simplesmente irresistivel. Mas nada do grupo lancar um segundo LP. Ai do nada sumiram total. Nunca mais tive noticias, o site da banda saiu ateh do ar. Olha so que hilario, esses dias estou fazendo compras no supermercado e advinha quem eu vejo comprando biscoitos??? Tim Benton, o vocalista figuraca do Baxendale. Claro que nao me contive e fui falar com o cara. Ele me disse que a banda voltou com as atividades e estao ateh com um album pronto, mas nao tem gravadora aqui na Inglaterra pra lancar. Possivelmente o album sera lancado nos EUA antes. Mas na semana que vem o trio lanca um single de retorno, o torpedo “I Built This City”, que eh linda e tem a marca registrada do grupo. Um classico do Baxendale, se que que voce me entende. Vamos torcer par a banda voltar a se apresentar ao vivo e lancar esse cd o mais depressa possivel. Mais informacoes no site do Baxendale: www.musicforgirls.co.uk

ROYKSOPP - “Someone Like Me”: Depois do estupendo single ‘Only This Moment’, uma das musicas mais bonitas do ano para uma boa pista de danca, o Royksopp lancou o seu segundo album, novamente repleto da mais fresh e deliciosa musica eletronica. A faixa ‘Someone Like Me’ eh nada mais que um outro refresco para nossos ouvidos. Esse duo dinamarques sabe das coisas.

NEW RHODES - “From The Beginning”: Se nao me engano ja comentei de New Rhodes aqui na coluna. Eh a banda preferida de Kele Bloc Party e faz um som na linha dos Strokes, com uma pegada meio twee. Altamente recomendado. Esse eh o novo single deles, lancado aqui na Inglaterra na semana pasada.

CLAP YOUR HANDS SAY YEAH - “In This Home on Ice”: Essa banda esta no maior hype em New York e a histeria esta vindo para o lado de ca. A faixa ‘In This Home on Ice’ sera o single deles aqui no UK e soa um tanto Smiths e The Cure, com doses de Elvis Costello, com guitarras um pouco mais sujas e com uma vibe meio indie-pop. Eu adorei! Baixa ai! Info: http://clapyourhandssayyeah.com/shows.php

RICHARD HAWLEY - “Coles Corner”: Richard Hawley, esse homem de talento, que um dia ja foi musico de apoio do Pulp, acaba de lancar seu terceiro trabalho solo. Como ja eh de se imaginar, um MASTERPIECE por completo e absoluto. Quem falou que o romantismo nao existe mais na musica? Hawley esta aqui para provar que isso eh besteira. Romantismo, melancolia e uma voz dilacerante. Richard Hawley eh tudo que voce precisa para te deixar em total paz inteior. ‘Coles Corner’ prova isso pra voce.

BABYSHAMBLES - “Monkey Casino”: Semana passada falei quao decepcionante o hit ‘Fuck Forever’ ficou depois de gravada. Ao vivo era mil vezes melhor. Pois eh, mantenho o que disse, mas a musica nao deixa de ser boa. Boa tambem eh o b-side do single, essa tal de ‘Monkey Casino’. Levando consigo a marca registrada de Pete, essa faixa possui um swing cru e tosco, mas ainda sim ha um swing, coisa que falta em muita banda por ai. O que me deixa decepcionado no atual momento dos Babyshambles eh que a banda parece nao estar muito interessada em gravar, o que pra mim eh a unica coisa que interessa. A producao, que tem um dedo do ex-Clash Mick Jones, esta muito de qualquer jeito, sabe, ateh mesmo para os padroes ‘Pete’ de gravar. Quando eh muito tosco, ja nao eh muito minha praia. Mas ai, ‘Monkey Casino’ eh tosca mas ainda sim eh boa. Rimou!

COCOROSIE - “Beautiful Boyz”: As duas irmas sereias estao de volta com novo e formidavel album, chamado ‘Noah's Ark’, e eh onde econtramos a cancao ‘Beautiful Boyz’. Se nao bastasse o clima de amor, fragilidade e conforto pelo qual a musica delas eh permeada, aqui elas duetam com Antony, o grande senhor da voz. Piano, as irmas e Antony. Uma sensacao estranha e bonita ao mesmo tempo. Um capricho. Comentarei mais sobre Cocorosie em breve, nas proximas colunas.

MARIA TAYLOR - “Leap Year”: A vocalista do Azure Ray lanca trabalho solo. Nesse debute LP, intitulado “11:11”, Maria trilha por uma linha folk-dream-pop, onde destila sua voz doce em todas dez faixas. “Leap Year” eh uma delas. O disco eh um passeio de orquestracoes, violao e programacoes eletronicas, e certamente vai cativar quem gosta de Martha Wainwright e afins. Saiu pela Saddle Creek, gravadora do Bright Eyes.

*** *** ***

So dando uma organizada na casa… semana passada publiquei mais alguns discos bacanas lancados esse ano, mas esqueci de colocar o resto da lista dos albums, que estao nos arquivos da coluna. Segue entao, sem ordem de preferencia… Desculpe se nao esta registrado a gravadora que lancou os trabalhos, eh que deu preguica de pesquidar todas elas… hehe…

- M83 | “Before The Dawn Heals Us”
- DESTROYER | “Your Blues”
- THE BOY LEAST LIKELY TO | “The Best Party Ever”
- LEWIS TAYLOR | “The Lost Album”
- BLOC PARTY | “Silent Alarm”
- MERCURY REV | “The Secret Migration”
- ISIS | “Panopticon”
- DOMINIK EULBERG | “Flora & Fauna”
- ANTONY & THE JOHNSONS | “I Am A Bird Now”
- IDLEWILD | “Warnings/Promises”
- KAISER CHIEFS | “Employment”
- BRITISH SEA POWER | “Open Season”
- M WARD | “Transistor Radio”
- THE SILENT LEAGUE | “The Orquestra, Sadly, Has Refused”
- THE BRAVERY | “The Bravery”
- THE SUPERIMPOSERS | “The Superimposers”
- ADAM GREEN | “Gemstones*”
- TED LEO & THE PHARMACISTS | “Shake The Sheets”
- DUNGEN | "TA DET LUGNT"
- FINT TILLSAMMANS | "FINT TILLSAMMANS"
- JOSÉ GONZÁLEZ | "VENEER"
- THE FEATURES | "EXHIBIT A"
- VHS OR BETA | "NIGHT ON FIRE"
- TEGAN AND SARA | "SO JEALOUS"
- SILVER RAY | "HUMANS"
- ENGINEERS | "ENGINEERS"
- CUT COPY | "BRIGHT LIKE NEON LOVE"
- M.I.A. | "ARULAR"
- JAGA JAZZIST | "WHAT WE MUST"
- THE TEARS | "HERE COME THE TEARS"
- THE MAGIC NUMBERS | "THE MAGIC NUMBERS"
- ARCHITECTURE IN HELSINKI | "IN CASE WE DIE"
- MAXIMO PARK | "A CERTAIN TRIGGER"
- THE CRIBS | "THE NEW FELLAS"
- HAVENOTS | "NEVER SAY GOODNIGHT"
- THE DECEMBERISTS | "PICARESQUE"
- LOUIS XIV | "THE BEST LITTLE SECRETS ARE KEPT"
- THE PONYS | "CELEBRATION CASTLE"
- OUT HUD | "LET US NEVER SPEAK OF IT AGAIN"
- FOUR TET | "EVERYTHING ECSTATIC"
- BOOM BIP | "BLUE EYED IN THE RED ROOM"
- THE SHORTWAVE SET | "THE DEBT COLLECTION"
- KEREN ANN | "NOLITA"
- MAXIMILIAN HECKER | "LADY SLEEP"
- THE RAVEONETTES | "PRETTY IN BLACK"
- MARTHA WAINWRIGHT | "MARTHA WAINWRIGHT"
- CLOR | "CLOR"
- THE SUBWAYS | "YOUNG FOR ETERNITY"
- THE RAKES | "CAPTURE/RELEASE"







***

Wednesday, August 17, 2005

 

coluna 11 de agosto

Muita gente me escreve pedindo discas de lugares legais pra fazer balada aqui em Londres e onde rola os melhores shows. Já comentei isso na coluna e é so ir na página de arquivos que você encontrara sugestões para as mais divertidas baladas e concertos indie por toda Londres. Vai lá: http://bestmusic2004.blogspot.com/

A faixa ‘Fuck Forever’ dos Babyshambles esta em alta rotação nas rádios e mtv’s aqui na Inglaterra e eu só digo uma coisa: estragaram a música. Nao sei onde esta o erro, dificil ver onde a magia se perdeu, mas so sei que a gravacao nao chega nem aos pes do que era essa música ao vivo nos shows da banda em 2004. Essa versão gravada perdeu o espirito, esta sem vida e sem graca. Assim mesmo como estao os shows do Babyshambles em 2005. Sem vida e sem graca. Será que o motivo do Pete ter perdido o interesse em shows e gravacoes é o conturbado relacionamento dele com Kate Moss?? Provavel. So me resta a lamentar essa gravação de ‘Fuck Forever’ e tentar achar la no fundo da minha memória a magia que era essa música ao vivo…

Essa semana sugiro a você mais oito lançamentos de 2005, altamente recomendados. Hora de ligar o Soulseek…

*** *** ***



THE SHORTWAVE SET | "THE DEBT COLLECTION"
Você que gosta de música eletrônica sexy, elegante e cool, que é chegado na vibe do Saint Etienne, Royksopp e Avalanches, então faça uma favor pra você mesmo: compre já esse disco de estréia do trio londrino The Shortwave Set. Recheado com onze faixas inspiradissimas, esse cd sera uma das coisas mais fresh que você vai escutar esse ano. Nao é totalmente eletronico, para ser franco. Ha passagens folk e climas atmosfericos, mas tudo sob uma roupagem pra la de atual. ‘Better Than Bad’ parece uma bossa-nova remixada, enquanto que ‘Figures Of '62’ é uma joia sixtie do ano 2005. Ja ‘Is It Any Wonder’ trilha pelo mesmo caminho do ja citado Saint Etienne. ‘The Debt Collection’ é mais um exemplo de que a música pode ser fresh e original mesmo no ano de 2005.


KEREN ANN | "NOLITA"
Pra que gritar quando um susurro ja é o suficiente? Pois então, bem vindo ao mundo de Keren Ann. Nesse seu segundo trabalho, ela saiu da sua natal Franca, rumou para New York nos EUA e por la gravou esse que é um dos discos mais aconchegantes desse ano. Imagine o Air colaborando com Hope Sandoval do Mazzy Star e você chega perto. Em ‘Nolita’ nos deparamos com onze perolas que esbanjam conforto e bem estar, ora sussurradas em francês, ora em inglês. Perfeito pra ouvir enquanto estamos no quentinho da nossa cama, tomando chá e pensando na vida… Pra resumir: um luxo.


MAXIMILIAN HECKER | "LADY SLEEP"
Maximilian Hecker é alemão e iniciou a carreira sendo músico de rua em Berlin. ‘Lady Sleep’ é o terceiro long-play dele e segue basicamente o mesmo estilo dos dois albums anteriores, ou seja, baladas tristes, com vocal melodramático, permeado por pianos, guitarras e orquestras, assim mesmo como fez Jeff Buckley um dia. Eu adoro. Dificil destacar alguma faixa. O disco como conceito é excelente e vale a pena ouvi-lo inteiro duma vez so, apropriadamente numa tarde chuvosa e sem graca. Se você ja esta de saco cheio do Coldplay como eu, aconselho ouvir os trabalhos desse alemão. Tudo bem que ele parece um defunto na capa, mas o rapaz é bom. E ta vivo.


THE RAVEONETTES | "PRETTY IN BLACK"
Tai o exemplo de uma banda que soube expandir seus horizontes sem quebrar a cara. Depois de dois albums de puro rock’n’roll, basico, inspirado e com doses certeiras de Jesus and Mary Chain, o duo dinamarques The Raveonettes retorna em 2005 com um novo trabalho, dessa vez mais abrangente em suas referencias, e ainda sim de excelente qualidade. Em ‘Pretty in Black’, somos transportados para um músical sobre prostitutas baratas, filmes underground dos anos 50, drogas e crimes, tudo isso regado com uma trilha sonora pra la de excitante, com baladas de jeitao country (‘Seductress Of Bums’), rock’n’roll (‘Seductress Of Bums’, ‘Twilight’), twee-synth-pop a la Helen Love (‘My Boyfriend's Back’) e climas Phil Spector girl-group (‘Ode To L.A.’, na minha opiniao a melhor faixa do cd, e ainda possui backing-vocals de Ronnie Spector, ex-exposa de Phil). Um disco variado, onde todos os diferentes lados se encontram e harmonizam deliciosamente bem.


MARTHA WAINWRIGHT | "MARTHA WAINWRIGHT"
Se você viu o sobrenome Wainwright e desconfiou que Martha tenha alguma ligacao com Rufus Wainwright, você acertou. Martha é irma de Rufus e este é seu primeiro disco. Praticamente nas treze bonitas faixas do album temos composicoes que certamente vao cativar apreciadores de Joni Mitchell, Cat Power e as passagens mais calmas de PJ Harvey. A cancao mais up-beat é ‘G.P.T’, que parece uma especie de Abba versao indie. As letras retratam solidao, obsessao com sexo e inseguranca. Um belo disco de estreia, Martha.


CLOR | "CLOR"
Dificil de acreditar que esse primeiro disco do Clor foi gravado no quarto do guitarrista da banda, no sul de Londres. Enquanto que mega grupos passam meses e meses em estudios carissimos tentando achar o som perfeito, tem a molecada nos suburbios fazendo bonito na cena underground. O clor possui influencias ecleticas: electro, punk e glam. O resultado é completamente original e energetico. Coloque num liquidificador Talking Heads, Gary Numan, Pulp e Blondie e você tera o resultado… Highlights: ‘Love+Pain’ (essa eu sempre toco nas minas discotecagens), ‘Outlines’ e ‘Good Stuff’, entre outras.


THE SUBWAYS | "YOUNG FOR ETERNITY"
Ei, vocês lembram do JJ72, um trio teen de rock alterativo, oriundo de Dublin, que fez sucesso la pelos idos de 1999/2000? Pois entao, o The Subways, tambem um trio, é o novo JJ72. Mas enquanto os irlandeses tinham um lado mais glam, o Subways possui uma pegada mais grunge, de rock pesado. Eu diria que é a banda de rock-teen de 2005. A faixa ‘With You’ é uma das melhores músicas do ano e sem duvida um dos rocks mais bonitos da historia. Nao é a toa que sera o proximo single da banda. O rock juvenil e explosio da o tom em todas as músicas, pegue ‘I Want to Hear What you Have Got to Say’, ‘Oh Yeah’ e ‘Rock’n’Roll Queen’ e comprove. Esse album todo foi feito com apenas um proposito: ser tocado no volume maximo e causar tremor no seu bairro. Eu tenho doh sao dos meus vizinhos, mas nao ha nada que eu possa fazer… YOU ARE SO COOL, YOU ARE SO ROCK’N’ROLL!!!!


THE RAKES | "CAPTURE/RELEASE"
Apos diversos singles lancados e varias turnes, finalmente chega as lojas o album de estreia do quarteto The Rakes, aqui de Londres. Sao onze torpedos art-punk, nos remetendo ora aos riffs do Strokes, ora aos socos do The Fall. Os destaques sao os singles ‘Strasbourg’, ‘Retreat’, ‘22 Grand Job’ e principalmente a fantastica ‘Work Work Work (Pub Club Sleep)’, que lembra o Echo & The Bunnymen nas horas mais up-beats. As letras das músicas falam de infinitas aventuras noturnas pelo lado freak de Londres, garotas gordinhas, finais de semana regados a muito alcool e como é chato trabalhar num esquema ‘nine-to-five’.





*** *** ***

Tuesday, August 09, 2005

 

coluna 04 de agosto

* Olha so o que deu na rádio Xfm, aqui de Londres:

BRETT ANDERSON lançará seu álbum solo no começo de 2006.

Enquanto todo mundo só fala no The Tears e na reconciliação com Bernard Butler, Brett afirma que esta bastante ocupado dando os últimos toques no seu trabalho solo, mas que não espera muita badalação para o lançamento.

“To pra ir no estúdio finalizar o disco”, ele diz. “Meio que terminei a um ano atrás, e agora só faltam os último retoques mesmo. Deverá sair no começo do ano que vem, e estou bem orgulhoso”.

“Provavelmente será lançado entre o primeiro e o segundo disco do The Tears. Assim que terminar a turne com o The Tears, eu trabalharei para o lançamento. Não será nenhum ‘big deal’, mas acho que o disco é muito bom”.

Brett fala que a diferença entre esse novo projeto e o The Tears é que simplesmente não há guitarras elétricas, o pouco que há são usadas como texturas. Diz ainda que escreveu as músicas em parceria com um cara chamado Fred Bull, que é amigo dele. Fred tocava numa banda chamada Pleasure.

Sobre a sonoridade, Brett explica: “É bem triste e dark, e soa bastante natural. Não estou escrevendo músicas para tocar na rádio”, Ele insiste que, apesar de ter escrito o album do The Tears e essa sua nova embarcada ao mesmo tempo, ambos soam diferentes e possuem idéias distintas, mas que alguns mais atenciosos podem perceber que há no fundo um pouco de semelhança.

O ex Suede ainda fala que não há produtores superstars e que ele mesmo produziu o disco. Quem pesquisar no soulseek pode achar a sublime ‘Love Is Dead’, que Brett tocou ao vivo numa apresentação solo na Dinamarca no final de 2004. é a primeira amostra desse novo projeto e francamente, se o resto das canções forem assim, os fãs do Suede e The Tears terão motivos de sobra pra ficarem felizes.

*** *** ***

ARCTIC MONKEYS

O hype do Arctic Monleys só cresce aqui em terras britânicas. Os moleques do norte da Inglaterra vão sair em turne em agosto e os ingressos se esgotaram de forma fulminante, lembrando os primeiros shows do Oasis e Strokes por aqui. A turne teve inicio num show onde a banda tocou na cidade natal, Birdwell, e foi uma histéria do começo ao fim, geralmente reservado a mega-estrelas com grande estabilidade. Embora o grupo só tenha lançado um single em edição limitada - esgotado em pre-order -, o público do show sabia de cor todas as letras das músicas. A força que a banda tem é graças a versões demos de faixas que ficam disponiveis no fórum da banda, no site www.arcticmonkeys.com. O Arctic Monkeys é a ‘the best new band in Britain’, segundo a mídia aqui. O boca-a-boca se espalha cada vez mais. O primeiro single pode ser encontrado agora somente no eBay, a uma pequena fortuna.

Não fique fora dessa, procure já por eles no soulseek. Ainda vão longe.

*** *** ***

UNCUT n. 100

Uma das revistas mais legais de música do mundo, a inglesa Uncut, comemora o lançamento esse mês da sua edição de número 100.

Entre várias coisas, a revista, que nesse mês obviamente está um calhamaço, traz uma seleção dos melhores discos, filmes e livros de todos os tempos, selecionado por figuras mais do que importantes das música pop, como Keith Richards, Paul McCartney, Patti Smith, Michael Stipe, Lou Reed, Paul Weller, Noel Gallagher, Chris Martin, Robert Downey Jr, Alice Cooper, Moby, Ozzy Osbourne etc. Vale muito a pena dar uma conferida. A Uncut pode ser encontrada em qualquer newsagent aqui na Inglaterra. No Brasil, pelo que sei, tem em algumas bancas de jornal na região central da cidade de São Paulo. Compre já a sua edição e se delicie com os mais empolgantes artigos sobre música.

*** *** ***

BABYSHAMBLES

A noticia que circula pela internet é que Pete e sua gang Babysambles estão de volta e já até tocaram ao vivo num pub aqui em Londres na última segunda-feira. Vamos ver até quando eles duram juntos…

De qualquer modo, o single ‘Fuck Forever’ está pra sair no dia 15 de agosto, enquanto que o álbum tem data de lançamento previsto para 10 de outubro. Lets cross fingers!

*** *** ***


BURN IT: Faixas da semana. Pega pra ouvir ja, mano!

THE SUBWAYS “With You”: Eu sou uma pessoa frustrada. Sim, sou uma pessoa frustrada pois quando tinha 18 anos eu não peguei uma guitarra e fiz uma música como essa. Isso sim é rock’n’roll!!! Gritado, com vigor juvenil, guitarras altas e um refrão gigante, que martela sua cabeça. Lindo! Em todos os shows do Subways que vi, sempre fiquei de olho nessa faixa. Agora finalmente foi lançada no álbum deles, ‘Young For Eternity’, e não me canso de escutar. Embora ela soe melhor ao vivo (na verdade, todas as músicas do Subways são melhores ao vivo), em estúdio também detona. E muito. Eles tem em média 18 anos e fazem um rock pra estremecer seu prédio e matar seus vizinhos. WHEN I’M WITH YOU, IT SEEMS SO EASY, SO EASY!!!!!!!! Uma das músicas do ano.

THE RAKES “Work Work Work (Pub Club Sleep”): Mais um single dos londrinos The Rakes, mas dessa vez ao invés de soltarem um torpedo angular-rock, rumam para um lado mais melódico, com uma letra que fala do stress de uma vida ‘nine-to-five’. Uma das melhores músicas da banda é o álbum, ‘Capture/Release’, promete.

TEST-ICICLES “Boa vs. Python”: Essa é uma nova banda com um som urgente, pesado e original, esbanjando riffs e beats que são verdadeiros socos no seu estomago. A loja de discos Rough Trade os descreveu como uma mistura Beast Boys com Pantera. A NME adora eles.

THE ARCADE FIRE “Brazil”: Quem iria imaginar que o Arcade Fire faria uma cover do clássico de Ary Barroso para a música ‘Brasil’? Pois então, a banda ja vinha tocando essa versão nos shows e agora saiu como b-side do novo single ‘Cold Wind’. Ficou sensacional. Será que eles lancaram essa cover porque estão de malas prontas para nosso Brasil?

BLACK WIRE “Smoke And Mirror”: Os rockers post punk Black Wire lançam novo single, mas dessa vez ao invés de outra porrada barulhenta up-beat, eles fazem uma coisa mais downtempo, e se dão muito bem. Tirada do primeiro álbum deles, que saiu recentemente. Vale a pena uma ‘orelhada’.





***

Wednesday, August 03, 2005

 

coluna 28 de julho

Londres esta frenética. Depois da tentativa de um segundo atentado terrorista aqui na capital inglesa, as pessoas estão de fato mais apavoradas. Mas o que realmente ficou claro é o maior numero de policiais e bicicletas nas ruas. Impressionante. Eu to no segundo escalão, até porque sempre achei o transporte coletivo de Londres uma grande lerdeza. E tambem porque minha barriga agradece… ;-)

E o brasileiro morto pela policia?! Que horror! O rapaz simplesmente estava no lugar errado na hora errada. Agora, alguem me diz peloamordedeus por que o moço correu da policia?? Enfim, um trágico mal entendido.

Essa semana trago as últimas do crazy boy Pete, mais a volta do grande Franz Ferdinand, além das músicas da semana e etc. Se liga ai!

*** *** ***

AS ULTIMAS DO PLANETA PETE


A crise dos Babyshambles se afunda. Semana passada a banda não compareceu em dois shows marcados, e agora podem enfrentar um processo legal dos organizadores. Um show era no festival Big Gay Out, em Londres, o outro num evento em Berlin.

Ninguém da banda, nem seus agentes, quiseram comentar o caso. Pete não da entrevistas pra ninguém.

Ainda, rumores começaram a circular nos tabloids aqui de UK que Pete e seu infame manager James Mullord sairam na porrada. Ambos não estariam mais trabalhando juntos. Ninguém confirma.

O que é certo é que, de acordo com traditional jornal londrino Evening Standard, Pete levou uma surra de uma gang de seis somalianos na sexta feira, dia 22, em Kentish Town Rd, coincidentemente a avenida principal do meu bairro aqui no norte de Londres. Pete estava andando com um amigo quando, do nada, a treta começou. Ele levou socos e chutes na cara e correu para pedir socorro numa loja de conveniência. Pra mim isso é treta de droga, coisa típica do Pete. Coisa típica de junkie pra lá de problemático. A policia foi chamada e ocorrência foi feita, mas ninguém foi preso.

Ah, e parece que o relacionamento dele com a Kate Moss foi por água abaixo. Já era. Kate disse para o Standard: “Não posso passar dia e noite me preocupando com Pete. Ele desaparece do nada e não dá notícias, fico sem saber dele por dias. Ele nunca me ouve. Ele não se importa comigo. Já discutimos bastante por isso. Estou exausta. Ou ele muda o estilo de vida dele ou já era”.

Isso tudo só ilustra o que ele sempre disse que era: auto destrutivo. Entre death e glory, ele é a death. Se você, como eu, foi ingênuo e um dia acreditou que o barco iria deslanchar com os Babyshambles, tire seu cavalo da chuva, pois pelo que parece a banda implodiu chão abaixo.

Bem que eu senti que tinha algo errado no show que vi da banda a cerca de um mês atrás, no Wireless festival, devidamente resenhado aqui na coluna. Tudo estava uma grande ‘mess’.

No final das contas, olha só o que o Pete teve e jogou fora: The Libertines, Babyshambles e Kate Moss. Não é pra qualquer um, né? Será que ele ainda tem fãs? Acho que sim. Mas a paciência de muita gente esta chegando ao fim. O problema é que as pessoas pensam que Pete vai finalmente se dar bem e sua música atingir o mainstream, mas o cara vai lá e acaba com tudo. O lance é: não confie mais nele. Só assim para não se desapontar. Talvez assim ele possa se dar bem…


*** *** ***

A VOLTA DO FRANZ FERDINAND

“Nosso novo álbum? é algo que voce nunca ouviu antes.”


Essa é a manchete da matéria com o Franz Ferdinand que está na NME dessa semana. Em Janeiro de 2004, os Franz apareceram na capa da NME com a headline ‘Essa banda mudará sua vida’. Muita coisa aconteceu. A banda lançou quatro singles, entre eles o avassalador ‘Take Me Out’, ganhou diversos prêmios e lançou um belíssimo álbum de estréia, chamado apenas ’Franz Ferdinand’, que vendeu mais de três milhões de cópias pelo mundo. Agora, em julho de 2005, o semanário inglês diz que o Franz Ferdinand vai mudar nossas vidas… de novo!

A banda passou a primeira metade do ano gravando o segundo disco, que, se tudo ocorrer bem, será lançado em outubro desse ano. Os possíveis nomes para o álbum são ‘The Second Album By Franz Ferdinand’ ou apenas ‘Franz Ferdinand II’. Quem ouviu, diz que é tão bom quanto o primeiro, se não melhor. Ah, e como no primeiro álbum, onde a arte das capas dos singles e disco foram feitas sob um esquema de três cores características (creme, laranja e marron), nesse novo trabalho esse detalhe tambem estará presente, só que com novas cores, verde claro, vermelho e branco. Veja como será a capa:

Essa semana a NME deu capa para a banda, com uma ótima matéria abordando a história do novo LP. A revista ja ouviu seis músicas do disco, e obviamente as resenhou. Com exclusividade, traduzo aqui para a coluna o que a NME acha das novas músicas do Franz Ferdinand. Eu só de ler ja fico excitado… Senhoras e senhores, Alex Kapranos, Nick McCarthy, Bob Hardy e Paul Thomson estao de volta!



“The Fallen”
A faixa comeca com um riff de guitarra meio Zeppelin encontrando ‘Matinee’. A letra fala de destruicao. Sonoramente mais complexo do que tudo que ja fizeram até hoje, é o primeiro de varios momentos ‘rock’.

“Do You Want To?”
Provável primeiro single, é semelhante a ‘Take Me Out’ no sentido de refrão pegajoso (segundo eles essa música não sai da cabeção da redação da NME ha três semanas).

“Walk Away”
Uma balada acustica escrita por Alex Kapranos no Japao enquanto o baixista Bob estava no hospital. é a banda em outro rumo.

“The Outsiders”
Duas músicas juntas. Essa faixa é meio disco e certamente abraça um dos manifestos da banda, que é fazer garotas dançarem.

“Evil And A Heathen”
Com pouco menos de três minutos, essa música é o mais próximo do punk-rock que o Franz já chegou.

“Turn It On”
Outro single potencial. Tem a cara de uma música feita pelo guitarrista Nick.


*** *** ***


THE PIPETTES

Boa notícia para as Pipettes. A banda estilo 60’s-girl-group formada em Brighton, cidade praiana da Inglaterra, acabou de assinar contrato com a gravadora Memphies Industries, mesmo lar de The Go! Team e Dungen. O selo, que também é de Brighton, promete lançar um single no final do ano e um álbum cheio para o ano que vem. Imagina ter num cd so, todas as músicas fofas da Pipettes?? Desde ja o cd mais aguardado pra mim.

So dando um toque, as Pipettes vao tocar ao vivo no dia 1 de agosto aqui ao lado da minha casa, norte de Londres, no club Dirty Water Club. Quem quiser me encontrar, já sabe. Mais informações aqui: www.dirtywaterclub.com/

O que? Você não sabe quem são as The Pipettes??? Oras, visite já os arquivos com as colunas anteriores…

http://bestmusic2004.blogspot.com/

*** *** ***


BURN IT: faixas da semana! Só duas dessa vez porque to pra lá de ocupado nesses últimos dias… sorry.

ARCHITECTURE IN HELSINKI - ‘Wishbone’: Os australianos Archictecture in Helsinki sao, junto com as fofuras The Pipettes, a banda mais doce e fofa da atualidade. Levam o conceito de docura pop ao niveis extremos. A maravilhosa ‘Wishbone’ é um exemplo disso. Sim, por que o mundo pode ser pop. Se terroristas ouvissem isso, com certeza estourariam bolinhas de sabao ao invez de bombas…

ROMULO FROES - ‘Suite’: Romulo Fróes é outro artista brasileiro que estou viciado de uns tempos pra cá. Ele lançou um belíssimo disco em 2004, chamado ‘Calado’, que é meio que bossa-nova-samba dos anos 60 se encontrando com Smog. Perfeito. E é melancólico que vou te falar… uma beleza para ouvir esse disco andando nas ruas cinzentas de Londres e sentir saudade da praça Benedito Calixto em SP, quando eu ia lá comer pastel e procurar discos velhos. A faixa ‘Suite’ é uma das minas prediletas do álbum, com uma frase arrebatadora: ‘O nosso senhor, me faz um favor, me deixa agarrado com a minha dor’. E ele canta isso num tom tão triste e bonito…






*** *** ***

This page is powered by Blogger. Isn't yours?