Sunday, March 27, 2005

 

coluna 22 de marco

Aê! Beleza aí?

Semana passada digitei The Bravery errado e ninguém me falou nada?! Saiu ‘The Brevary'. Que coisa feia. Isso que dá escrever a coluna cansado e com sono… desculpe-me, brothers and sisters…

But anyway… falando em The BrAvEry, aqui em Londres fãs estão copiando o cabelo e maquiagem deles e os shows são mais ou menos como ‘Nirvana circa 93'. Recentemente, um jornalista da NME ressaltou que eles são FUCKING RIGHT NOW. Até mesmo a banda admite isso. Todo mundo sabe que você compra o cd do The Bravery agora, ouve por um mês e meio, guarda na sua colecão e redescobre daqui a dez anos para dar risadas. Certas coisas vêm e não ficam.

Mas algumas coisas vêm e ficam. Esse é o caso de Antony . Sua voz tem que ser ouvida pra ser acreditada. Na coluna dessa semana escrevo um pouco sobre ele. Ainda, lá embaixo, falo das passagens de Le Tigre e Rilo Kiley aqui em Londres. Antes disso, fique com o clip do The Tears e os novos teenagers rock-stars.

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THE TEARS
O clip do single ‘Refugees', que será lançado dia 18 de abril aqui na Inglaterra, está disponível no fórum oficial da banda.

http://thetears.org/tearsforum/index.php

Vai na parte de NEWS e baixe o arquivo.

O clip é legal, mostra a neve de Londres e casais fazendo coisas proibidas.

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TEENAGE ROCK-STARS
A média de idade deles não passa de 17 anos, mas o som que o Be Your Own PET e The Subways fazem é de gente grande. O primeiro, de Nashville, EUA, é o um punk-rock a lá Stooges, swingado e com uma vocalista ótima, do mesmo estilão de Karen O. Lançaram o primeiro single ontem, chamado ‘Damn Damn Lesh' e é simplesmente irresistível. Um minuto e cinquenta segundos de punk-rock da melhor qualidade. Acabaram de assinar contrato com a Rough Trade para o segundo single, a ser lançado em breve.
Já o segundo, de Londres, vai mais na linha alternative-grunge. Uma mistura de Nirvana e The Coral. Assim, como o Be Your Own PET, também lançaram o primeiro single ontem, com o nome de ‘Oh Yeah', produzido por Ian Broundie, dos Lightning Seeds. Essas duas bandas são o futuro do rock. E tá falado.

http://www.infinitycat.com/byop.html
www.thesubways.net


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ANTONY & THE JOHNSONS
Nesse mês de março a mídia musical britânica foi invadida por uma criatura andrógina e delicada, que atende pelo nome de Antony. Seu último disco, ‘I'm a Bird Now', gravado com sua banda The Johnsons, recebeu destaque em publicacões como Mojo , ID , Time Out, Uncut, The Observer e NME. Em todos os artigos, o que mais se falava era do poder e magia que a voz dele nos envolvia. A Mojo afirmou que essa é a melhor voz da década, e que se
juntar no céu Nina Simone, Billie Holiday e Jeff Buckley, podemos chegar perto do que é sua voz.
De fato, assim que ouvi as primeiras notas do disco, veio o choque. Deus, me senti num paraíso, flutuando, sonhando. Que voz, que voz. É cada vez mais difícil nos dias de hoje ter alguém que canta tão suavemente e tão intensamente ao mesmo tempo.
Mesmo aludindo a Boy George – um ídolo de adolescência de Antony -, Scott Walker e Jeff Buckley, a voz de Antony ainda sim é pura. É cristalina. Musicalmente, o álbum é um passeio por canções suaves, lentas e jazzísticas, destacadas pelo piano sempre em contato com a voz única de Antony. Com dez faixas no total, o disco conta com colaborações de nada menos que Lou Reed, Boy George, Rufus Wainwright e Devendra Banhart.

Nascido na Inglaterra e criado na Holanda e Estados Unidos, Antony não é um iniciante na música. Em sua adolescência, tinha como companhia discos de Marc Almond, Boy George e o mundo de Andy Warhol. Começou a cantar desde cedo. Atualmente com 34 anos, ele percorreu a década de 90 inteira no underground, se apresentando em clubes gays de estilo cabaret em Nova Iorque. Até Lou Reed o descobrir e o convidar para colaborar em sua turnê mundial de 2003, Antony era um total desconhecido.

No meio de década de 90 ele gravou seu primeiro LP, apenas com o nome de Antony & The Johnsons. Mas foi com o já clássico ‘I am a Bird Now' é que Antony ganhou o mundo.
Atualmente fazendo turnê nos EUA, Antony se apresenta em Londres no dia 16 de abril, no Queen Elizabeth Hall.

http://www.antonyandthejohnsons.com/


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LE TIGRE
Ao vivo no The Forum, Londres, 15/03

Caralho! O Le Tigre lota um lugar para 2.500 pessoas em plena terça à noite. Só mesmo em Londres. De onde apareceu tante gente? E olha que nem fazia muito tempo que a banda não tocava por aqui.

Na fila, ouço um grupinho falando português. Não sou o único brasileiro aqui. O público que veio conferir o trio novaiorquino é uma galera super entrosada entre si: dykes, freaks, clones da Kathleen Hanna de 16 anos, gays e indies no geral. A atmosfera tava ótima. Em shows assim não existe divisão de banheiros: você vai no banheiro masculino e encontra um monte de dykes zoando o barraco. Fiquei até com vergonha de mijar no mictório.

A banda de abertura, Gravy Train!!!, foi a coisa mais engraçada que vi esse ano. Duas minas, dois caras. Muita putaria no palco. Músicas up-beat e divertidas, com uma base simples de bateria eletrônica, bastante teclado new wave e letras debochadas. Sem contar as coreografias e reboladas sensacionais. Não os conhecia e esse show foi uma ótima introdução.

Após um intervalo um pouco longo, a tão aguardada Kathleen Hanna e suas comparsas, JD Samson e Johanna Fateman, ganham o palco. Esperei tanto tempo para vê-las ao vivo que confesso que nas primeiras músicas pulei meio que exageradamente.

O palco do The Forum é super grande, mas mesmo assim o Le Tigre ganhou o lugar. A presença de palco delas é muito boa, com as coreografias e danças em perfeita sintonia com os beats. JD é uma simpatia, sempre conversando com a galera. A platéia pulava e cantava junto todas as músicas.

O repertório se baseou nos três álbuns, com uma leve ênfase no belo último trabalho “This Island”. A voz de Kathleen Hanna ao vivo simplesmente SAI… Sim, sai pra fora, alto, claro e marcante, exatamente como nos discos. Os gritos e os timbres fortes são iguais, como pudemos conferir na música “Seconds”. Arrepiei.

A faixa “Nanny Nanny Boo Boo” foi outra que botou o pessoal pra pular e dançar à beça. Kathleen Hanna até se surpreendeu com a excitação do público, dizendo que em nenhum outro lugar essa música excitava as pessoas de tal jeito. Kathleen Hanna não é nada daquilo que lemos por aí. A feminista raivosa líder do Bikini Kill não apareceu. No lugar veio uma mulher vestida com um vestido colorido new-wave que dançava e sorria em todas as músicas, se entrosando bastante com o público. E o sotaque americano dela é muito sexy. Será só eu que acha o sotaque americano sexy??

Em ‘Hot Topic', hit famoso da banda, o lugar vem abaixo. Na faixa ‘New Kicks' elas saem as três do palco e dão espaço para as projeções de telão. A música, um grande manifesto anti-guerra, é de arrepiar. As projeções mostram manifestações ao redor do mundo contra a guerra no Iraque e contra Bush. O fundo fica ‘PEACE NOW' e, junto com os beats contagiantes, nos diminui a zero a cerca da atual situacão o mundo.

Saem para um break e retornam pouco depois para finalizarem o show com o hit ‘Deceptacon'. Moshs e pogos dominam a pista. Após anos ouvindo essas músicas nos clubs indies de São Paulo e Londres, ver a banda tocando ao vivo foi o êxtase. Após isso, deixam o palco num super alto-astral e o público se realiza. O Le Tigre, após anos e anos, continua sendo uma puta banda.

http://www.letigreworld.com/



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RILO KILEY
Ao vivo no The Marquee, Londres, 16/03


Quando soube que o quarteto de Los Angeles Rilo Kiley viria para a Inglaterra, minha felicidade atravessou as nuvens. Em São Paulo me apaixonei pela banda, ouvia o cd até furar, decorava as letras e me emocionava com as músicas, mas as possibilidades de ver o grupo ao vivo eram mais que remotas. Ficava apenas sonhando vendo fotos de shows pela internet. Aqui em Londres é diferente. Quando você está no auge da sua paixão por um artista, ele vem pra cá em turnê e realiza seu sonho.

O Rilo Kiley teve seu masterpiece, ‘More Adventurous', lançado aqui recentemente. É um álbum repleto de canções de amor, espalhadas em vários tons: indie, alt.country, folk e pop. A voz da vocalista Jenny Lewis reduz-te a lágrimas a escorrer pelo rosto. Tocaram no tradicional Marquee, centro de Londres, e eu que pensava que era um dos poucos fãs por aqui, me enganei. O lugar teve sua capacidade de 800 pessoas esgotada, e teve ainda quem ficasse de fora.
O show foi organizado pela revista Word e quem abriu a noite foi Marc Carrol, um singer-songwriter-Dylan-a-like qualquer. Assisti-lo de pé, com o lugar lotado, foi horrível. Sentado num sofá seria o caso.

Em seguida, apresentados pelo editor da Word como ‘a melhor banda do mundo', as estrelas da noite entram de mansinho no palco, um a um. Jenny, a última a entrar, chega sorrindo e segurando uma Carlsberg long-neck. Após aplausos, começam o concerto com ‘It's a Hit', primeira faixa do álbum. Super pop, a música se desenrola com Jenny tocando guitarra e cantando de olhos fechados.

O show é marcado por algumas canções novas. Mas o repertório enfoca mais o último disco, obviamente. A faixa título, ‘More Adventurous', de jeitão country cool, dá uma acalmada no público. Mas em seguida vem o single ‘Portions For Foxes' e novamente a histeria toma conta. Todo mundo canta junto. Até mesmo um amigo que me acompanhou e não conhecia a banda, nessa ele entrou no clima.

A banda em si é muito competente, tocando as músicas fielmente como no disco. O destaque vai para o guitarrista e principal compositor Blake Sennett. Ele é muito cool. Jenny Lewis é pura emoção, soltando a voz de dentro de sua alma, fazendo caretas variadas conforme ela atinge as notas. Era tudo que eu imaginava. Tocam minha música preferida ‘Love And War (11/11/46)' e canto-berro junto: ‘Why must you try to ruin my piece of mind? They were only words and I never meant them'.

Em ‘I Never', Jenny diz que essa é uma ‘love-song' e que não há nada que possam fazer para ela não escrever ‘love songs' como essa no próximo disco. Melhor pra nós. “i got nothing to give you, you see / except everything, all the good and the bad, 'cause i've been bad i've lied, cheated, stolen and been ungrateful for what i had / but all the oceans, and rivers and showers will wash it all away and make me clean for you / 'cause i have never met you”.

O show termina. Mas fica claro que teria um biz. Alguns minutos depois Blake e Jenny voltam. Ele no violão e ela no piano. Mandam ‘Ripchord' e o pessoal até levanta isqueiros para fazer o clima para essa balada, cantada por Blake.

A banda completa retorna e fecham a apresentação com ‘Does He Love You?', a música mais perturbadora e linda desses tempos. Jenny caminha pelo palco, segurando o microfone e cantando as letras com expressão de choro: ‘Your confession is coming out,
You only married him, you felt your time was running out'.

Ao final, fazem uma jam improvisada e Jenny convida os fãs para subirem ao palco e cantarem com ela. Putz, minha hora chegou, pensei. Claro que não deixei essa oportunidade escapar. Pulei no palco e tirei uma foto com Jenny. Tiete mesmo, e daí? Ela me falou que a única coisa que ela sabe do Brasil é que lá temos muitas cirurgias plásticas. Ãh? Deixei ela para outros fãs e desci do palco. Fim de show. Voltei pra casa sem entender muito bem o que tinha acontecido comigo. Que apresentação. E ainda conheci Jenny!

Vá ao site http://www.rilokiley.net/e veja as fotos do show, gentilmente hospedada pelo dono do site Kevin. Tá em Gallery, 03.16.2005 London England.


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BURN IT
Aqui vão algumas dicas de músicas para ouvir AGORA. Faça o download, compre o cd, empreste do amigo. Mas ouça.

Regina Spektor – ‘Your Honor'
Dois minutos de pura explosão garageira se duelando com o jeito meigo de Regina Spektor. Perfeito para uma pista de dança bem quente e escura e regada a muito álcool.

Q And Not U – ‘Wonderful People'
Essa música é sexy e funky e dançante e cool e eu sempre toco ela nas minhas discotecagens.

The Heavy Blinkers – ‘Try Telling That To My Baby'
Em menos de três minutos essa banda canadense faz algo tão mágico e tão doce e tão LINDO quanto as melhores músicas do Belle & Sebastian. Altamente recomendado.

The Unicorns – ‘I Was Born (a unicorn)'
Up-beat, lo-fi, debochada, fantástica. A letra é ótima. Essa música é demais. Toca direto no Akter Skoool Klub, aqui em Londres. Muito, muito foda.

The Arcade Fire – ‘Rebellion (lies)'
Uma das faixas mais legais do ótimo debut álbum do Arcade Fire. Sensitive-Indie-Orquestra. Genial.

Nick Cave & The Bad Seeds – ‘There She Goes, My Beautiful World'
Esse é um dos singles do aclamado último disco do mestre Nick Cave . Linda, Linda, Linda. Não é balada, pelo contrário, tem um puta pique e junto com os corais fica uma das faixas mais poderosas do últimos tempos.

The Boy Least Likely To - ‘I'm Glad I Hitched My Apple Wagon To Your Star'
Essa banda é super fofa e essa música nada mais é que um espelho disso. Como diz meu irmão, twee elevado a níveis estratosféricos.

Dogs Die In Hot Cars – ‘Lounger'
A melhor faixa da melhor e mais injusticada banda britânica. O debute álbum dos escocêses Dogs Die In Hot Cars é uma coleção de músicas do mais alto e perfeito calibre pop e ninguém tá nem aí. Quer dizer, eu tô.

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See you next week.

Saturday, March 26, 2005

 

coluna 15 de marco

Ufa. Tudo bem?

Dias corridos aqui.

O Kaiser Chiefs e The Brevary são os queridinhos do momento aqui em Londres. Claro que não iremos ouvir falar neles daqui um ano, mas isso não me faz deixar de adorá-los. Engineers, M Ward e Antony & The Johnsons também são algumas das minhas atuais paixões. Mas falo deles na semana que vem.

É meio de marco. O frio esta menos doloroso. Já não há neve. A partir de agora, até junho, o sol vai aos poucos se abrindo e as pessoas aos poucos abrindo um sorriso. A primavera e verão vem aí e os planos para o que se fazer nessa época já comecam a ser tracados. Anúncios de festivais e eventos timidamente aparecem nas revistas e jornais. O ano comeca agora.

Vi dois ótimos shows nos últimos dias. Depois olhe lá embaixo.

E para quem ainda não se ligou, aí do lado direito da tela, repousa meu blog, onde informarei os leitores sobre shows e baladas que acontecem aqui em Londres. Fique de olho.

Agora, o rock te espera. VAI.


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BRITISH SEA POWER

Uma grande banda que retorna à ativa aqui na Inglaterra são os garotos do British Sea Power. O quinteto de Brighton lanca um novo álbum, chamado ‘Open Season’, dia 04 de abril e faz uma turnê de promocão na mesma época. A data de Londres é dia 13 de abril. Veja a tour completa:

Bristol Anson Rooms (Abril 6)
Birmingham Academy (7)
Leeds Blank Canvas (8)
Edinburgh Liquid Rooms (9)
Manchester Academy 2 (10)
Norwich Waterfront (11)
Londres Forum (13)

Visite o site http://www.seetickets.com/ e compre já o seu ingresso.

Recentemente o British Sea Power se envolveu numa confusão um pouco curiosa. A banda tocava na cidade de Tunbridge Wells e um fã muito excitado pegou o chapéu do baixista Hamilton e desapareceu. Só que o chapéu tinha um grande valor sentimental para o baixista e desde então a banda está tentando, via campanhas no site e apelos para a mídia, recuperar o tal chapéu. O quinteto lancou no site um apelo que dizia que quem devolver o chapéu, receberia em troca uma cancão escrita especial para a pessoa, ou um jantar, feito obviamente pela banda.

Caso você tenha alguma notícia do paradeiro do chapéu, contate a banda no site http://www.britishseapower.co.uk/

Para quem ainda não sabe, o British Sea Power apareceu em 2003 com o álbum ‘The Decline Of The British Sea Power’, recheado de belíssimas cancões epic-alternative-pop-rock. O novo disco, segundo dizem, é tão bom quanto o primeiro. Em breve mais British Sea Power aqui.


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COLDPLAY

A maior banda pop do mundo está de volta.

Após o mega-sucesso do álbum ‘A Rush Of Blood To The Head’, Chris Martin deu um tempo. Casou com sua namorada, a deusa Gwyneth Paltrow. Deu uma de Bono e foi pra África pedir para o mundo ‘fazer comercio justo’. Teve um bebê, chamada Apple. E voltou para o estúdio para gravar o teceiro disco.

Entre altos e baixos nas gravacões, na semana passada a banda fez um show especial aqui em Londres para 40 amigos e fãs sortudos e apresentou algumas músicas novas, incluindo ‘Square One’, ‘White Shadows’ e ‘What If’. O primeiro single do disco chama-se ‘Speed Of Sound’ e será lancado dia 23 de maio. O aguardado novo álbum, com o nome de `X&Y’, tem lancamento marcado para 06 de junho. Nesse mesmo mês, o quarteto faz uma arena-tour. Veja as datas:

Dublin Marlay Park (Junho 22)
Londres Crystal Palace Athletics Stadium (27-28)
Glasgow Bellahouston Park (Julho 1-2)
Bolton Reebok Stadium (4-5)

Para comprar ingressos, acesse o site: http://www.seetickets.com/

www.coldplay.com/


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THE TEARS

A nova banda de Bernard Butler e Brett Anderson, The Tears, cansada de ser hypada aqui, divulgou os b-sides para o single ‘Refugees’, assim como a arte da capa. O single será lancado no dia 18 de abril, aqui na Inglaterra. Foi divulgado também a arte da capa do disco ‘Here Come The Tears’, a ser lancado no dia 02 de maio. Vejam.

As capas foram desenhadas por Brett Anderson, com a ajuda de Richard Bull, que também contribuiu para as artes dos singles ‘Bring It Back’ e ‘Friends Of Lovers’, de Bernard Bulter em carreira solo.

Os detalhes do single ‘Refugees’ seguem abaixo:
CD1
Refugees
Southern Rain

CD2
Refugees
Feels Like Monday
Branded
Refugees (video)

VYNIL 7"
Refugees
Break Away


www.thetears.org/


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THE GO! TEAM

A banda mais colorida do momento sai em turnê em maio aqui na Inglaterra. The Go! Team, que lancou o melhor disco de 2004, o ultra-contagiante ‘Thunder, Lighting, Strike’, faz cinco shows imperdíveis. Veja as datas:

Manchester Academy 2 (Maio 7)
Birmingham Academy 2 (8)
Edinburgh Liquid Room (9)
Norwich Waterfront (11)
London Electric Ballroom (12)

Compre aqui seu ingresso: http://www.seetickets.com/

Você não pode perder. O The Go! Team é um arsenal de beats e samples que tem um único propósito: fazer você dancar até o amanhecer. Vá ao show. Compre o disco. Você não vai se desapontar.

www.thegoteam.co.uk/


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THE FUTUREHEADS

Fucking Futureheads! A melhor banda punk-rock desses tempos também faz shows em maio por aqui. O Futureheads, da cidade de Suderland, lancou um puta disco ano passado, repleto de petardos punk a lá Buzzcocks e Gang Of Four. Músicas como ‘Decent Days And Nights’, ‘Robots’, ‘Meantime’ e ‘A to B’ balancam até a bunda da sua vó. Confira as datas:

Portsmouth Pyramids (Maio 4)
Bristol Anson Rooms (5)
Wolverhampton Wulfrun Hall (6)
Liverpool Academy (8)
Manchester Academy 2 (9)
Glasgow QMU (10)
Leeds Metro Uni (11)
Sheffield Leadmill (13)
Oxford Brookes Uni (15)
Londres Astoria (16)

Compre aqui seu ingresso: http://www.seetickets.com/

www.thefutureheads.co.uk/

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E-BAY VICIA. FATO.

Exatamente. Segundo o jornar Metro, distribuído gratuítamente nas estacões de metrô aqui de Londres, o site de leilão on-line E-Bay é tão viciante quanto jogar num casino.

As pessoas se iludem com a excitacão de dar um lance num produto, e talvez ganhar, que esquecem da sua vida. Esquecem do trabalho e família. Viram vítimas do frisson de dar lances, dizem pesquisadores.

E quando uma determinada acão do leilão se torna intensa, os lancadores se tornam viciados nas apostas, geralmente pagando a mais e comprando itens que nem se quer querem.

‘É um estado mental causado pela excitacão de dar lances, uma sensacão de competicão, uma enorme vontade de ganhar a aposta’, disse o Dr. Popkowski Leszczyc, que concluiu a pesquisa na Universidade de Alberta, Canadá. ‘Altos níveis de excitacão ao dar lances causam aos apostadores a valorizar demasiadamente um produto’, analizou.

E com isso o comportamento de apostadores se tornam SEM NOCÃO. ‘Recentemente um quadro vendeu-se on-line por £70.000, depois que alguns apostadores competiram seriamente entre si e fizeram do lance uma guerra’, disse. ‘O quadro valia no máximo £100’.

Dr. Popkowski Leszczyc concluiu que algumas pessoas se enfocam mais no ato de dar lances do que no produto de fato a ser vendido.

O e-bay é um site obrigatório para colecionadores e fãs de música em geral, oferecendo itens que são super difíceis de encontrar, geralmente abaixo do preco. Mas cuidado para não se viciar…

http://www.ebay.co.uk/
http://www.ebay.com/


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THE PIPETTES
ao vivo no Bush Hall, Londres, 04/03

Oh, sexta feira a noite! Sair do trabalho e ir pra casa, descansar de uma longa semana de trabalho… Mas não! Sem querer fico sabendo do show das Pipettes, convido uma amiga para me fazer companhia e bingo! Minha noite está com diversão garantida.

O Bush Hall, local do concerto, é um dos lugares mais bonitos que já vi no tocante a espacos para shows aqui na Inglaterra. Sua arquitetura vitoriana e poética dão ao show uma vibe especial.

A banda de abertura é o Circulus, um combo esquisito, fantasiado, introvertido, cantando ora em francês ora em inglês, uma sonoridade a lá The Coral, Gorkys Zygotc Mynci e Jethro Tull. Interessante.

Entram as Pipettes. Oh My God, algo está errado para essa banda existir em 2005 e não em 1965. As cancões simples, pegajosas, phil-spectory, melódicas, com três raparigas L-I-N-D-A-S e quatro meninos de apoio é tudo que 2005 precisa para ser um ano mais bonito e sexy. Sim, as Pipettes são bonitas e sexy. Mais que isso, são a grande solucão para esse mundo cruel.

Comecam com a música ‘We Are The Pipettes’, onde guitarras garajeiras dão o tom para o manifesto das meninas, despejado num refrão bombástico: ‘We’re The Pipettes and we have no regrets / If you haven’t noticed yet / We are the prettiest girls you ever met’. Sim, elas são as garotas mais bonitas que eu já conheci até hoje.

As Pipettes escrevem letras como qualquer garota de 17 anos escreve em seu diário: sensíveis e ao mesmo tempo SACANAS. E os pipettos, a banda de rapazes uniformizados ao fundo, compõem músicas como se estivessem na década de sessenta, com a mente em lsd, sexo e rock’n’roll.

Na ótima ‘Kitchen Sink’, elas cantam ‘me aperte na pia do cozinha, me aperte, sim, eu quero na pia da cozinha’. Calma, não perca o fôlego. Em ‘Uniform’, não escondem o tesão por garotos com uniforme de escola: ‘I like boys in uniform, school uniform’. Ainda nos dias de hoje, aqui na Inglaterra, diferente do Brasil, toda escola tem como uniforme para os alunos gravata, sapato e terninho. É o estilo mod. No final da música, elas também confessam: ‘I like girls in uniform’. Evoluídas.

As coreografias das Pipettes – sim, elas coreografam durante o show inteiro – é um contraste para as letras. Enquanto elas cantam sobre a sensacão da pia da cozinha, elas dancam suavemente como se fossem as Shangri-las. Ingênuas por fora. Experientes por dentro.

Depois de mais ou menos onze músicas, fim de show e putz, que pena. Queria mais. As Pipettes se trocam no camarim, tiram seus vestidos de bolinhas e voltam com suas roupas normais. Um deles, o baterista, e pelo que me parece um dos mentores da banda, me diz que a banda lancará uns singles 7’’ na época da páscoa. Um grande notícia. Antes de ir embora, compro uma camiseta da banda e minha amiga um broche escrito ‘i like boys in school uniform’. Sabe das coisas.

Comentei anteriormente sobre as Pipettes aqui na coluna, nas bandas para ficar ligado em 2005. Elas têm potencial para dominar todas as rádios do mundo. Mas mesmo com todas as qualidades, acho muito difícil delas atingirem sucesso mainstream. Infelizmente, é mais fácil bombardearem um país do Oriente Médio do que as Pipettes fazerem sucesso. Mas claro, não é por isso que eu as ignorarei.

www.thepipettes.co.uk/

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KAISER CHIEFS
ao vivo na HMV Records, Londres, 07/03

O britpop debochado, descartável e fino está de volta. Não, não foram o Menswear ou o Marion que se reformaram, nem o Grahan Coxon que voltou ao Blur. O revival britpop vem sob o nome de Kaiser Chiefs, cinco rapazes de Leeds, norte da Inglaterra, que prometem fazer você dancar muito neste primeiro semestre de 2005.

Na semana passada lancaram o debute álbum, ‘Employment’, e deram um show gratuíto para quem tivesse comprado o cd na HMV Records, em Oxford Street, centro de Londres. E lá estava eu.

Na fila para entrar no show, me senti o tiozinho do rock, já que a maioria dos fãs ao meu lado tinham no máximo quinte anos. Claro, somente seres de quinte anos para acharem graca nos Kaiser Chiefs. E fico excitado que, com vinte e tantos anos, eu AINDA acho graca em bandas como os Kaiser Chiefs. Caralho, todo mundo gosta de um brinquedo descartável de vez em quando e o Kaiser Chiefs é isso pra mim. Um brinquedo descartável. Passageiro. Só custou 11 libras, tá!?

Tocaram o ‘cream of the álbum’. Abriram com o hit ‘Na Na Na Naa’ e a criancada pulou histericamente. A performance do vocalista Ricky é ótima, lembrando um Jarvis, só que mais molecão. Em ‘Everyday I Love You Less And Less’, junto ao seu balanco contagiante, Ricky canta: ‘I can’t belive once you and me did sex / since everyday I love you less and less / it makes me sick to think of you undressed / since everyday I love you less and less / you are turning into somethig I detest / and everybody says you look a mess’. URGH!

Nos hits ‘I Predict a Riot’ e ‘Oh My God’, as prateleiras da loja com cds a venda já estavam todas no chão. E eu lá no meio do empurra-empurra. Finalizaram o set com a fina ‘Time Honoured Tradition’, evocando a Bryan Ferry e seu Roxy Music.

No final, a banda posaria para fotos e autografaria CDs, mas ao ver mais de 300 criancas na minha frente, decidi ir pra casa. Já estava satisfeito. E o refrão de ‘Everyday I Love You Less and Less’, obviamente, bombardeou meus ouvidos para o resto da semana.


www.kaiserchiefs.co.uk/


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BURN IT
Aqui vão algumas dicas de músicas para ouvir AGORA. Faca o download, compre o cd, empreste do amigo. Mas ouca.

The Dead 60’s “Riot Radio”: lancado no ano passado, esse é o primeiro single dessa bacana banda ska-punk-pop. Para fãs de The Clash e Specials. O segundo single deve vir em breve.

Antony & The Johnsons “Fistful Of Love”: A balada mais bonita desse ano. A voz mais tocante dessa década. O Scott Walker gay. Antony e sua banda The Johnsons lancou um dos discos mais bonitos desse ano, “I Am a Bird Now”. Nessa música, Lou Reed toca guitarra e recita um poema ao fundo. SENSACIONAL.

Thee Unstrung “Contrary Mary”: O Thee Unstrung está sendo cotado como o novo Libertines. Pra mim é mais que isso. ‘Contrary Mary’, lancada no ano passado, é a combinacão perfeita entre twee e punk. Must-buy.

Aberfeldy “Love Is An Arrow”: O Aberfeldy lancou um ótimo disco ano passado, “Young Forever”, e a música ‘Love Is An Arrow’ está nele. Para fãs de Belle & Sebastian.

Engineers “Forgiveness”: primeiro single do debute álbum. Cool chill-out. Pra fãs de Air e Death In Vegas.

The Features “Leave It All Behind”: The Features é a banda favorita dos Kings Of Leon. E “Leave It All Behind” é muito, muito boa! Puro rock’n’roll.

Idlewild “Too Long Awake”: A melhor faixa do novo disco. Lindíssima. A única coisa ruim é que ela só dura três minutos, acabando abruptamente. Ela deveria durar pra sempre.

Kaiser Chiefs “Time Honoured Tradition”: Aqui os Chiefs soam como o Roxy Music. E se dão bem.

Death From Above 1979 “Romantic Rights”: Esse duo canadense mistura metal com disco e o resultado é uma beleza. Porrada, mas com groove. Essa música esta no primeiro disco, “You’re a Woman, I’m a Machine”, lancdo a pouco aqui na Inglaterra.

Wednesday, March 16, 2005

 

coluna 03 de marco

Oh, que tempo miserável. Em janeiro e fevereiro Londres testemunhou definitivamente o que é o inverno britânico. Fazem mais de dois meses que não vejo o azul do céu e isso me deprime. Se não está chovendo, está nevando. Sem contar a temperatura, sempre na media de zero graus, e os ventos, que te deixam ainda mais com frio. Realmente, um autêntico inverno britânico. Realmente, uma desgraca.

Mas se a cidade está mal de tempo, de música ela está melhor do que nunca. Sim, Londres não brinca com o rock. Essa semana comento alguns albums lancados recentemente por aqui e também faixas matadoras que você precisa escutar. Mas antes disso, vai umas notícias pra vocês… Advinha de quem?!

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THE TEARS
Segundo Bernard Butler no fórum oficial da banda, o single ‘Refugees’ estará nas prateleiras das lojas de discos aqui da Inglaterra a partir de 18 de abril, enquanto que o álbum, com o título de ‘Here Come The Tears’, a partir do dia 2 de maio. Os b-sides para o single, que será lancado nos formatos cd1, cd2 e vinil 7”, chamam-se: ‘Branded’, ‘Feels’, ‘Like Monday’, ‘Break Away’ e ‘Southern Rain’.

Para promover os lancamentos, a banda sai em turne aqui na Inglaterra nos meses de abril e maio. Seguem as datas:
Cambridge, Junction (Abril 18)
Wolverhampton, Wulfrun Hall (20)
Portsmouth, Pyramid Centre (22)
Liverpool, Carling Academy (23)
Newcastle, University (24)
Londres, Shepherds Bush Empire (Maio 23)

Para comprar ingressos, entre no site www.gigsandtours.com

Para acessar o fórum da banda, visite http://www.thetears.org/

Conforme foi dito aqui, The Tears é a nova banda de Brett Anderson e Bernard Butler. Os dois formaram o Suede no comeco da década de 90 mas se separaram em 1994. Mais de dez anos após a separacão, voltaram a compor música juntos.

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WEEZER
Finalmente os nerd-indies mais queridos do mundo estão de volta. O quarteto americano promete lançar o quinto disco da carreira em maio desse ano. Um single, com o nome de ‘Beverly Hills’, está agendado para março. A banda já marcou dois shows na Inglaterra em junho, veja abaixo:
Birmingham, Academy (Junho 13)
Londres, Carling Brixton Academy (14)

Para comprar ingressos, visite: www.seetickets.com

Para quem não conhece, os Weezer são experts em fazer college-indie-rock e, segundo a lenda, todo indie do mundo tem o ‘blue album’ no quarto.


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>>> LANCAMENTOS


M83 ‘Before The Dawn Heals Us’ (Mute Records)
Estamos ainda no comeco do ano e tenho certeza que esse álbum do M83 vai estar no meu top 5 melhores de 2005 lá pra dezembro. Acredite em tudo de bom que você leu sobre ‘Before The Dawn Heals Us’. É desde já um clássico absoluto, um disco que veio pra ficar, nos emocionando a níveis extremos.

São quinze faixas de pura exuberância. Um musical tão forte que nos eleva para uma outra dimensão. Uma dimensão superior. Uma dimensão única. Com certeza é um dos cds que levaria para uma ilha deserta.

Tente imaginar um combinacão perfeita entre Pink Floyd, My Bloody Valentine, Willian Orbit, Sigur Rós, This Mortal Coil e Talk Talk. Pode parecer esquisito, mas o que realmente temos aqui é algo imensamente especial. O álbum pega os momentos mais intencos dessas bandas e contrói algo muito profundo e bonito.

Como não se emocionar com a introducão da cancão ‘Car Chase Horror’, onde temos a atriz Kate Moroan narrando em desespero um conto de terror automotivo antes da muralha de guitarras entrar? Ou com o single ‘Don’t Save Us From The Flames’, com guitarras sônicas no talo se colidindo com suaves gritos de ‘Tina! Tina! Tina!’?

O gênio por trás disso é o francês Anthony Gonzalez e esse é seu segundo long-play sob o nome de M83. ‘Before The Dawn Heals Us’ é um disco perfeito em todos os sentidos e se você não derramar lágrimas com ele, você definitivamente não tem alma.


Destroyer ‘Your Blues’ (Talitres Records)
O que acontece com os canadenses? De onde veio o raio de luz mágico que erradiou aquele país nos últimos anos para nos dar tantas soberbas bandas
art-orquestra? The Heavy Blinkers, A Silver Mt. Zion, The Arcade Fire, The Dears e… Destroyer.

Oriundos da cidade de Vancouver, foram formados ha dez anos atrás e “Your Blues” é o sexto album deles. O conjunto é encabecado pelo vocalista e letrista Dan Bejar, que no decorrer dos anos tem se destacado pelo seu jeito gracioso e dramático de cantar, nos remetendo a David Bowie e Tim Booth, do James.

Suas letras beiram o nonsense e ‘Your Blues’, lancado aqui na Inglaterra no final de 2004, é uma gloriosa colecão de cancões intencas e enormes, facilmente em sintonia com artistas como Jobriath e The Divine Comedy.


The Boy Least Likely To ‘The Best Party Ever’ (Too Young To Die Records)
Como não se apaixonar por uma banda que coloca na capa do disco desenhos meigos e coloridos de coelhinhos e cachorros tocando instrumentos? Como não se identificar com uma banda que canta ‘my heart gets broken so easily so just be gentle, be gentle with me’?

Em ‘The Best Party Ever’, o The Boy Least Likely To nos presenteia com doze cancões meigas e fofas e sensíveis e bonitas, bebendo da mesma fonte de Aztec Camera, Belle & Sebastian e Aberfeldy. É um cd que faz a gente pular e dancar do mesmo jeito que ‘Legal Man’ ou ‘Come on Eileen’. Infelizmente pouquíssimas pessoas no mundo vão apreciar essas jóias pop.

Esse é o primeiro disco do The Boy Least Likely To e foi lancado pelo selo da própria banda. A banda fez somente três shows para promocão do album. Destaques: ‘Be Gentle With Me’, ‘I’m Glad I Hitched My Apple Wagon To Your Star’, ‘Paper Cuts’ e ‘Hugging My Grudge’.


Lewis Taylor ‘The Lost Album’ (Slow Reality Records)
Embora admirado por artistas do calibre de Paul Weller e David Bowie, Lewis Taylor nunca conseguiu sucesso mainstream na sua carreira, que conta com quarto LPs lancados, dois pela major Island e dois pelo seu próprio selo Slow Reality. Sua combinacão de soul music, psicodelia e rock é mágica e única e talvez Lewis realmente seja um artista inapropriado para os dias de hoje.

As faixas de ‘The Lost Album’, seu quinto álbum, foram compostas na década de 90 mas somente agora foram adequadamente gravadas e lancadas. Doze músicas, que nos oferece uma bonita e intimista jornada por 70’s Soul (Marvins Gaye, Al Green), sunshine-pop (Free Design, The Association) e música pop no geral. Um belo disco para um domingo de sol.


Bloc Party ‘Silent Alarm’ (Wichita Recordings)
Quando vi pela primeira vez o Bloc Party ao vivo, no comeco de 2004 abrindo para o 22-20s, confesso que não fiquei muito empolgado. Foi somente quando o clip de ‘Banquet’ começou a ser transmitido na MTV2 foi que percebi que ali tinha algo de muito especial. A batida dançante, a guitarra angular e a voz marcante de Kele me cativou em cheio. Vieram mais alguns singles depois disso, incluindo a matadora ‘Helicopter’ e no final de 2004 a banda já estava cotada como grande promessa para 2005.

Não deu outra. No final de janeiro ‘Silent Alarm’ foi lançado, o debut álbum desse jovem quarteto londrino. O disco contem todos os contagiantes singles lançados anteriormente, mais um punhado de torpedos que garantem o combo como uma das melhores GUITAR-BAND do momento. As influencias são as mais variadas: Sonic Youth, The Cure, Joy Division, Bjork e Suede, entre outros.

Com certeza o Bloc Party fará muito sucesso mundo afora esse ano, nos mesmos moldes que o Franz Ferdiand no ano passado. Os destaques são: ‘Helicopter’, ‘Banquet’, ‘This Modern Love’, ‘The Pioners’ e a sônica ‘Luno’.


Mercury Rev The Secret Migration (V2 Records)
Opa! Um novo disco do Mercury Rev significa um nova companhia para seus sonhos astrais, uma renovação de energia e braveza para enfrentar esse mundo cruel, e também, para os que já conhecem os álbuns anteriores da banda, uma volta ao passado sombrio e triste. Pois quem é fã de Mercury Rev, só pode ter um passado desses.

O que será que acontece com Jonathan Donahue para ele escrever as letras que escreve!!! O som astral, sonhador, space, épico das músicas é a trilha sonora perfeita para a poesia de amor de Jonathan Donahue. Em ‘In The Wilderness’, ele imagina um reencontro com a pessoa amada, visualizando a volta da relação, só para depois cair na realidade: ‘how can the woman I love be so strong!!!’.

Em ‘The Secret Migration’, suas letras entram no imaginário de sua mente e nos levam para lugares astrais e mágicos, com dragões, anjos, cisneis e borboletas. E assim é também é a sonoridade do disco. É uma continuação mais madura dos últimos dois trabalhos. O Mercury Rev é de Nova York e esse é o sexta disco deles. Obra prima.


Isis ‘Panopticon’ (Ipecac Recordings)
Tem horas que ouvir um heavy-metal bem alto e poderoso é a melhor maneira de sair do stress e assim toda raiva e angústia ser expelida do corpo. Sim, Isis é heavy-metal.

Mas não me refiro aquele heavy-metal farofa e chato para menores de 12 anos que tem aos montes por aí. O som da banda Isis, de Boston, EUA, é metal para pessoas que já saíram da infância e que tem um razoável bom gosto por música.

Esse é o terceiro album deles e transborda urgência e peso, permeado de riffs pra lá de potentes. Alguns encaixariam a banda no rótulo post-rock. Vou mais longe: post-angular-metal-apocalypse. Um som titânico. Ora com muito barulho, ora quieto. Mas sempre violento. Uma batalha entre Godspeed You Black Emperor!, Slint e Napalm Death.


Dominik Eulberg ‘Flora & Fauna’ (Traum Schallplatten)
Um disco para se ouvir em situacões específicas. Quando você está lavando loca. Quando pessoas chatas estão falando contigo e você não quer ouvi-las. Na fila do banco. Ou seja, quando você está em situacões que não gostaria de estar e aí as BATIDAS te salvam. Mas claro, tem que escutar num volume ALTO.

Quando música eletrônica é espiral e não baseada no formato cancão, esse é o máximo que eu consigo chegar. Aqui o lance é: batidas techno-electro-funky, as vezes forte, as vezes leve, distribuídas em dez partes. Há momentos que os beats ficam levemente tortos, e ouvimos variados barulhos no meio, o que alguns chamariam de idm.

Rótulos a parte, esse é um cd com BATIDAS muito loucas. Dominik Eulberg, ecologista, é alemão e esse álbum só foi lancado na Alemanha, por enquanto. Eu recomendo.


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>>> BURN IT
Numa época em que o iPOD virou mania e que o download de músicas é legalizado, nada melhor que eu destacar umas faixas que estão e alta no momento. Pelo menos aqui no meu iPOD. JUST LISTEN!

New Rhodes ‘You’ve Given Me Something That I Can’t Give Back’: Essa banda ainda vai dar o que falar no mundo indie-pop. Cativante a lá Smiths. Sensível a lá Belle & Sebastian. Esse é o segundo single deles. Fiquem de olho.

Maximo Park ‘Apply Some Pressure’: Bombástico novo single dessa banda que soa como o Futureheads ‘jamming’ com Sonic Youth. Clássico.

Crash Convention ‘The Watch Committee’: Essa é a banda preferida de Carl Libertine. O som é um punky-poppy-rocky com refrões tão ganchudos quanto os próprio Libertines. Vão estourar, escreva o que estou dizendo.

Johnny Boy ‘You The Generation That Bought More Shoes And You Get What You Deserve’: Uma das músicas mais lindas dessa década. O duo Johnny Boy mistura o espírito girl-group com soul, dentro de uma roupagem que soa retro e atual ao mesmo tempo. MARAVILHOSO.

The Brights ‘Girl In a Bric-a-Brac Shop’: O indie-pop está mais vivo do que nunca e essa banda é a prova. Twee indie-pop puro e LINDO. Para fão de Blueboy, Belle & Sebastians e offices do gênero.

The Bravery ‘An Honesty Mistake’: Um hit mor. Para se acabar numa pista de danca. Pense em New Order. Pense em Duran Duran.

The Chemical Brothers ‘Galvazine’ : A melhor música do novo álbum. Killer Break Beat.

Idlewild ‘Love Steals Us From Loneliness’: Primeiro single do novo album. College-rock de PREZA.

Emiliana Torrini ‘Sunnyroad’: Uma das letras mais lindas que li esse ano. Com roupagem folk, fica melhor ainda.

Moby ‘Lift Me Up’: Moby está de volta com novo single. Ótima música, com um refrão maior que a África.


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O dia da atualizacão da coluna é toda terca-feira. As edicões anteriores podem ser encontradas aqui: http://bestmusic2004.blogspot.com/

A gente se vê na semana que vem ?? OH, YEAH!

MARCIO CUSTÓDIO
marcio_custodio1980@yahoo.com.br

Thursday, March 03, 2005

 

coluna 25 de fevereiro

YES, este colunista passa muito frio nesse momento. YES, essa semana está nevando aqui em Londres. YES, a foto aí em cima é da janela do meu quarto. YES, who gives a fuck?

A vida continua.

Continua porque Pete Babyshambles está livre da cadeia por enquanto e pode finalmente gravar ‘Fuck Forever'. Porque o show do The Tears na semana passada já está em DVD nas feiras de Camden Town . Porque o Rilo Kiley vem pra Londres. E porque eu preciso curtir tudo isso daí.

Ok, ok… chega de papo furado. Vamos ao que interessa...

BABYSHAMBLES- Pete em liberdade
Isso mesmo. O garoto problemático, junkie varrido e herói do rock Pete Doherty, acima na foto, está em liberdade condicional até dia 18 de abril, quando novamente encara a justiça aqui em Londres. Conforme foi dito aqui, Pete é acusado de agredir e roubar um film-maker que divulgou fotos suas usando heroína.
Na última segunda-feira Pete foi ouvido pelo juiz e teve liberdade condicional. Por isso, o show do Babyshambles, na Brixton Academy, que muitos duvidavam que não aconteceria, aconteceu. Com muitos tumultos, como é de praxe, mas aconteceu. Pete arrumou briga com seu companheiro de banda, o guitarrista Patrick, no meio do palco e os dois tiveram que ser separados pelos roadies e levados para o backstage. Depois de dez minutos tudo estava acertado.

Ainda, a banda teve que parar de tocar por duas vezes para tentar acalmar os ânimos da platéia, que estava mais do que histérica. Algumas pessoas ficaram feridas nas primeiras filas. Peatle Mania. Apesar de tudo, os Babyshambles despejaram seus hits e fizeram outra apresentação histórica. Sucessos como ‘Killamangiro', ‘The Man Who Came To Stay', ‘Albion' e a clássica ‘Fuck Forever' elevou novamente a banda como uma das mais potentes do mundo.

O show aconteceu no mesmo dia em que Carl Barat, ex-colega de Pete no Libertines, divulgou que assinou um contrato milionário para sua carreira solo, eliminando de vez qualquer possibilidade da volta dos Libertines num futuro próximo. Uma grande pena. Mas no mundo do rock tudo é possível. Cross your fingers.
Não se sabe agora o que vai acontecer. Dia 18 de abril é a próxima court para Pete, mas até lá muita coisa pode acontecer, entre elas, a gravacão do hit ‘Fuck Forever'. Nós, fãs principalmente da música de Pete, esperamos mais do que tudo que isso aconteca o mais rápido possível. Depois o que vier é lucro. Ou não.


THE TEARS- ‘Refugees' é o primeiro single
Brett Anderson divulgou essa semana que a música ‘Refugees' será o primeiro single tirado do álbum dos The Tears. A faixa será lançada em abril e é sobre a atual situação da Inglaterra a cerca de refugiados e imigrantes do mundo todo que aqui estão para tentar uma vida melhor.
Segundo Brett em entrevista para a NME, ‘a Inglaterra é hoje um país com muitos imigrantes e que, apesar deles fazerem os trabalhos mais duros e pesados, a maioria da população inglesa não respeita essas pessoas'. Ainda disse que ‘todos nós somos seres humanos e ninguém é mais que ninguém, e que no fundo somos todos refugiados'.

Atualmente a Inglaterra vive uma guerra de partidos políticos sobre a questão de imigracão, com o partido Tory sendo contra a abertura para os imigrantes e o partido Labour, de Tony Blair, a favor. Brett Anderson disse que ‘os imigrantes são essenciais para uma sociedade sadia, livre e multi-cultural e que a Inglaterra não pode fechar as portas para essas pessoas'.

Eu, como um imigrante, não preciso nem falar o que penso disso, né? Tenho nojo de quem ainda acha que imigrantes ‘roubam empregos e provocam violência'. Londres jamais funcionaria sem os imigrantes que aqui estão.

Mudando de assunto, o tiozinho dos DVDs piratas lá em Camden Town não é fácil. Oh my God, assim vou a falência. O show do The Tears na semana passada foi na quarta à noite e já no sábado de manhã, estava lá em DVD, com capinha e tudo mais. Impressionante. Obviamente não resisti e comprei e estou cada vez mais apaixonada pela faixa ‘Autograph'. Em meros três minutos essa música atinge a perfeição absoluta.


RILO KILEY- She wears short shorts

Finalmente Rilo Kiley na Inglaterra. Uma das bandas mais queridas do indie-rock americano vem em março para promoção do fantástico álbum “More Adventures”, lançado aqui somente agora, e apresentações ao vivo. Chegam em turnê com Bright Eyes. A data de Londres é dia 14, no Astoria .

O Rilo Kiley teve muito sucesso no ano de 2004, fazendo shows, dando entrevistas e posando para fotos de TODAS as revistas de música, moda e comportamento. Tudo isso nos EUA, onde possuem numerosos fãs. O causador disso é o já citado “More Adventures”, terceiro disco do quarteto e o primeiro por uma grande gravadora. Comentei sobre eles no meu ‘best of 2004', publicado aqui em janeiro.

O LP é explêndido, sublime e toca fundo na sua alma . Não só porque é diversificado e coeso musicalmente, nos presenteando com um delicioso e cativante indie-rock, folk e alt.country, mas também porque a vocalista Jenny Lewis, na foto acima, tem uma das melhores e mais marcantes vozes atualmente.

Ouça a sinistra balada ‘Does He Love You?' e a contagiante ‘Love And War (11/11/46)' e você concordará comigo. A primeira tem uma letra pertubadora e o jeito desesperador e lindo de Jenny cantar faz eu me sentir mal. Muito mal. A segunda é um hit mais do que apropriado para pistas de clubs indie, nos remetendo a ‘So Alive' de Ryan Adams e ‘Float On' do Modest Mouse. Difícil não colocar no repeat. Impossível se conter.
Existe algo de muito especial na voz de Jenny Lewis. Ela atinge certos timbres e notas que me faz chorar e não consigo parar e não sei porque. Talve por que a voz dela é muito intensa e sincera e, aliada as suas letras de amor, cria uma combinação perfeita.

Os outros destaques do álbum vão para ‘It Just Is', ‘It's a Hit', ‘I Never' e ‘The Absence Of God' e ‘Portions Of Foxes', que é o primeiro single e já vem sendo executada na influente rádio Xfm, de Londres.

A revista Rolling Stone, dos EUA, elegeu Jenny Lewis como a indie-queen de 2004 e Elvis Costello disse que ‘More Adventures' é um dos seus discos preferidos atualmente. Em recente entrevista para a revista inglesa Uncut, Lewis admitiu que em certas músicas do disco ela cantou nua no estúdio pois disse que sua voz só sairia sincera o suficiente se ela tirasse o desconforto das roupas.

Rilo Kiley é a salvação do pop.


WRY- Lançamento independente
Após três anos curtindo Londres e explorando novo território, os heróis sorocabanos Wry dão a pinta de que vem algo novo por aí. A banda lançou em janeiro um single independente com três faixas, que na minha opinião, são as melhores deles até o momento.

“Come And Fall”, “Where I Stand” e “Softly Slow” são três jóias nu-gaze-punky-pop de puro primor. A primeira tem potencial para ser executada na rádio Xfm para todo e sempre. Um hit gigante, com guitarras ganchudas e melodia LINDA. “Softly Slow”, com seu início twee, é outra que merece estourar. Sensibilidade desafiando a força.

O quarteto vai lançar algo no Brasil em breve via Monstro Discos. Um lançamento por aqui na Inglaterra possivelmente acontece ainda esse ano. Tomara!


KAISER CHIEFS- Fanáticos por britpop

Você, que ainda aguarda a volta do Menswear, acalme-se. O Menswear acabou. Mas agora temos os revivalistas britpop Kaiser Chiefs. Sim, porque eu GOSTO de Britpop. E não, eu não tenho NADA contra um revival Britpop. O quinteto de Leeds, comentado aqui semana passada, lança o disco de estréia na Inglaterra na semana que vem e promete botar petardos a la ‘Parklife' de volta as paradas britânicas.

Ouça o hit ‘Na Na Na Naa' e você vai entender o que estou falando. Essa faixa soa mais Menswear do que o próprio Menswear. Um autêntico hit de plástico, descartável e contagiante. E claro, eu adoro. Músicas como ‘I Predict a Riot', ‘Oh My God' e ‘Everyday I Love You Less and Less' são outros exemplos de petardos responsáveis por reascender a chama Britpop.

É muito provável que não iremos ouvir falar em Kaiser Chiefs daqui a dois anos. Mas quem disse que toda banda tem que entrar para a história do rock? Na Na Na Não. A missão dos Kaiser Chiefs é outra. Querem é se divertir e entreter as pessoas AGORA. E os jornalistas mal humorados e cínicos de plantão que engulam isso. Curta os Kaiser Chiefs agora e esqueça-os no futuro. A não ser que você seja como eu, que em pleno 2005 ainda caça singles do Geneva pelas feiras de Camden Town. Aí com certeza os Chiefs farão companhia pra você por muito tempo. E não há problema nenhum com isso.


THE BRAVERY- New Wave of the New Wave
Essa é pra você, que acha que o The Bravery ‘sucks' e que são uma cópia da cópia. Exato, não há nada de inovador no som deles. Mas francamente, se você ainda se importa com originalidade e essência a essa altura do rock, que vá ser feliz com seus discos velhos.

The Bravery é divertido, dançante e o single “Unconditional” foi uma das músicas mais bacanas lançadas no final do ano passado. Esses cinco rapazes de New York estão fazendo jornalistas ingleses e americanos se mijarem nas calças de tamanha ansiedade pelo debute álbum, que deve sair em abril ou maio. Mas antes disso, na semana que vem inclusive, lançam o novo single “Honest Mistake”.

Falar que são cópia dos The Killers é preguiça e limitação. O The Bravery possui mais o espírito punk da coisa. A sonoridade dos caras resgata teclados new wave e riffs punk e as principais influências, segundo eles mesmos, são New Order, Fugazi, The Cure e The Strokes.

O nome da banda se refere a auto-confiança. Em entrevista para a revista Spin, o vocalista Sam Endicott comentou: “Às vezes você olha pra sua vida e pergunta ‘será que farei algo de legal ou serei um bundão e ter um emprego chato que odeio e viver uma vida de merda de pura miséria interior???' e The Bravery é sobre isso, pra te alertar a ser sempre bravo e não se entregar ao sistema”. Ótimo comentário, não?


OS JOVENS INGLESES E O iPOD
Em recente pesquisa do jornal londrino Evening Standard, foi divulgado que os adolescentes britânicos sabem quanto custa o iPOD mini, mas desconhecem o preço do litro de leite. 2/3 sabem que o iPOD mini custa £179 enquanto que 3/4 não fazem idéia de que o preço do litro de leite é apenas 60p.

Ainda, a pesquisa aponta uma certa honestidade em relação a trabalho, com 75% dos jovens encarando trabalhos meio-período para não dependerem mais da mesada dos pais. Entretanto, mais da metade admitem que, quando precisam, inventam desculpas para emprestar dinheiro dos velhos. Ainda sim, quase todos os pais – 85% - acreditam que seus filhos não fariam isso.

As pesquisas também mostram que a maioria dos jovens tem alguma noção de débito e crédito, mas preocupantes 12% acham que ‘ficar no vermelho' significa ficar com vergonha. Vish…


DOVES- Retorno do trio de Manchester
Outra banda que retorna ao spotlight é o trio Doves, da cidade de Manchester , UK . Após o sucesso de “The Last Broadcast” em 2003 (o disco vendeu 400 mil cópias somente na Inglaterra), os rapazes lançaram o novo LP “Some Cities” essa semana e prometem o mesmo ‘buzz' do trabalho anterior. O disco todo foi feito sobre a influência da cinzenta Manchester . O primeiro single chama-se ‘Black And White Town' e é legalzinha. Assim que ouvir o disco digito aqui meus comentários. Se tiver um punhado de canções como ‘Pounding', a banda já merece todo meu respeito.


YETI- Ex-Libertine sai em novo projeto
Yeti é a nova banda de John Hassall, o tímido baixista dos Libertines. Com a implosão de sua banda principal e sem muitas chances de uma volta, já que Pete está nos Babyshambles e Carl em carreira solo, John resolveu não perder tempo e montou seu próprio projeto, descrito pela mídia como 'vintage riffs, dub bass e psyche harmonies'.

A banda tem se apresentado regularmente em pubs aqui em Londres e muita gente vem apostando nesse novo combo. Num show no pub Boogaloo, no bairro de Highgate, John, que agora assume os vocais, recebeu no palco Shane MacGowan, lendário líder dos The Pogues.


RUFUS WRAINRIGHT- Novo álbum e turnê
Meu cantor-compositor gay preferido vai lançar álbum novo na primeira semana de março. O disco se chama 'Want Two' e se tratando de Rufus, deve ser um clássico. Ele faz turnê na Inglaterra em abril e a data de Londres é dia 15, no Shepherds Bush Empire. Tô lá. Rufus ao vivo é ótimo. Vi uma apresentacão dele na loja HMV, em Oxford Street , e o cara tem uma voz capaz de provocar o tsunami.


PORTISHEAD- O novo álbum vem aí
Ouvi rumores de que o tão aguardado terceiro disco do Portishead está a caminho. Mais informações nas próximas colunas.


Tchau. FUI.

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