Friday, May 26, 2006

 

coluna 22 de maio

Um amigo acabou de me falar que a Rough Trade largou o Pete. Agora o mocinho está sem gravadora. Se fudeu. Se o cara não ta mais afim de fazer música, porque ele precisa de uma gravadora, não é? Espero que isso realmente seja um ‘wake-up’ para ele, mas acho que não vai ser não, pois ele é muito guloso com a ‘mister brown’. It’s a shame.

Essa coluna é praticamente só resenhas de álbuns. Tem muitos discos legais sendo lançado. Dá uma olhada nos que eu selecionei, em especial a resenha das Pipettes, que acabou saindo meio que um tributo meu para a banda.

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PET SHOP BOYS – “Fundamental”


The boys are back! Nono trabalho da dupla inglesa Neil Tennant e Chris Lowe. Oh, eles raramente desapontam. Pra mim são uma das melhores duplas pop de todos os tempos. Lançaram discos clássicos nos anos 80, depois nos 90 se perderam um pouco, mas em 2002 voltaram com “Release”, um álbum lindo, cheio de baladas folk e um bocado cheesy, mas mesmo assim sensacional. Como Renato Russo já dizia, “é brega, mas é bonitinho”.

Então, agora o Pet Shop Boys mete nas lojas esse disco absurdo, conceitual, pop e... errr... fundamental! Isso mesmo. “Fundamental” pega praticamente tudo o que a banda já fez (beats, experimentações, coisas acústicas, orquestras, harmonias melosas) e encaixa tudo em 12 faixas. Não vai fazer sentido se ouvir aleatóriamente, ou seja, escolher algumas faixas em ordem diferenciada. Porém, se tu pegas o cd e deixa rolar, estarás testemunhando um disco que mais parece uma trilha sonora de um filme lindo e romântico e complexo do que qualquer outra coisa.

Adorei o ‘mood’ dessas doze trilhas. Contemplativas, fervidas, épicas, doces. E você terá que concordar comigo agora: Neil Tennant possui de uma das vozes mais bonitas que já existiu. Fato. E nunca muda, ainda bem. Meu momento predileto desse cd: “Indefinite Leave To Remain”.


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PRIMAL SCREAM – “Rock City Blues”


Amei, amei, amei. Esse novo Primal Scream é uma beleza! Tem gente desapontada, pois acha que o Primal Scream por ser o Primal Scream, deveria estar inovando, sendo vanguarda e soando sempre atual. Papagaiada. Se esquecem que o Primal Scream é uma banda com raízes rock e nesse novo trabalho eles apenas voltaram ao que sabem fazer de melhor: rock monstruoso e divertido. Bobby Gislespie está dizendo em entrevistas que dessa vez queriam fazer um disco menos paranóico e nervoso, e sim cheio de amor. Tô com ele. Aprecio os últimos trabalhos dos Primals, mas como Gislepie mesmo diz, aqueles eram discos feitos sob a influência de bad-drugs, esse novo é sob good-drugs.

Vejam bem, o single “Country Girl”, apesar de um clip besta, é uma das músicas mais legal desse ano. Alto astral até não poder mais. Semana passada, numa das noitadas que eu discotecava no Red Stripe Bar, centro de Londres, decidi incluir essa música no meu set. Pra minha sorte, naquele momento tinham um pessoal indie antenado, e eles foram às nuvens quando “Country Girl” começou. Cantaram e dançaram feito malucos. Aí meia hora depois, um deles chegou em mim e disse “mate, play the new Primal Scream again!!”. Eu falei que não costumava repetir músicas e ele respondeu “who cares, we love that track and tonight we wanna go nuts, mate!!!!!!”. Toquei, e foi loucura de novo. Daí mais tarde vieram de novo me pedir a música. Toquei. Dessa vez me puxaram pra pista pra dançar com eles, ficamos pulando, cantando, abraçados, derramando cerveja para todos os lados. As garotas do bar, cientes que a música tratava de garotas que querem fazer farra, eram as mais empolgadas. Davam passinhos de bêbadas, pulavam a ameaçavam tirar a roupa. Nunca vi aquele lugar numa vibe tão boa. Realmente, “Country Girl” é demais! Naquela noite ainda toquei a música mais duas vezes.

Mas voltando ao disco “Riot City Blues”, são dez números rock, pra escutar no último volume e fazer seu bairro tremer. As faixas “Nitty Gritty” e “Dolls” seguem o mesmo alto astral de “Country Girl”; “Hell’s Coming Down” é puro amor; “Boogie Disease” e “The 99th Floor” despejam um blues divertido, com direito a gaita; “Little Death”, beirando sete minutos, remete as viagens dos Rolling Stones circa “Their Satanic Majesties Request”; a canção que finaliza o cd, “Sometimes I Feel So Lonely”, é uma baladinha indie-soul-country de clima final de festa. Definitivamente, o Primal Scream fez bem de sair daquela paranóia e desatar a fazer rock’n’roll novamente.


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THE PIPETTES – “We Are The Pipettes”


Era meio de 2004 e eu aqui, ainda me adaptando ao UK, ainda tentando entender a sociedade daqui. Não era um choque cultural no sentido artístico, mas na forma de tratar as pessoas e ser tratado. Aí, certo dia, li numa revista sobre uma banda indie-twee-pop de Brighton, que tinha a frente três garotas de vestidos de bolinha que estavam revivendo a época áurea do pop com as girl-groups. Meu irmão Gilberto, no Brasil, sempre muito bem informado no circuito indie-pop mundial, me mandou um e-mail dizendo que eu deveria urgentemente ver essa banda, pois era nova sensação da cena. E em novembro daquele ano, rolou um festão num lugar abandonado na região de King’s Cross, onde tocariam um monte de banda famosa, incluindo The Rakes, Bloc Party e Graham Coxon. A banda que daria o pontapé na noite seria as tais Pipettes. No momento em que Rose entrou no palco, acompanhada pela Riot Becki, de óculos, e Julia, e começaram a cantar, meu coração irradiou. Fui injetado por uma sensação de inocência, felicidade e muito amor.


Eu posso dizer que minha experiência no Reino Unido é classificada como AP/DP: Antes-Pipettes / Depois-Pipettes. Antes de conhecer a banda, estava meio pra baixo, tinha dúvidas sobre minha vida com os costumes e energia daqui. Mas depois passei a amar cada minuto que eu vivia. Curtia cada momento e encarava tudo com muito amor e paz. Adorava meu trabalho, adorava minhas discotecagens, adorava conhecer pessoas e andar de ônibus e pegar metrô e passear por aí. Naquele show, fiquei ipnotizado, literalmente. Aquelas melodias twee-pop que do nada caiam para um soul-melodramático, aquelas coreografias, a Rose, a banda de apoio. Tudo fazia sentido. A apresentação durou meia hora. Depois, eu teria que agüentar mais uns cinco shows de bandas emergentes que a mídia estava babando. Não consegui. Fui embora logo após as Pipettes, empolgadíssimo e muito feliz. Cheguei em casa e mandei um e-mail para meu irmão, dizendo “cara, eu vi um show da melhor banda do mundo!!!!!!!”. Foi na época que comecei a escrever a coluna para o OiLondres, e claro, em primeira mão em qualquer veículo de mídia brasileira, relatei aqui a magia das Pipettes. Decidi que iria vê-las sempre que tocassem em Londres. E demorou três meses pra isso acontecer.


Era fevereiro de 2005 e elas tocariam no Bush Hall. Decidi levar uma amiga comigo. Ela não conhecia a banda, mas confiava em mim. Não deu outra. Outro show arrasa-quarteirão, outra vez fiquei ipnotizado, outra vez me apaixonei, outra vez fiquei feito bobo me perguntando como aquilo era possível. Minha amiga estava pasma. Tinha horas que eu olhava pra ela e ela estava de boca aberta, com brilho nos olhos, balançando a cabeça. Fim de show, ela chegou em mim, “Marcio, amei muitíssimo elas, principalmente a Rose, lindo, lindo, lindo, ohhhh”. Eu apenas sorri e concordei. Cheguei em casa e resenhei o show para a coluna. Tinha ficado na minha cabeça músicas como “Kitchen Sink”, “School Uniform” e “We Are The Pipettes”. Eu tentava achar algo na net, mas nada. A única forma de escutar aquelas pérolas era ir em shows, coisa que fiz muitas e muitas vezes.


Daí pra frente sempre que podia eu ia num show delas. Teve uma época que meu irmão veio passar uma temporada em Londres comigo, e o rapaz foi nuns dez shows das Pipettes. Ele, assim como eu, achava a melhor banda do mundo, e nos shows ficávamos nós dois meio abobalhados, com os braços pra cima, cantando, sem medo de ser feliz! Boas memórias. Meu irmão se foi, eu fiquei. Sempre com as Pipettes. A Julia, uma das meninas fundadoras da banda, decidiu sair. Cansou das coreografias. No lugar dela veio Gwenno, uma galesa que está mais para Califórnia-Girl do que qualquer outra coisa. Ela se encaixou perfeitamente na banda. Senti que elas ficaram revigoradas com a entrada da Gwenno. Percebi também que o conjunto evoluía a cada show. A cada música nova apresentada, era uma nova paixão. E os seguidores das Pipettes sempre aumentando.


Lançaram pelo micro-selo Unpopular Records o primeiro single, edição limitadíssima em vinil 7”, com as músicas “School Uniform” e “It Hurts To See You Dance So Well”. Foram feitas apenas 500 cópias, e graças a Deus consegui a minha. Depois que se esgotou, teve neguinho dando 50 pounds pelo single no e-bay. A partir daí começaram a vazar demos na Net, e quem não era do UK agora também tinha a oportunidade de ouvir. Quem acompanha a coluna faz tempo sabe que sempre dei espaço para as Pipettes. Recebi muitos e-mails de pessoas que estavam loucos por elas. Era um sopro de frescor. Não era um conceito original, mas ainda sim diferenciado nos tempos atuais. As meninas foram tocando e lançando alguns singles limitados. Lançaram “ABC” e “Judy” pela Trangressive Records. Consegui uma pra mim, ufa! Nos EUA saiu um 7” rosa, com capa-dobradura, de bolinhas. Consegui também.


Em setembro de 2005 tive o prazer de entrevistar as garotas e, embora eu estivesse nervoso e não tinha sequer experiência de como entrevistar uma banda, elas foram muito simpáticas. A banda já me conhecia, pois eu sempre tava nos shows e tal, e por isso elas aceitaram conversar um pouco comigo. A gravadora Memphies Industries, sempre atenta nas melhores bandas pop, não perdeu tempo e assinou as Pipettes. Elas enfim poderiam contar com uma distribuição decente de seus singles. Passaram a tocar ao vivo cada vez mais.


Foi lançado “Dirty Mindy” como single e pela primeira vez fizeram um clip, que você acha fácil no YouTube.com. No clip elas dançam do jeito que elas sabem, dão risadinhas e fazem aquelas coreografias fofas no meio de um monte de balões. Essa inocência mágica que é expelida de toda a concepção da banda é provavelmente um dos motivos que eu tanto gosto delas. E ainda sim é a razão que muitos não suportam as Pipettes. Quem não gosta geralmente argumenta que elas são umas garotas forcadas que querem se fazer de pirralhas fofinhas e fazem papel de idiotas. Bem, como disse, esse é um dos motivos que gosto delas, não tenho nenhum problema com o ar de inocência que a banda toda possui. E também nem é por causa da Rose ou das outras duas meninas, que são bonitas e atraentes, que é a razão de eu apreciar as Pipettes. A verdade é que não tenho nenhuma atração por elas, mas sim pela idéia por elas estarem juntas fazendo aquilo.


E, claro, há o fator mais importante: a música, excelente em todos os sentidos, pelo menos para os paladares mais pop. É uma banda indie-twee-pop sem tirar nem por, açucarada que pode causar diabete nos desavisados. Toda a banda, incluindo as meninas e os meninos, vem de background indie-pop. Brighton é um das cidades com maior força nessa pequena cena. Esse elemento fofinho indie-pop é talvez uma das barreiras que a banda enfrenta, caso queiram estourar. A mídia odeia, a maioria das pessoas odeia, os mais sensíveis adoram. Como esse mundo tá mesmo perdido, talvez as Pipettes fiquem cravadas apenas no coração de alguns. Ou não. Nunca diga nunca. Pois elas não são somente indie-pop. De repente, a música entra num refrão lindo de morrer, assim mesmo como a Motown costumava fabricar em seus estúdios em Detroit. É nessas horas que fica difícil conter a empolgação.


No início desse ano foi para as lojas um novo single, “Your Kisses Are Wasted On Me”, que chegou a ganhar bastante repercussão aqui no UK, em revistas, jornais e alguns programas de rádios. Apresentações na Europa seguiram-se. Agora em maio foi divulgado o próximo single, com certeza a faixa de maior força que as Pipettes lançaram até hoje. Com forte apelo disco, “Pull Shapes” tem potencial para entrar pelo menos no top 5 das paradas britânicas, se for promovida como deve ser. Isso depende das gravadoras, rádios e MTV. E o álbum? Bem, meu amigo, o álbum vazou na Net e a essas horas todo mundo com um bom gosto por música pop já deve estar se deliciando. Intitulado “We Are The Pipettes”, abrange praticamente todas as músicas da banda. São 14 hits. Cada uma poderia ser single. A faixa “It Hurts To See You Dance So Well” está com novo arranjo. Antes ela durava apenas um mágico minuto. No álbum está estendida, meio que incluíram uma nova canção no final, e agora esta com 1min53.


Um dos trunfos das Pipettes é que elas conseguem transpor tamanha magia e beleza e tão pouco tempo. As canções têm uma média de dois minutos cada. Acabou uma, logo vem outra, rapidinho. Minha predileta do cd é “I Love You”. Tem 1min37 e geralmente ouço essa música incansávelmente no repeat, por uma meia hora. Sempre que essa música chega, fico enganchado nela. Eu tinha escutado antes uma versão demo, mas agora no cd ela está orquestrada e ficou muito mais linda. Tem outras que gosto muito: “Tell Me What You Want”, “Judy”, “Why Did You Stay”, “One Night Stand”. E “Pull Shapes”, claro. O disco inteiro é perfeito. A produção está impecável e não há uma música sequer que fica sobrando. Todas são irresistíveis.


Ao contrário de discos conceituais, “We Are The Pipettes” é uma obra que você pode ouvir no sistema “randon”, ou seja, escolher qualquer música, fazer sua seleção. Todas soarão fantásticas, independente da ordem. To feliz que elas enfim estão lançando o álbum. Acompanhei a trajetória desde o começo e me sinto como uma espécie de guru delas, mesmo que elas nem lembrem mais que existo, obviamente. “Pull Shapes” já está sendo executada em alguns programas de rádios. Em breve deve vir o vídeo-clip. Se conseguir MTV, elas ficam a um triz de estourar, acredite. Elas poderiam muito bem ir a programas como Jools Holland, Jonathan Ross e Top Of The Pops. Tenho certeza que fariam bonito e ganhariam muitos novos fãs. Tomara que consigam. Qualquer novidade sobre as Pipettes, eu escrevo aqui.


> Pra quem teve paciência de ler o texto inteiro, agora vem o presente: lembra que falei que elas se apresentaram num programa de televisão aqui na Inglaterra, chamado The Álbum Chart Show? Então, agora está no YouTube.com, em ótima qualidade de áudio e imagem. São duas músicas: “Your Kisses Are Wated On Me” e “Dirty Mind”.


ENJOY:




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ABSENTEE – “Schmotime”


Eis então que o quinteto londrino Absentee põe nas lojas seu álbum de estréia. Ano passado tinham lançado um EP com oito músicas, e eu adorei. Agora lançam esse LP, contento onze elegantes faixas. É o encontro entre Pavement e Leonard Cohen. O som deles é puro indie-rock, e a voz grave do vocalista Dan, aliadas aos suaves backing vocals da tecladista Melinda, trás um charme extra para o disco. Você, indie rocker saudosista, que não consegue esquecer Pavement, Pixies ou Breeders, baixe já esse disco do Absentee, pois não há a mínima chance de você se arrepender.


www.myspace.com/donkeystock


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SHACK – “On The Corner Of Miles And Gil”


O Shack é um combo de Liverpool liderado pelos irmãos Michael e John Head. A história desses dois é longa e começa lá nos anos 80, quando formaram o The Pale Fountains, uma das bandas mais injustiçadas de toda a história do rock. Considero o Pale Fountains tão bom quanto os Smiths. Lançaram dois álbuns clássicos, mas devido a tragédias envolvendo a banda (o estúdio dos caras pegou fogo, Michael Head se tornou um viciado peso-pesado em heroína, perderam fitas com gravações...), decidiram acabar.

Nos anos 90, contudo, voltaram ao mundo da música sob a alcunha de Shack, lançando alguns bons discos, com destaque para o magistral “HMS Fable”, que foi o primeiro disco do Shack que eu ouvi. Foi lançado em 1998 e naquele ano eu ainda era iniciante nessa história de música, e aquele disco me marcou pacas. Lembro-me que citei esse como melhor disco daquele ano. Em 2003 teve mais um álbum, porém, não tão inspirado como “HMS Fable”.

E esse ano os irmão voltaram, dessa vez pela gravadora do Noel Gallangher, Sour Mash. “On The Corner Of Miles And Gil” é um passeio por folk-rock, onde percebemos criatividade pulsando entre as músicas. Instrumentos de metais, orquestras, violão, guitarra e a grande voz de Michael Head dão o tom nessas doze incríveis trilhas. Um disco maduro, feito por alguém que percebemos entender muito de fazer rock. Destaques: “Black And White”, “Funny Things” e “Tie Me Down”, pra citar só três.


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FARIÑA – “Allotments”


Taí um cd que poderia ficar lado a lado com o cd do Shack, resenhado acima. Mas aqui a jornada é maior. Trata-se de uns caras ingleses, aqui de Londres, que desde 1981 estão tocando juntos, e esse é apenas o segundo long-play deles. A sonoridade é o que rotulamos de ‘dream-pop’: conceitual, passagens folk, clima contemplativo, instrumentação rica e inventiva. Um belo álbum que vai acertar em cheio o coração daqueles que apreciam coisas como Mercury Rev, Earlies, The Polyphonic Spree e o já citado Shack.



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* Quem tá com novidades são as meninas THE REVELATIONS. Elas botaram duas músicas inéditas na página do MySpace, duas pérolas soul-pop de lhe tirar a respiração. Ouça já. Já comentei delas aqui quando lançaram o single de estréia ano passado, a maravilhosa “You’re The Loser”. São três garotas de Londres que possuem bons contatos e bons produtores e que desejam dar seqüência na linha girl-group que as Pipettes ressuscitaram nesse novo milênio. Curioso é que elas afirmam ser mesmo uma banda fabricada, mas pelo menos, segundo as próprias, tem qualidade e sabem cantar. Citam um tal de Adam Howorth como o cérebro da banda, e dizem que o sujeito tem conexões com Alam McGee. Eu não tenho nenhum problema com uma banda fabricada, você tem? Contanto que a música seja irresistívelmente boa, como é o caso das Revelations, e não aquela coisa brega horrorosa exageradamente-erroneamente produzida como R’n’B, ta tudo bem. E fora que as Revelations tem MySpace e tocam ao vivo em bares, pubs e porões aqui em Londres, ou seja, mesmo fabricada, a banda é independente. Em outras palavras, indie.


* Meus queridos GUILLEMOTS também tem novidades na praça. Trata-se da divulgação do título e da data de lançamento do tão aguardado álbum de estréia. E, para nossa alegria, nem ta muito longe: 10 de julho, e vem com o nome de “Through The Windowpane”. Em breve deve vazar na Net. Segundo o figurão Fyfe, mentor da banda, o álbum é “a big dreamy mix of orchestra and cheap keyboards and belgian bells and paperclips in pianos and phantom guitars and double bass and rumbling drums and stuff”. Rapaz, deve ser um discão, falaí? Tô achando que o título de melhor album de 2006 vai ser uma disputa acirrada entre Pipettes e Guillemots, você não acha? Anyway, antes do álbum, teremos de presente o single da linda “Made-up Lovesong 43”, que nós já conhecemos e amamos. Irá para as lojas no dia 26 de junho, e em vários formatos. Pra completar, o quarteto foi nomeado pela revista Mojo para concorrer ao premio de melhor nova banda. Eles realmente merecem, né?



Preciso ir trabalhar. Tchau ae.



xxx



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