Saturday, May 06, 2006

 

coluna 24 de abril

* Nossa, a segunda música de trabalho dos ingleses CAPTAIN está com tudo nas MTVs e radios daqui. Chame-se “Broke”. É incrível como eles me lembram os Prefab Sprout, um pouco mais rock. Coisa mais linda! Comentei ano passado do primeiro single deles, a fantástica “Frontline”. Todo mundo amou aquela faixa. Agora vem esse novo hit. Beleza pura. O mais legal é que eu acabei de folhear a Time Out e vi que eles tocarão ao vivo nessa terca, 25/04 aqui em Londres, e só custa £6 e não está sold-out. Vai ser no Bush Hall, um dos lugares mais aconchegantes e fofinhos para se ver shows. Te vejo por lá. Ouça as duas faixas “Broke” e “Frontline” no MySpace da banda: www.myspace.com/captaintheband

* Na hora que essa coluna estiver indo para o ar, estarei assistindo DIRTY PRETTY THINGS ao vivo na HMV, Oxford Street. De graça. Depois ainda tem sessão de autógrafos. Vou pegar uma assinatura do Carl pra você, pode deixar. Aliás, minha querida irmã me passou o álbum “Waterloo To Anywhere” inteiro por msn. Ouvi e gostei, mas... Bem, semana que vem dou o meu veredicto, e conto como foi o show.

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Pois então, na última sexta-feira eu sentei com o trio THE BISHOPS para um rápido bate-papo, antes da banda detonar num show promovido pela NME, no Koko, norte de Londres. Já comentei deles em diversas ocasiões aqui na coluna, como você leitor já tá ligado, e esse show só provou quanto estou certo. Os rapazes não fizeram feio, tinham mais de mil pessoas aplaudindo a cada música, e a cada dia eu acredito mais neles. Com aquelas canções de pegada forte e recheadas de trivialidades juvenil, não dá pra não se empolgar com The Bishops. Rock simples, quadradão e lindo. Foi uma conversa de 15 minutos que levei com Mike (guitarra e vocal), Pete (baixo e vocal) e Chris (bateria). O Mike foi o que mais falou. Confira!

Primeiramente, como e quando a banda comecou?
Mike: Começamos mais ou menos há dois anos atrás, e tipo...

Vocês estavam em Londres já?
Mike: Sim, estou em Londres há sete anos, eu e meu irmão somos originalmente de Bath, que é perto de Bristol...
Chris: Eu sou dá Escócia, perto de Glasgow, mas estou em Londres há cinco anos.
Mike: Eu e o Pete morávamos juntos no YMCA, no bairro de Barbican (Londres), e íamos sempre ao pub local, chamado King’s Head. Foi lá que conhecemos o Chris, pois ele trabalhava no bar. Sempre escutávamos sons e tal, aí decidimos tocar juntos, e a banda nasceu daí, basicamente.

Você se recorda o que inicialmente lhe inspirou a compor e criar música?
Mike: Bem, o primeiro show que vi na vida foi do Paul Weller, e aquilo me fez pegar uma guitarra e aprender a tocar. Pessoalmente, gosto muito de um compositor chamado Arthur Lee, de uma banda dos anos 60 chamada Love.

Sim, o Love... claro...
Mike: Sim, e também o próprio Paul Weller, e muitas outras coisas, como The La’s, um pouco de AC/DC...

E coisas novas, você gosta?
Mike: Claro, claro!! Adoro coisas novas! Gosto do Yeah Yeah Yeahs, Giant Drag. Sou muito fã do White Stripes. Tem coisas muito boas por aí.

E o que você acha da cena de Londres atualmente, esse momento post-Libertines que passamos e tal. Você acredita nisso ou acha que é hype da mídia?
Mike: Claro que é hype da mídia. E muitas bandas acabam indo por esse caminho, essa sonoridade. Mas com isso sempre aparece coisas boas e excitantes, como o Arctic Monkeys...

Você gosta deles?
Mike: Gosto bastante. A mídia estraga um pouco. Há coisas boas e ruins com isso. A coisa boa é o som do momento agora é guitarras. Todo mundo está curtindo as guitar-bands novamente. E isso é muito positivo. Como falei, essa avalanche de mídia em torno da banda gera aspectos positivos e negativos, mas de um modo geral acaba sendo positivo, pelo menos pra mim! Haha...

E outras coisas de Londres?
Mike: Adoro o Vincent Vincent & The Villains e o Rumble Strips...
Pete: Eu curto o Larrikin Love e o Jamie T!
Chris: Eu fico com o The Fratellis (a banda que tocou na mesma noite que os Bishops), o single deles é bacana. Tem muitas bandas boas em Londres, se você pega a NME você encontra muita coisa...

E a NME, o que vocês acham? Vocês estiveram nela algumas vezes já...
Mike: As coisas têm mudado bastante. Em termos de escolha, nos anos 60 tínhamos vários semanários de música. Ainda temos opções de revista de música, mas no tocante a semanários agora só temos um. Tem outras coisas, tipo a Artrocker, que é quinzenal. Muita gente acha que a NME ficou um lixo igual a Smash Hits, mas eu acho que não, não é aquela coisa brega.
Chris: Bem, eu gosto bastante, pois promove a nova música e isso é importante.

Exato, para o pessoal mais jovem se ligar em música e tal...
Mike: Exatamente. Quando eu quero saber das novidades, sempre pego a NME. Ta sempre mudando, sempre com novas bandas, coisas boas e excitantes.

E vocês estavam fazendo uma turnê pelos clubes da NME aqui na Inglaterra... como foi?
Chris: Foi muito divertido! Fizemos muitos shows, fomos para o norte, subimos até a Escócia, depois fomos para o meio do país. Tocamos em Birmingham, Shefield, Leeds, Nottingham, Middlesbrough, Glasgow...

E como foi estar fora do circuito de Londres?
Chris: Foi bom. Já tocamos muito em Londres. Tava na hora de dar um tempinho e viajar para outros lugares. Foi bom ter contato com uma outra audiência. Em Shefield foi demais, tinha 800 pessoas. A galera tem reagido muito bem em nossos shows, estamos contentes, estamos indo bem.
Mike: Realmente é bom tocar fora de Londres, conhecer pessoas novas e introduzir nosso repertório para uma nova audiência.

E esse single novo que vai sair em maio, é o primeiro ou vocês já tinham lançado algo antes?
Mike: Lançamos um single em outubro, edição limitada em mil cópias. A faixa foi “I Don’t Really Know What To Say”, e o b-side foi “Menace About Town”.

Merda!! Perdi!!
Mike: Mas ainda tem algumas cópias disponíveis, não em vinil, mas em cd... Esse single só foi vendido na Pure Groove Shop, na Holloway Road, ali perto de Archway. E também na Rough Trade. Agora nosso próximo single, “Only Place I Look Is Down”, será lançado dia 29 de maio pela gravadora 1-2-3-4 Records.

E quem escreve as músicas?
Mike: Bem, pelo fato de eu e Pete sermos irmãos e a gente mora junto e tudo mais, eu e ele é que escrevemos quase tudo. É fácil, pois moramos juntos. Aí vem o Chris, mostramos a música pra ele, pra ver se ele gosta (risos), e depois a gente começa a desenvolver a música no estúdio e tal. Às vezes fazemos jam, mas não sempre. É legal compor, estamos ainda no início e eu só me vejo ficando cada vez melhor e mais experiente para escrever e criar músicas.

E agora vocês estão indo para a Europa fazer uns shows, é isso?
Mike: Sim, vamos tocar na Áustria e Alemanha no meio de maio, e fazer uns seis ou sete shows por lá. Visitaremos cidades como Hamburgo, Berlin, Munich, Graz, Frankfurt. Fomos pra lá uma vez, foi bem divertido. Não vejo a hora de voltar! Inclusive gravamos o clip do nosso próximo single na Áustria. Por isso que tem um monte de neve no vídeo... haha...
Chris: Depois voltamos para o UK, temos um grande show no Garage aqui em Londres, e aí voltaremos para o circuito. Fazer shows toda hora na maior quantidade de lugares possível!

E aí, lançar outro single, gravar...
Mike: Exato. Estamos nos preparando para gravar novas músicas. Se tudo der certo lançaremos um novo single em agosto.

>>> E aí os The Bishops já estavam quase na hora de tocar e o bate-papo terminou. Eles me deram uma cerveja do camarim e combinamos de ficar em contato. Vale lembrar que o vídeo do single novo está na página deles do MySpace, e é só entrar lá e assistir. www.myspace.com/thebishopsuk. Realmente, esse novo single é uma das coisas mais legal desse ano.

>>> O show foi ótimo, o lugar virou uma loucura quando a banda entrou. Nossa, fiquei espantado com tanta gente cantando as músicas do Bishops. Nunca tinha visto os garotos num palco tão grande! Ficou até meio esquisito, hehe. A NME está sempre dando espaço para eles, sem contar outras publicações, e acredito que é uma questão de tempo para caírem na boca de indie-kis do mundo todo. Nas fotos vocês tem eu e a banda, sentados, conversando no camarim. Outra estão encostados numa das paredes do camarim e em ação no show. Todas foram tiradas por Patrícia Arvelos.


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Ai, ai, ai. Estou decepcionado com o novo Yeah Yeah Yeahs e novo Morrissey. Preciso ouvir melhor, com mais calma. Mas de cara já afirmo que não supera as coisas que fizeram no passado. Por outro lado, gostei do novo Embrace. Ué, qual o problema em ouvir sons mela-cueca? Nenhum, na minha opinião. Eu adoro Embrace!!!! Semana que vem, se a bendita preguiça deixar, falo mais.



Falow.



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