Saturday, December 02, 2006
coluna 23 de novembro
LUCKY SOUL
Ao vivo no Metro Club, Londres, 18/11/06

Bem vindo ao mundo do Lucky Soul! Vista seu melhor terno ou vestido, coloque seu sapato mais brilhante e let’s groovy, baby! Esse era meu espírito do último sábado, ao comparecer ao show do quinteto Lucky Soul no centro de Londres. Com certeza será o primeiro de muitos concertos da banda que irei nos próximos meses, afinal não é todo dia que aparece um combo que toca suas matadoras canções ao melhor estilo Tamla Motown e afins. Lucky Soul é uma das minhas grandes apostas para 2007.
O público era formado por mods e aficionados pelos anos 60; não havia mais de 80 pessoas no local. Era pouca gente, porém muito alvoroço. Se existe uma banda iniciante que possui fãs leais e fanáticos, essa é o Lucky Soul. Antes do show ficavam gritando o nome da banda como se fosse grito de guerra. Pareciam apaixonados torcedores de futebol cantando seus hinos. A banda é formada por quatro marmanjos de terno e gravata, todos impecavelmente mods, junto com uma ninfeta que é a vocalista, chamada Ali Howard (foto). Loira, magra e com um olhar terrivelmente sexy, ela é a vocalista mais cool do momento. É tudo o que a Kate Long Blonde se esforça desesperadamente pra ser, e quase consegue.
Lucky Soul possui boas doses de vintage-soul correndo em suas veias. O som é basicamente como se o Saint Etienne deixasse de lado a modernidade e tecnologia, e passasse a fazer covers de soul-music com instrumentos velhos.
Clima descontraído, refrão explosivo, salientes vocais de uma diva. A vocalista Ali leva jeito pra coisa. Sua aparência e cordas vocais assemelham-se com as de Dusty Springfield. O repertório do show não durou mais de uma hora. Tocaram todas que eu estava esperando: “Give Me Love”, “My Brittles Heart” e “Lips Are Unhappy”. Ainda apresentaram faixas que não conhecia, com destaque para “Ain’t Never Been Cool”, que estará presente no próximo lançamento da banda. Ao final, ficou constatado que Lucky Soul é uma jóia rara na música pop de hoje em dia e que minha única opção é acompanha-los ao vivo o quanto for possível.
>> Lucky Soul toca ao vivo em Londres no dia 28 de novembro e 05 de dezembro. Mais informações no MySpace deles: www.myspace.com/luckysoulluckysoul
>> Até o momento, lançaram dois singles em edição limitada de vinil 7”: “My Brittles Heart” e “Lips Are Unhappy”. O próximo lançamento será um EP com quatro faixas, que irá para lojas no dia 11 de dezembro, também em vinil limitado.
>> O álbum será lançado no dia 05 de março do ano que vem, com o título de “The Great Unwanted”.
>> Veja fotos e ouça músicas no site oficial: www.luckysoul.co.uk
>> Assista o clip de “Lips Are Unhappy”, com lindas imagens da cidade inglesa de Brighton:
*** *** *** *** ***
MAX RICHTER – “Songs From Before”

Max Richter é um compositor e produtor musical nascido na Alemanha, mas atualmente baseado no Reino Unido. Trabalhou em diversos projetos nos anos 90 e de cinco anos pra cá vem lançando discos solo, sendo o último esse atroz “Songs From Before”. É um disco atmosférico que contém fortes elementos de música clássica e eletrônica experimental. É importante dizer que no decorrer das doze trilhas projetadas nesse trabalho, somos violentamente arremessados para ambientes de pura solidão e desamparo. Depois não diga que eu não avisei. Estes dias estava lendo uma biografia sobre os últimos tristes e desolados dias da vida de Oscar Wilde e esse álbum fez muito sentido.
THE LONG BLONDES – “Someone To Drive You Home”

Finalmente meu veredicto no disco dos Long Blondes. Vou falar bem de "Someone To Drive You Home", não se preocupe. É um bom álbum de rock, com guitarras soando como nerds se rebelando e vocais de uma diva muito orgulhosa e confidente das coisas que canta. Uma boa fusão de indie-pop com rock sabor 50's; um registro sonoro que expressa o vigor juvenil de jovens inteligentes e cultos do norte da Inglaterra. Possui um punhado de hits radiofonicos (“Once And Never Again”, “Giddy Stratospheres”, “Seperated By Motorways”) e outro de canções de digestão mais áspera (“Only Lovers Left Alive”, “You Could Have Both”), porém ainda sim de qualidade admirável, balanceando coesamente a obra como um todo. Mas, francamente, tenho que confessor que me esforço para me excitar com esse álbum, pelo simples motivo de que estou cansado do rock. Se é uma fase ou algo que vai continuar, eu não sei. Se é a quantidade desnecessária de bandas que existem atualmente ou a minha personalidade que esta mudando, essa é uma boa pergunta. Posso me arrepender dessas palavras no futuro (ou não), mas a realidade é que escutei essa boa coleção de musicas dos Long Blondes umas 4 vezes apenas, e já aposentei. What the fuck is going on?
NO FUNERAL – “No Funeral”

Lançamento próprio desse trio americano oriundo de Ilnois. As vezes é bom ouvir sons com turbulências do apocalipse. No Funeral faz nada mais que um post-rock com guitarras fuzz, e o resultado sônico com certeza agradará fãs do Mogwai e Godspeed You Black Emperror. Remete também aos brasileiros do Hurtmold. Minhas faixas prediletas são “The Abyss”, com dez minutos de duração, e “Declaring War”.
*** *** *** *** ***
NME COOL LIST 2006
Foi publicada essa semana mais uma edição da Cool List do semanário NME. Achei que esse ano tá meio repetitivo. Ah, sei lá, só não entendo porque Carl Barat, Pete Doherty, Albert Hammond Jr, Meg White, Jack White, Matt Bellamy, entre outros, estão fazendo todo ano na lista, mesmo que eles não tenham feito muita coisa durante o ano. O bom foi ver que o top 10 está metade girl metade boys. Justo. E adorei o número 1. She’s fucking cool!!! Mas enfim, fiquem aí com as 50 pessoas mais cool do mundo.
01 Beth Ditto (The Gossip)
02 Faris Rotter (The Horrors)
03 Lily Allen
04 Jarvis Cocker
05 Karen O (Yeah Yeah Yeahs)
06 Kieren Webster (The View)
07 Kate Jackson (The Long Blondes)
08 Gerard Way (My Chemical Romance)
09 Thom Yorke (Radiohead)
10 Lovefoxxx (CSS)
11 Paul Simonon (The Good, The Bad & The Queen)
12 Liam Gallagher (Oasis)
13 Jamie Reynolds (Klaxons)
14 The House Of Lords (The Young Knives)
15 Tahita Bulmer (New Young Pony Club)
16 Cee-Lo (Gnarls Barkley)
17 Ryan Ross (Panic! At The Disco)
18 Carl Barat (Dirty Pretty Things)
19 Jack White (The White Stripes/The Raconteurs)
20 Jamie Frost (The Automatic)
21 Serge Pizzorno (Kasabian)
22 Eugene Hutz (Gogol Bordello)
23 Albert Hammond Jr (The Strokes)
24 Meg White (The White Stripes)
25 Jay-Z (Budweiser Select)
26 Keith Richards
27 Matt Bellamy (Muse)
28 Pete Doherty
29 Brandon Flowers (The Killers)
30 Statk
31 Richard Hawley
32 Alex Turner (The Arctic Monkeys)
33 Vincent Vincent (Vincent Vincent And The Villans)
34 Lupe Fiasco
35 Alexis Taylor (Hot Chip)
36 Mike Patton
37 Jamie Willians (Tilly And The Wall)
38 Bobby Gillespie (Primal Scream)
39 Mike Skinner (The Streets)
40 Ali Love
41 Tunde Adebimpe (Tv On The Radio)
42 Mince (The Fratellis)
43 Devendra Banhart
44 Get Cape. Wear Cape. Fly.
45 Victoria Bergsman (ex The Concretes)
46 Jackie Mickeown (1990s)
47 George Barnett (These New Puritans)
48 Cat Power
49 Thorunn Antonia (Fields)
50 Amy Winehouse
xxx
Ao vivo no Metro Club, Londres, 18/11/06

Bem vindo ao mundo do Lucky Soul! Vista seu melhor terno ou vestido, coloque seu sapato mais brilhante e let’s groovy, baby! Esse era meu espírito do último sábado, ao comparecer ao show do quinteto Lucky Soul no centro de Londres. Com certeza será o primeiro de muitos concertos da banda que irei nos próximos meses, afinal não é todo dia que aparece um combo que toca suas matadoras canções ao melhor estilo Tamla Motown e afins. Lucky Soul é uma das minhas grandes apostas para 2007.
O público era formado por mods e aficionados pelos anos 60; não havia mais de 80 pessoas no local. Era pouca gente, porém muito alvoroço. Se existe uma banda iniciante que possui fãs leais e fanáticos, essa é o Lucky Soul. Antes do show ficavam gritando o nome da banda como se fosse grito de guerra. Pareciam apaixonados torcedores de futebol cantando seus hinos. A banda é formada por quatro marmanjos de terno e gravata, todos impecavelmente mods, junto com uma ninfeta que é a vocalista, chamada Ali Howard (foto). Loira, magra e com um olhar terrivelmente sexy, ela é a vocalista mais cool do momento. É tudo o que a Kate Long Blonde se esforça desesperadamente pra ser, e quase consegue.
Lucky Soul possui boas doses de vintage-soul correndo em suas veias. O som é basicamente como se o Saint Etienne deixasse de lado a modernidade e tecnologia, e passasse a fazer covers de soul-music com instrumentos velhos.
Clima descontraído, refrão explosivo, salientes vocais de uma diva. A vocalista Ali leva jeito pra coisa. Sua aparência e cordas vocais assemelham-se com as de Dusty Springfield. O repertório do show não durou mais de uma hora. Tocaram todas que eu estava esperando: “Give Me Love”, “My Brittles Heart” e “Lips Are Unhappy”. Ainda apresentaram faixas que não conhecia, com destaque para “Ain’t Never Been Cool”, que estará presente no próximo lançamento da banda. Ao final, ficou constatado que Lucky Soul é uma jóia rara na música pop de hoje em dia e que minha única opção é acompanha-los ao vivo o quanto for possível.
>> Lucky Soul toca ao vivo em Londres no dia 28 de novembro e 05 de dezembro. Mais informações no MySpace deles: www.myspace.com/luckysoulluckysoul
>> Até o momento, lançaram dois singles em edição limitada de vinil 7”: “My Brittles Heart” e “Lips Are Unhappy”. O próximo lançamento será um EP com quatro faixas, que irá para lojas no dia 11 de dezembro, também em vinil limitado.
>> O álbum será lançado no dia 05 de março do ano que vem, com o título de “The Great Unwanted”.
>> Veja fotos e ouça músicas no site oficial: www.luckysoul.co.uk
>> Assista o clip de “Lips Are Unhappy”, com lindas imagens da cidade inglesa de Brighton:
*** *** *** *** ***
MAX RICHTER – “Songs From Before”

Max Richter é um compositor e produtor musical nascido na Alemanha, mas atualmente baseado no Reino Unido. Trabalhou em diversos projetos nos anos 90 e de cinco anos pra cá vem lançando discos solo, sendo o último esse atroz “Songs From Before”. É um disco atmosférico que contém fortes elementos de música clássica e eletrônica experimental. É importante dizer que no decorrer das doze trilhas projetadas nesse trabalho, somos violentamente arremessados para ambientes de pura solidão e desamparo. Depois não diga que eu não avisei. Estes dias estava lendo uma biografia sobre os últimos tristes e desolados dias da vida de Oscar Wilde e esse álbum fez muito sentido.
THE LONG BLONDES – “Someone To Drive You Home”

Finalmente meu veredicto no disco dos Long Blondes. Vou falar bem de "Someone To Drive You Home", não se preocupe. É um bom álbum de rock, com guitarras soando como nerds se rebelando e vocais de uma diva muito orgulhosa e confidente das coisas que canta. Uma boa fusão de indie-pop com rock sabor 50's; um registro sonoro que expressa o vigor juvenil de jovens inteligentes e cultos do norte da Inglaterra. Possui um punhado de hits radiofonicos (“Once And Never Again”, “Giddy Stratospheres”, “Seperated By Motorways”) e outro de canções de digestão mais áspera (“Only Lovers Left Alive”, “You Could Have Both”), porém ainda sim de qualidade admirável, balanceando coesamente a obra como um todo. Mas, francamente, tenho que confessor que me esforço para me excitar com esse álbum, pelo simples motivo de que estou cansado do rock. Se é uma fase ou algo que vai continuar, eu não sei. Se é a quantidade desnecessária de bandas que existem atualmente ou a minha personalidade que esta mudando, essa é uma boa pergunta. Posso me arrepender dessas palavras no futuro (ou não), mas a realidade é que escutei essa boa coleção de musicas dos Long Blondes umas 4 vezes apenas, e já aposentei. What the fuck is going on?
NO FUNERAL – “No Funeral”

Lançamento próprio desse trio americano oriundo de Ilnois. As vezes é bom ouvir sons com turbulências do apocalipse. No Funeral faz nada mais que um post-rock com guitarras fuzz, e o resultado sônico com certeza agradará fãs do Mogwai e Godspeed You Black Emperror. Remete também aos brasileiros do Hurtmold. Minhas faixas prediletas são “The Abyss”, com dez minutos de duração, e “Declaring War”.
*** *** *** *** ***
NME COOL LIST 2006
Foi publicada essa semana mais uma edição da Cool List do semanário NME. Achei que esse ano tá meio repetitivo. Ah, sei lá, só não entendo porque Carl Barat, Pete Doherty, Albert Hammond Jr, Meg White, Jack White, Matt Bellamy, entre outros, estão fazendo todo ano na lista, mesmo que eles não tenham feito muita coisa durante o ano. O bom foi ver que o top 10 está metade girl metade boys. Justo. E adorei o número 1. She’s fucking cool!!! Mas enfim, fiquem aí com as 50 pessoas mais cool do mundo.
01 Beth Ditto (The Gossip)
02 Faris Rotter (The Horrors)
03 Lily Allen
04 Jarvis Cocker
05 Karen O (Yeah Yeah Yeahs)
06 Kieren Webster (The View)
07 Kate Jackson (The Long Blondes)
08 Gerard Way (My Chemical Romance)
09 Thom Yorke (Radiohead)
10 Lovefoxxx (CSS)
11 Paul Simonon (The Good, The Bad & The Queen)
12 Liam Gallagher (Oasis)
13 Jamie Reynolds (Klaxons)
14 The House Of Lords (The Young Knives)
15 Tahita Bulmer (New Young Pony Club)
16 Cee-Lo (Gnarls Barkley)
17 Ryan Ross (Panic! At The Disco)
18 Carl Barat (Dirty Pretty Things)
19 Jack White (The White Stripes/The Raconteurs)
20 Jamie Frost (The Automatic)
21 Serge Pizzorno (Kasabian)
22 Eugene Hutz (Gogol Bordello)
23 Albert Hammond Jr (The Strokes)
24 Meg White (The White Stripes)
25 Jay-Z (Budweiser Select)
26 Keith Richards
27 Matt Bellamy (Muse)
28 Pete Doherty
29 Brandon Flowers (The Killers)
30 Statk
31 Richard Hawley
32 Alex Turner (The Arctic Monkeys)
33 Vincent Vincent (Vincent Vincent And The Villans)
34 Lupe Fiasco
35 Alexis Taylor (Hot Chip)
36 Mike Patton
37 Jamie Willians (Tilly And The Wall)
38 Bobby Gillespie (Primal Scream)
39 Mike Skinner (The Streets)
40 Ali Love
41 Tunde Adebimpe (Tv On The Radio)
42 Mince (The Fratellis)
43 Devendra Banhart
44 Get Cape. Wear Cape. Fly.
45 Victoria Bergsman (ex The Concretes)
46 Jackie Mickeown (1990s)
47 George Barnett (These New Puritans)
48 Cat Power
49 Thorunn Antonia (Fields)
50 Amy Winehouse
xxx