Saturday, December 09, 2006

 

coluna 30 de novembro

The Insomniacs Ball Festival
SeOne, Sul de Londres, 25/11/06

Esse festival rolou mais como uma rave indie. Pegaram um super lugar no sul de Londres, embaixo de uma ponte, e meteram um monte de bandas indies que estão na boca da molecada, mais uns djs pseudo-hypados, em vários palcos diferentes. Começava tipo umas 8 da noite e ia até as 6 da manhã. 3 mil ingressos foram vendidos. Mas como ultimamente ando ranzinza com o rock, nem estava muito animado. Pra dizer a verdade, só fui mesmo porque uma amiga minha me descolou um VIP e entrei na faixa. Não vi muitas bandas. Fiquei boa parte do tempo resmungando do calor e da fumaça. Segue meu veredicto dos shows.


BLOOD RED SHOES
Cheguei atrasado e perdi o show. Merda. Tudo culpa da minha amiga, que atrasou comigo 40 minutos no metrô. Por isso que gosto de ir pra shows sozinho. Adoro minha amiga, mas depender dos outros é foda.

THE RUMBLE STRIPS
Ah, que beleza de banda. Esse é o terceiro show que vejo deles. O primeiro odiei, achei cópia descarada dos Dexys e falei mal aqui na coluna; o segundo eu já estava com um pouquinho de bom humor e curti; e esse terceiro, amei. Foi uma apresentação curta, com repertório de meia hora, porém o suficiente para os Rumble Strips provarem que não possuem uma música ruim sequer, despindo seu pop-rock espertalhão e matuto, regado de instrumentos de sopro e vocais cativantes. As que mais animou o povo foram, naturalmente, os singles antigos “Hate Me You Do”, “Motorcycle” e “No Soul”. Mas o resto das faixas também não desapontaram, principalmente “Oh Creole”. Os Rumble Strips mostram que são uma das boas bandas indie atualmente que valerá a pena esperar pelo álbum de estréia.
www.myspace.com/rumblestripsuk


THE SUNSHINE UNDERGROUND
Essa era o grupo que mais queria ver e ainda sim os caras fizeram um show muito acima da minha expectativa. A melhor banda da noite, sem sombra de dúvidas. Sunshine Underground pode ser considerado o Rapture inglês: mesclam rock e música eletrônica com uma baita inspiração e energia. Foi certamente a atração que mais lotou o palco principal, e mesmo quem não conhecia ficou impressionado com o pique do show. Lançaram no meio do ano o primeiro álbum deles, “Raise The Alarm”, e esse foi tocado do começo ao fim. Na hora que começou “Dead Scene”, rolou um salve-se-quem-puder no meio da galera. Mil negos pulando, moshs, pessoas de ponta cabeça, tênis arremessados, sutiãs voando. Que festa. Guitarras hipnotizantes, beats altíssimos e a melhor atmosfera do mundo. E olha que eu nem tava bêbado. Outras faixas, como “Commercial Breakdown” e “Panic Attack”, também foram explosivas. Ao fim do show, percebi que qualquer coisa que eu visse depois não ia fazer sentido. E foi realmente isso que aconteceu.
www.myspace.com/thesunshineunderground

PINK GREASE
Pior banda da noite. Vi três músicas e não agüentei. Glam-rock do terceiro mundo. Acontece que eles não são do terceiro mundo, mas sim aqui do Reino Unido. Esses caras tem um disco, lançado há dois anos atrás, e não acho ruim, saquei boas tiradas ali, e até recomendei aqui na coluna. Não sei se foram as faixas novas ou meu gosto que se aprimorou, mas achei esse show constrangedor de ruim.

ART BRUT
Minha amiga que estava comigo é americana de New York City e disse que eu TINHA que ver Art Brut ao vivo, que é a melhor banda do mundo em cima do palco. Dei risada quando ela me falou isso. Bom, a verdade é que o disco do Art Brut é mediano para ruim, e ao vivo é pior ainda. Som embolado, guitarras fora do lugar, punk-rock mal tocado. O vocalista Eddie Argos tenta ser engraçado com suas letras, mas, francamente, eu não caio em suas piadinhas. O humor de Argos realmente não é compatível com o meu. A única música deles que acho que vale alguma coisa é “My Little Brother” e ainda bem que não esqueceram de tocar essa. Foi a que o pessoal mais curtiu. Vish, esse show foi fiasco total e não foi só esse escriba que achou isso. Metade do público que estava no início debandou para os outros palcos.

THE YOUNG KNIVES
Não vi o show, fui embora antes, não agüentei ficar ali no calor com aqueles indie-kids deslumbrados. E também eu estava cansado. É por essas razões que evito festivais. Odeio ver um monte de bandas numa noite só. Pouco antes do Young Knives subir ao palco, dei boa noite para minha amiga e segui o rumo de casa. Numa outra oportunidade, quem sabe, assisto eles ao vivo.


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VÍDEOS


BABYSHAMBLES

Aí está o vídeo do mais novo single dos Babyshambles, “The Blinding”. Cheio de delinqüentes, traficantes e paranóia. Típico Babyshambles. A música não é uma das melhores que o Pete fez, mas eu gosto pois sou fã.


FIELDS
Esse é um combo shoegazer que está aparecendo nas revistas e jornais daqui. Lançaram alguns singles e o mais recente é ótimo, vale a pena ouvir. A mina da banda, a linda sueca Thorunn Antonia, está na lista da NME das pessoas mais cool. O som do Fields lembra bastante as bandas M83 e Mew. I’m having it!


I’M FROM BARCELONA
Ah, o que seria de mim sem indie pop sueco? Taí o vídeo-clip da faixa que colocou o I’m From Barcelona no mapa do indie-pop mundial, se é que existe um mapa do indie-pop mundial. E quem não gosta de bandas com 50 mil integrantes? Eu adooooro.


THE GOSSIP
Você deve se perguntar como a NME escolheu aquela gorda como a figura mais cool do mundo. Acontece que Beth Ditto não é uma gorda qualquer. Ela aceita a palavra gorda numa boa, não tem vergonha do seu visual, faz letras em prol dos direitos homossexuais e está criando uma grife para mulheres avantajadas e acima do peso. Fora isso, sua banda The Gossip lançou um dos melhores discos 2006, como eu bem disse aqui no começo do ano. Agora veja ela arrasando no Jonathan Ross...




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