Wednesday, August 08, 2007

 

coluna 01 de agosto

Leitores, meus amigos, gostaria de informar-lhes meus novos contatos, para vocês continuarem a escrever mensagens queridas para esse colunista que aqui escreve. Anotem aí:

Email: marcio.dj@gmail.com
MySpace: www.myspace.com/marxdiscjockey
Last.fm: www.last.fm/user/marciocc
MSN: marcio.dj@gmail.com


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GOONITE CLUB

Como disse a vocês algumas semanas atrás, um dos clubes que sou DJ residente aqui em Londres é o Goonite Club, que acontece todas as quartas no Buffalo Bar. Recebemos sempre três ou quatro bandas ao vivo, e eu discoteco antes, depois e entre as bandas. O som que coloco é basicamente novidades indie, mesclado com soul, shoegaze e outros beats. A maioria das bandas que se apresentam são de Londres, mas as vezes também recebemos artistas de outras cidades do Reino Unido, e em alguns casos até da Europa e EUA.

Essa semana decidi fazer uma promoção e sortear 20 ingressos VIP para os leitores da coluna que moram ou estão de passagem por Londres. Os 10 primeiros que me escreverem estarão com os nomes na guest-list, com direito a um acompanhante, para os dias 08 e 15 de agosto. Mande e-mail para marcio.dj@gmail.com

No dia 08/08 teremos as seguintes bandas:
Bearsuit + John & Jehn + Sister + Time.Space.Repeat.

E no dia 15/08:
Shimura Curves + Monday Club

Você pode ler o que acontece na Goonite Club se acessar nosso blog. São resenhas e textos meus sobre as bandas que tocaram. Os artigos estão em inglês.
www.gooniteclub.blogspot.com/


GOONITE CLUB @ BUFFALO BAR259 Upper Street - Tube: Highbury & IslingtonDoors from 8.30 til 2am.info 020 7359 6191

Mais informações da festa você encontra aqui: www.myspace.com/gooniteclub


SEE YOU THERE!


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SHOWS

Semana passada dei o toque de vários shows legais que vão rolar no segundo semestre aqui em Londres. Vale a pena postar novamente a lista de concertos, só para ter certeza de que você foi plenamente avisado. Depois não reclama que não aviso dos shows!

TEGAN AND SARA, 16 de agosto, Bush Hall
RILO KILEY, 20 de agosto, Islington Academy
HOT HOT HEAT, 30 de agosto, King’s College
RICHARD HAWLEY, 05 de setembro, Roundhouse
TILLY AND THE WALL, 06 de setembro, Electric Ballroom
JUSTICE, 06 de setembro, Koko
JESUS AND MARY CHAIN, 07 de setembro, Brixton Academy
ARCHITECTURE IN HELSINK, 10 de setembro, Koko
THE GO! TEAM, 12 de setembro, Electric Ballroom
JACK PEÑATE, 26 de setembro, Astoria
THE DECEMBERISTS, 02 de outubro, Royal Festival Hall
HAPPY MONDAYS, 06 de outubro, Brixton Academy
KATE NASH, 07 de outubro, Bloomsbury Ballroom
MAXIMO PARK, 11 e 12 de outubro, Brixton Academy
THE CRIBS, 17 de outubro, Fórum
PHILIP GLASS, 21 de outubro, Barbican
LOS CAMPESINOS!, 23 de outubro, ULU

Vale lembrar que quanto antes você garantir seus ingressos, melhor. Então compre-os já, nos seguintes site: www.gigsandtours.com/ ou http://www.seetickets.com/


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CATS ON FIRE + THE SUNNY STREET + THE BRIGHTS
Ao vivo no Windmill, Londres, 26 de julho


Pois é, minha gente, show é o que não ta faltando aqui em Londres. Semana passada fui em vários, com destaque para essa noitada no Windmill, com três ótimas bandas ao vivo e ainda discotecagem indiepop. Antes de falar dos concertos em si, é obrigação minha comentar sobre o local onde eles aconteceram, o legendário Windmill, no bairro de Brixton, aqui na capital inglesa.

Esse colorido, pequeno e aconchegante pub no sul de Londres vem abrigando shows ao vivo todos os dias da semana, por nove anos. Você entendeu o que eu disse? ESSE PUB VEM ABRIGANDO SHOWS AO VIVO TODOS OS DIAS DA SEMANA, POR NOVE ANOS. Ok, que bom que você entendeu. Apesar do difícil acesso (é longe pra caramba, nos cafundós da quebrada de Brixton), esse é o pub de maior credibilidade no tocante a shows indie aqui em Londres. Os promoters conhecem as bandas que marcam, e não dão bola fora. Se pegarmos as listas de artistas que recentemente passaram por lá, ficamos de boca aberta: Maximo Park, The Cribs, The 5678s, The Horrors, Rumble Strips, Television Personalities, The Spinto Band, The Sunshine Underground, The Pipettes, entre centenas de outras. Sem contar que, de uns tempos pra cá, o espaço tem recebido uma grande clientela fã de indiepop, gracas ao projeto How Does It Feel To Be Loved e as próprias bandas indiepop, que praticamente dominaram o Windmill.

O palco do Windmill é pequeno, o balcão do bar é uma bagunça, as atrações são escritas a giz numa losa, as mesas parecem mais mesas de um rancho qualquer do que de um pub, as paredes são coloridas, há luzinhas azuis piscando por todo lado, e as bandas que tocam lá são sempre de qualidade impecável. Esse é o paraíso. Mais twee impossível. Me sinto muito confortável lá, a vibe é sempre a melhor. Fora que o pub também é freqüentado pela população de terceira idade ali das ruas próximas, então se você for, não se assuste com velhinhos e velhinhas jogando baralho, lendo o jornal do bairro ou simplesmente bebendo suas Guinness quase geladas. Os próprios proprietários são meio idosos, e adoram levar seus cães para ficar atrás do balcão ou embaixo das mesas. Tem de tudo: fãs de indiepop, velhinhos, turistas, cachorros. Todo mundo em família. O clima do Windmill é ótimo, pena que moro longe.

A noite de hoje é organizada pelo projeto How Does It Feel To Be Loved?, que é especializado em indiepop e há mais de cinco anos vem promovendo festas pra cima e pra baixo aqui em Londres. O projeto cresceu tanto que, de apenas uma festa com discotecagem indiepop, se tornou uma gravadora independente e agência de shows. O comandante dessa empreitada é Ian Watson, que também é o DJ residente. Ele só toca indiepop, twee e soul-music dos anos 60. Se você me perguntar uma festa que toca preciosidades como Jens Lekman, Field Mice ou Dustry Springfield, eu não saberei indicar outra a não ser a How Does It Feel To Be Loved?. Um detalhe que precisamos esclarecer nos dias de hoje é o significado do termo “indiepop”. A NME recentemente colocou Jack Peñate e Kate Nash na capa dizendo que eram “indie-pop”. Errado. Eles são “pop-indie”, não possuem características do indiepop. Esses dias passei na comunidade das Pipettes no Orkut e vi que as pessoas ali não se conformavam quando alguém disse que as meninas era “indie-pop”, falando que não eram indie, apenas pop. Errado. Elas são sim indiepop, twee-pop, essas são as origens e características da banda. É que o termo “indie” está tão mal interpretado nos dias de hoje que parece ter perdido seu significado. Uma hora falo mais sobre isso. Adoro rótulos. Como disse, o projeto How Does It Feel To Be Loved? é especializado em indiepop.

Temos casa cheia hoje, devem ter umas 70 pessoas. Algumas delas fumando lá fora, por causa do Smoking Ban, lei que proíbe o fumo dentro de bares aqui em Londres. Lá dentro está a maioria do pessoal, bebendo, rindo e dançando indiepop. Perdi a primeira banda, mas cheguei a tempo de ver a segunda e, uau, que filé! Conheço esses caras desde 2003, quando lançaram um single vinil 7” chamado “Girl In a Bric-a-Brac Shop”. Foi amor a primeira vista. Com dedilhados irresistíveis, a banda é uma clássico jangly indiepop, com uma levada britpop. Se você imaginar um Bluetones passando por uma crise diabética, provavelmente vai chegar no The Brights. Os rapazes são novos e bonitinhos, típica banda de classe média da Inglaterra, e a performance de palco é sólida, jamais deixando o pique cair, com uma linha de baixo pulsante e o ritmo sempre contagiante. Tocaram uma porção de músicas, fizeram um set consistente, e quando o show acabou, distribuíram para a galera um cd-demo super bem feito, que ouvi logo quando cheguei em casa. As faixas “London Belongs To Me” e “Nature Got One Over Me” me chamaram a atenção. Olho neles. O endereço do MySpace deles está logo abaixo, não deixe de escutar.

Eis que 10 minutos depois do show do Brights, entra em cena uma garota linda e tímida, e um rapaz tímido. No palco, havia um microfone, um violão e um ipod nano. Só. Esse era o The Sunny Street, que despejou um set repleto das mais tristes e melancólicas canções indiepop desses tempos. Eles parecem ser tão jovens, e ainda sim tão desamparados. Davam a impressão de que estavam com medo de tocar para tanta gente. As faixas eram compostas por apenas voz e violão, com bateria eletrônica e texturas vindo do ipod nano, ali no chão. A menina cantava de olhos fechados, e eu achei isso lindo (foto). A sonoridade do The Sunny Street despe um sentimento de desamparo e melancolia, e não fico nem um pouco feliz de constatar que me identifico demasiadamente com eles.

A última atração são os finlandeses Cats On Fire. Já tinha escutado eles rapidamente no MySpace, achei legal, mas não me cativaram tanto. Entretanto, quando subiram ao palco, esse quadro se reverteu. Liderando a banda está um ser loiro, belo e de expressões frias no rosto. Ele tinha um topete, estava com um lencinho amarelo entre o colarinho de sua camisa e tocava violão. Cats On Fire foi soltando deliciosas indiepop songs, todas carregadas com um ar misterioso, sedutor e literário, e evocando misticamente a Morrissey e Smiths. Mattias Bjorkas, vocalista e líder, mexia com a platéia com suas variadas expressões no rosto e seu jeito de gesticular. Era algo tão frio e sarcástico que não conseguiríamos imaginar se ele era gay ou hetero, tínhamos apenas a impressão (quase certeza) que era assexuado. E ele não sorria de jeito nenhum. Mesmo entre as músicas, sob aplausos e gritos daqueles que assistiam, não sorria, apenas dizia “thank you” no microfone e olhava friamente para frente. O rapaz estava confidente, dava pra ver. No repertório, fiquei maravilhado com números como “Higher Grounds”, “The Smell Of An Artist”, “Draw In The Reins” e “End Of Straight Street”. Confesso que esse foi um dos shows que mais me intrigou nos últimos meses, devido a combinação de performance, expressões e ótimas músicas, tudo acontecendo num cenário pra lá de simples e aconchegante, o Windmill. No final comprei o álbum do Cats On Fire e, ao escutar em casa, tudo fez mais sentido após esse show. Baixe já o disco chamado “The Province Complains”, lançado esse ano. Você não vai se arrepender.


www.myspace.com/windmillbrixton
www.myspace.com/hdif
www.myspace.com/catsonfiremusic
www.myspace.com/thebrights
www.myspace.com/thesunnystreet


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JACK PEÑATE
Ao vivo no ICA, Londres, 27/07
Fotos: Patricia Arvelos


Estou tão feliz pelo sucesso do Jack Peñate, que na última sexta corri pra vê-lo tocar no ICA. É sempre bom ver um artista ao vivo quando na mesma semana ele está pela primeira vez na capa da NME, ainda mais quando se trata de Jack Peñate, moço de talento e carisma. O clima no show era de euforia e hype, e eu estava faminto pelas músicas do Jack que ainda não conheço. Como já foi falado aqui, Jack Peñate é um soul-boy do sul de Londres, um rapaz aficionado por soul music e que está fazendo muito sucesso no UK devido aos seus dois singles arrasa-quarteirão “Spit At Stars” e “Torn On The Plataform”.

A música de introdução ao show foi “Movin’ On Up”, clássico do Curtis Mayfield e uma predileta all-time desse colunista. Caralho, foi lindo ver Jack Peñate entrando no palco com esse hino de fundo. Tudo nos seus devidos lugares, Peñate inicia então “Spit At Stars”, fazendo da pista do ICA uma verdadeira festa, com gente dançando, se esperneando e cantando. Rapaz esperto ele, começa logo com um de seus hits mais poderosos. Depois disso, com exceção da ótima “Cold Thin Line”, o show foi um festival de faixas indie-soul-ska que eu ainda não conhecia, muitas delas aludindo aos mais agitados momentos do Style Council. A única diferença é que o som do Jack Peñate não é polido e orquestrado, na verdade é muito simples e lo-fi: guitarra sem pedal, baixo e bateria. Apenas dois músicos acompanham ele no palco. E muita energia.

Um dos pontos mais legais do show era quando Jack dava suas dancinhas tradicionais, seus passes endiabrados, swingando as pernas e se requebrando por completo. Igualzinho como é no clip de “Spit At Stars”. O menino tem fogo no rabo, e como ele é esperto, deixou sua música mais famosa por último, a maravilhosa “Torn On The Plataform”, que é, sem sombras de dúvida, o maior hino desse verão inglês. O show foi curto, não durou nem uma hora, e quando terminou, deixou a impressão de que Jack Peñate vai longe, e que seu disco virá transbordando com torpedos indie-soul da melhor qualidade. I can’t wait.

Confira o set-list do show:
'Spit At Stars'
'Got My Favourite'
'Learning Lines'
'Made Of Codes'
'Cold Thin Line'
'Have I Been A Fool'
'Dub Be Good To Me'
'We'll Be Here'
'Second, Minute Or Hour'
Bis
'Down Below'
'Wonderful world'
'Torn On The Platform'


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BABYSHAMBLES

Em primeira mão aqui na coluna, segue abaixo o track-list do novo álbum dos Babyshambles, que deve ser lançado ainda esse ano aqui no Reino Unido. Pelo que dizem, esse novo trabalho é melhor e mais consistente que o anterior. Sou grande fã de Pete Doherty e sua banda, e não duvido disso. Na foto você vê Pete no estúdio dando os últimos toque no disco, semana passada.

'Carry On Up The Morning'
'Delivery'
'You Talk'
'Unbilotitled'
'Side Of the Road'
'Crumb Begging Baghead'
'Unstookietitled'
'French Dog Blues'
'There She Goes'
'Baddies Boogie'
'Deft Left Hand'
'The Lost Art Of Murder'








xxx

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