Thursday, August 23, 2007
coluna 15 de agosto
SLENDER CLUB

Olá, estou oferecendo 20 tickets para uma noite de música ao vivo no norte de Londres, no projeto chamado Slender Club (flyer). O evento será no dia 23 de agosto, quinta feira, e contará com quatro ótimas bandas: Strange Idols, Monster Bobby, The Sunny Street e Pete Green. Fora isso ainda haverá DJ tocando indie-pop entre e depois dos shows.
Os primeiros 10 leitores que me enviar um e-mail ficarão com o nome na lista VIP, com direito a um acompanhante: marcio.dj@gmail.com
Gosto de todas as atrações, mas a minha preferida é The Sunny Street, uma dupla francesa responsável por climas sublimes e tocantes. Música pop em sua faceta mais melancólica e bonita.
Visite o MySpace das bandas:
www.myspace.com/strangeidols
www.myspace.com/thesunnystreet
www.myspace.com/monsterbobby
www.last.fm/music/Pete+Green
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THE GO! TEAM VOLTA COM NOVO SINGLE
Esse já é o segundo single tirado do aguardado segundo disco da banda. A música escolhida foi a estupenda “Doing It Alright”, que vem com um turbilhão de energia, cores e explosões, ou seja, com a marca registrada do The Go! Team. Será lançado no dia 3 de setembro, e o álbum vem na semana seguinte. Não existe banda tão estrondosa e entusiástica quanto essa.
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OPERATOR PLEASE
Estou completamente viciado por essa música que vem passando a todo momento na MTV inglesa. Um puta hit surf-rock-punk-new wave; essa banda é composta por meninos e meninas com a idade média de 15 anos. A onda de bandas “underage”, ou seja, com integrantes menores de idade, não se restringe apenas ao Reino Unido, já que o Operator Please vem da Austrália. A faixa “It’s Just a Song About Ping Pong” é sem dúvida uma das melhores de 2007.
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THE BRIGHTS
Há três semanas atrás testemunhei um show de uma banda chamada The Brights no Windmill, show esse comentado aqui na coluna. Aconteceu que na semana passada a banda tocou aqui perto da minha casa, e eu conheci os caras pessoalmente. A sorte é que eu estava com meu gravador, e o que seria um descontraído p

Conversei com os simpáticos David Burgess (vocalista) e James Prudence (guitarrista), os dois dandies que lideram o grupo. The Brights vem da região de Essex, um município que fica a uma hora do norte de Londres. O som é uma inspirada fusão de guitarras jangly a lá Johnny Marr com um baixo pulsante ostentando o vigor do New Order e um vocal aludindo ao Gene. Típica banda britânica, sem tirar nem por, e se eles tivessem surgido há 15 anos atrás, seriam os reis do britpop. Confira como foi o papo com os rapazes...
Eu: Conheço The Brights faz um bom tempo, desde 2004, quando vocês lançaram um ótimo single 7” chamado “Girl In A Bric-a-Brac Shop”. Só que não ouço falar de vocês há um bom tempo. O que houve? Deram um tempo dos shows?
James: Bem, tivemos que terminar a Universidade. Três de nós estávamos no início dos cursos quando começamos a banda, então nesses últimos três anos tivemos que dividir nossa atenção com os estudos.
David: Mas não ficamos totalmente parados, fizemos alguns shows bacanas aqui em Londres, no Barfly e na ULU, além de shows locais no nosso município de Essex. Fora isso, tivemos uma música incluída da compilação New British Invasion, lançada pelo selo alemão Firestation Records, e gravamos uma faixa que ainda será lançada por uma gravadora do Japão.
E vocês se formaram na universidade? Em que?
James: Me formei em Música...
David: Eu em Geografia.
Lembro que no seu primeiro single, “Girl In A Bric-a-Brac Shop”, tinha uma foto de vocês vestidos com aquelas jaquetas vermelhas da Guarda-Real, aquelas que ficaram imortalizadas pelos Libertines...
James: Oh... hehe... errr.. sim, naquela época estávamos muito ligados em... err... Jimi Hendrix... haha...
David: Bem, na verdade acho que não existe uma banda sequer que em determinado momento, especialmente no início, não deixa de expor suas referencias, e nós éramos muito jovens na época que lançamos esse single, tínhamos 17 anos...
Na verdade fiquei surpreso na época, pois quando peguei o single achei que seria mais uma banda copiando Libertines, mas quando escutei, vi que era diferente... e era muito bom!
David: Oh, obrigado!
James: Gostávamos bastante de Libertines na época, mas jamais pensamos em fazer um som semelhante. Muitas pessoas, ao escutarem “Girl In A Bric-a-Brac Shop”, nos compararam com Orange Juice, Smiths, essas coisas. Na verdade não se pode classificar uma coisa de algo muito especifico. Hoje em dia todo mundo gosta de classificar as coisas, rotular, mas acho que nosso som absorve diversas influências.
E vocês se conhecem há muito tempo?
David: E eu nosso baixista Mark nos conhecemos há anos. Tivemos bandas antes e tudo. Depois conhecemos James e por último o nosso baterista David, no qual encontramos através de um anúncio no NME.
James: Foi útil o anúncio que colocamos na NME, funcionou com a gente. E funcionou com outras bandas também... Bernard Butler achou o Suede através da NME...
To ligado. Vocês lêem a NME?
David: Sim, claro, até porque é bom ficar atento ao que acontece no mundo da música. Mas a revista não esta tão boa quanto era antigamente... Mas ainda sim é útil.
Eu estava conversando com James no bar, e ele me perguntou os discos recentes que comprei. Agora faço essa pergunta pra vocês: quais foram os últimos álbuns que vocês compraram, aqueles que vocês têm escutado bastante nos últimos dias?
David: Eu passo por períodos diferentes, por fases

Legal, sou um grande fã do Brett Anderson, vou sempre aos shows...
James: Você gostou do álbum solo dele? Li resenhas variadas sobre esse cd...
Achei legal, mas percebi que é o trabalho menos inspirado dele. Ainda sim, há momentos de extrema beleza nesse disco, baladas lindas...
David: Concordo, há uma música chamada “Song To My Father”, que é tocante, maravilhosa, mostra todo o poder da voz do Brett.
James: Voltando aos discos que tenho escutado, estou numa fase bastante Bob Dylan atualmente, os trabalhos dos anos 60 são excelentes. E também o segundo disco solo do Syd Barret. Além disso, deixa eu ver, comprei um MP3 player no mês passado, e um álbum que tenho escutado bastante é “Meat Is Murder”, dos Smiths. É um disco que não tem muitos hits famosos, mas é brilhante do começo ao fim.
David: Sim, não há singles nesse cd, mas há faixas imortais, como “Barbarism Begins At Home”. É apenas um álbum fantástico dos Smiths, sem ter aqueles hits manjados. Também me agrada os discos do Gene, uma ótima banda britpop.
Já que você citou britpop, conhecem Bluetones? Adoro eles, e tenho que dizer que The Brights lembra um pouco...
James: Oh, isso pra mim é um elogio, adoro Bluetones! O primeiro álbum é clássico, e a coletânea de singles também é impecável, hit atrás de hit... Nossa sonoridade lembra várias outras bandas, mas isso não é intencional, a gente apenas faz o que a gente faz, um meio de nos expressar através da música, e se fica parecido com outras coisas, é apenas coincidência. Eu particularmente gosto de ver quando as pessoas referenciam bandas como Bluetones, Orange Juice e Smiths para descrever nossa banda, fico lisonjeado com isso. Mas a única coisa que a gente realmente tenta é fazer as pessoas dançarem!
E vocês já possuem músicas suficientes para gravar um álbum?
James: Sim, temos muitas músicas, mas queremos entrar no estúdio na hora certa. Em termos de lançamento de um álbum, estamos procurando uma gravadora. Existe uma no Japão que quer nos lançar, mas a prioridade é aqui no Reino Unido. E também queremos encontrar o produtor certo, gravar num estúdio decente.
Por que vocês não tentam Bernard Butler para produzir o disco?
James: Soube que ele é um ótimo produtor, seria perfeito se ele produzisse a gente. Eu até mandei uma mensagem para o MySpace dele, tentei fazer contato, mas ele não me respondeu (risos). Sou apaixonado pelos discos solo que ele gravou, são de qualidade impecável. É uma pena que são massivamente subestimados...
Vocês estão surpresos por estarem sendo entrevistados por uma uma mídia brasileira? O que vocês conhecem do Brasil?
James: Bem, tenho que dizer que adoro o futebol...
David: Mulheres exóticas... O Rio de Janeiro é um lugar que tenho muita curiosidade de conhecer, principalmente aquele monumento do Cristo Redentor. Não sei porque, mas é um dos lugares que tenho certeza que ficarei fascinado.
Alguma banda brasileira?
James: Oh, desculpe-me, mas não consigo me lembrar de nenhuma no momento...
Nem Mutantes? CSS?
David: Já ouvi falar do CSS, eles são brasileiros? Nunca escutei a música deles, mas um amigo comentou outro dia, disse que era legal.
E o que podemos esperar do The Brights nos próximos meses?
James: Vamos fazer alguns shows agora no segundo semestre, e também gravar novas músicas, testar faixas novas. Quem sabe conseguir uma gravadora, fazer turnês.
Ouça The Brights aqui: www.myspace.com/thebrights
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